Gerente de ferro-velho no Pirajá é preso; polícia diz que vítimas foram torturadas
Wellington 'Cabecinha", foi preso no final da manhã desta terça-feira (17). Polícia afirma que Paulo Daniel e Matusalém
Fonte: Redação
O gerente do ferro-velho do Pirajá, conhecido como Wellington 'Cabecinha", foi preso no final da manhã desta terça-feira (17). Ele é suspeito de envolvimento no desaparecimento dos jovens Paulo Daniel e Matusalém Silva Muniz, no dia 4 de novembro deste ano.
Wellington Cabecinha é o segunda pessoa presa no caso. A primeira ação ocorreu no início da manhã de hoje, contra o policial militar identificado como Cabo Maguila, da 19ª CIPM.
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Durante uma coletiva de imprensa realizada no início da tarde, o delegado José Nelis, da Polícia Civil, afirmou que as investigações não tratam mais de desaparecimento, mas sim de homicídio, já que as vítimas teriam passado por uma sessão de tortura antes de serem executadas.
O principal suspeito do crime, segundo as investigações, é o empresário Marcelo Batista, dono do estabelecimento, que está foragido da Justiça desde 11 de novembro, quando teve a prisão preventiva decretada.
"No veículo (de Marcelo) foram encontrados vestígios de impressão digital do suspeito, onde foi detectado um processo de adulteração através de hipoclorito de sódio. No entanto, encontramos vestígios de sangue das vítimas, com laudo pericial que traz uma prova irrefutável de que as vítimas foram executadas", declarou o delegado.
Relembre o caso
Um jovem, identificado como Paulo Daniel, desapareceu no dia 4 de novembro, após sair para trabalhar em um ferro-velho no bairro de Campinas de Pirajá, em Salvador. De acordo com a mãe da vítima, identificada como Marineide Pereira, o proprietário do local, Marcelo Batista, confirmou que Paulo chegou para trabalhar no dia em que sumiu, mas foi embora logo em seguida. Antes do ocorrido, o empresário chegou a acusar Paulo Daniel de roubo, mas não prestou queixa.
Além dele, outro funcionário do ferro-velho, Matusalém Silva Muniz, também foi identificado como desaparecido. Conforme relatos enviados para a equipe de jornalismo da TV Aratu, ele também desapareceu no mesmo dia, após sair do trabalho para almoçar na região.
No dia seguinte ao desaparecimento (5 de novembro), o Corpo de Bombeiros iniciou as buscas pelos rapazes. Foram usados cães farejadores no terreno do ferro-velho, confirmando que Paulo e Matusalém estiveram no local. Uma meia e um tênis de Paulo também foram encontrados no local. O caso está sendo investigado pelo Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP).
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