Jovens pulam de carro para fugir de motorista de app violento em Salvador; ele se defende
Em um relato publicado no domingo (9/10) em uma rede social, a mulher conta que ela e os primos foram vítimas do motorista Juscelio de Jesus Santos, que trabalha por meio do aplicativo "inDrive"
Créditos da foto: TV Aratu/reproduçãoUma mulher, identificada como Laiane de Jesus Santos, está denunciando um motorista por aplicativo por agressão e tentativa de homicídio em Salvador. Em um relato publicado no domingo (9/10) em uma rede social, a mulher conta que ela e os primos foram vítimas do motorista Juscelio de Jesus Santos, que trabalha por meio do aplicativo inDrive.
Na publicação, Laiane conta que pediu a corrida saindo de uma festa no bairro de Cajazeiras IV por volta das 2h de sábado (8/10). Ainda no começo do trajeto, de acordo com a mulher, o motorista se mostrou "agressivo e bem arrogante".
"Ao chegar na Via Regional, o indivíduo se alterou e começou a dirigir de uma forma agressiva, e foi aí que começou o ataque com vários xingamentos, e disse que ia matar a gente. Ele acelerou o carro em alta velocidade, repetindo várias vezes que iria nos matar! Foi aí que bateu o desespero, pedimos várias vezes para o condutor parar o veículo para nós descermos, mas ele não dava ouvidos e continuou em alta velocidade e fazendo zigue-zague, acelerando cada vez mais".
Na sequência, uma prima de Laiane abriu a porta do carro, que estava em movimento, e se atirou para fora. "Em seguida, meu primo, o irmão dela, se jogou também com o carro veloz, e foi quando Elton bateu a cabeça no meio-fio. Em seguida o desespero foi maior, o indivíduo continuou acelerando e bem agressivo, com vários xingamentos, eu e minha prima Flávia implorando para ele parar. Porém, ele continuou com vários xingamentos e repetindo que iria nos matar".
Depois, de acordo com o relato da vítima, Juscelio ameaçou as passageiras que restavam com uma arma, e elas, assustadas, também pularam do carro. O primo da vítima, identificado como Elton, está internado após sofrer um trauma na cabeça.
À reportagem do Cidade Aratu, Laiane disse que também deveria ter ficado no hospital, mas saiu porque queria registrar o Boletim de Ocorrência contra o motorista.
O QUE DIZ O MOTORISTA
Após o relato da vítima viralizar, Juscelio de Jesus Santos publicou um vídeo nas redes sociais para comentar sobre o caso. Logo no começo, ele conta que trabalha como motorista por aplicativo há mais de quatro anos e nega as acusações.
No vídeo, Juscelio diz que, inicialmente, a mulher pediu o carro por aplicativo para outra pessoa, que ele identificou como o marido dela. O homem se recusou a ficar no veículo sem Laiane, e ela acabou entrando no automóvel. "Discutindo", relata o motorista. Logo depois, mais um casal entrou no carro e a corrida começou.
"Discutindo o tempo todo no fundo do carro. Quando cheguei na via que liga a 29 de Março para pegar a BR 324, nas imediações de Águas Claras, eles continuaram xingando, falando alto, discutindo o tempo todo. E aí, no retrovisor, eu vi um vulto, atrás de mim, a porta traseira abrir, foi aí que eu vi que a menina havia pulado".
De acordo com Juscelio, logo depois desse primeiro incidente, ele encostou. Mas, pouco antes de o motorista parar o carro, um dos homens também se atirou para fora do veículo em movimento. Com o automóvel já parado, os dois passageiros restantes saíram e foram atrás dos que pularam minutos atrás.
"Eu estava sem saber o que fazer no momento. A primeira coisa que tive que fazer foi seguir diretamente para a delegacia. Cheguei na delegacia de Pau da Lima muito nervoso, sem saber fazer nada. Dei todos os detalhes, fiz o Boletim de Ocorrência".
Juscelio ainda fala que ficou surpreso quando soube da denúncia da passageira. "Foi invenção deles. Eu jamais faria uma coisa dessas, até porque eu não falei nenhuma palavra. A única coisa que pedi foi para colocar o cinto, e ela me acusando de que eu estava em alta velocidade e que tinha puxado arma?".
O motorista, porém, se recusou a dar a própria versão ao Cidade Aratu, mas afirmou que não mostrou uma arma aos passageiros.
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