Jovem que matou toda a família se inspirou em jogo, revela polícia
Jovem assassinou a família após proibição de encontro com namorada de 15 anos em outro estado
Por Da Redação.
Um jogo de violência que envolve temas como incesto e canibalismo, teria servido de inspiração para o caso do adolescente de 14 anos, que matou os próprios pais e o irmão de 3 anos. O caso aconteceu no dia 21 de julho, em Itaperuna, no Rio de Janeiro.
O jovem esperou até que os pais estivessem dormindo para agir, utilizando um revólver que pertencia ao pai. Após os disparos, escondeu os corpos em uma cisterna. A motivação teria sido a proibição dos pais para que ele viajasse e encontrasse a namorada, uma jovem de 15 anos, que mora no Mato Grosso, e também está sendo investigada por participação no crime.
Segundo a polícia, o casal se referia às vítimas usando nomes dos personagens do jogo, que assim como na vida real, foram mortos pelos filhos. O delegado Carlos Augusto Guimarães, responsável pelo caso, explicou que os adolescentes não jogavam diretamente, mas consumiam vídeos e discutiam sobre o game nas redes sociais.
“Percebemos uma fixação deles por conteúdos violentos, incluindo filmes que glorificam assassinatos”, afirmou o delegado. As conversas entre o casal revelaram que a garota pressionava o namorado a provar seu amor por meio de atos extremos.
O caso
Além do afastamento imposto pelos pais, outra motivação para o crime teria sido o interesse do jovem no dinheiro da venda de um carro e de um imóvel da família. Segundo o delegado, a jovem teve participação ativa, sugerindo que ele mostrasse que “era homem” ao cometer algo chocante para poder encontrá-la pessoalmente.
O casal se conheceu há seis anos, ainda crianças, por meio de jogos online, e aos poucos iniciou um namoro virtual, que se intensificou há cerca de um ano. “Houve um ultimato dado pela adolescente: o namoro terminaria caso não se encontrassem pessoalmente”, explicou o delegado. “Isso teria levado o jovem a tentar conseguir dinheiro a qualquer custo.”
Durante a execução do crime, a namorada acompanhou tudo por videochamada. Após o primeiro disparo contra o pai, ela o pressionou a matar a mãe. Quanto o irmão de 3 anos, o casal argumentou que era para que a criança "não sofresse com a ausência dos pais".
Após os assassinatos, o casal discutiu o que fazer com os corpos e chegou a trocar brincadeiras. Entre as ideias estavam picar os cadáveres, queimar os corpos ou alimentar porcos com os restos mortais. A decisão de esconder os corpos na cisterna partiu do adolescente.
Mesmo depois dos crimes, os dois continuaram trocando mensagens. Em uma delas, a jovem afirmou: “Nunca pensei que alguém faria isso por mim.” O adolescente sugeriu que a garota também matasse a mãe e cogitou viajar até o Mago Grosso com o revólver do pai para isso.
O adolescente está sob custódia em uma unidade socioeducativa no Rio de Janeiro, enquanto a namorada aguarda julgamento no Mato Grosso.
Siga a gente no Insta, Facebook, Bluesky e X. Envie denúncia ou sugestão de pauta para (71) 99940 – 7440 (WhatsApp).