Estudo aponta padrão nos crimes de feminicídio na Bahia: mulheres negras são as principais vítimas
Entre os instrumentos utilizados, destacam-se as armas brancas, que representam 47,8% do total de casos entre 2017 e 2022
De 2017 a 2022, 564 mulheres foram vítimas de feminicídio na Bahia, o que representa um aumento médio de 6,3% ao ano. É o que aponta a edição de 2023 do estudo "Feminicídios na Bahia", realizado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) e a Secretaria da Segurança Pública da Bahia.
Essas estáticas mostram que uma mulher foi assassinada na Bahia por questões de gênero a cada quatro dias nos últimos 5 anos. Ou, ainda, que de cada 5 mortes violentas de mulheres na Bahia, duas foram classificadas como feminicídio.
O estudo também aponta um padrão nesse tipo de crime na Bahia: as principais vítimas foram mulheres adultas (entre 30 e 59 anos) e negras. Entre os instrumentos utilizados, destacam-se as armas brancas, que representam 47,8% do total de casos entre 2017 e 2022.
As armas de fogo é o segundo instrumento mais usado pelos assassinos e representam 27,8% dos casos. Porém, é possível observar um aumento de 50% do uso desse instrumento em 2022 em crimes contra a vida das mulheres.
Os parceiros das vítimas, como companheiros, ex-companheiros e namorados, foram os principais autores dos feminicídios na Bahia: de cada 10 feminicídios, em 9 deles o autor foi o parceiro íntimo da vítima. A principal motivação dos feminicídios, 61,3% deles, foi passional.
A maior parte dos crimes aconteceu no interior do estado: 77,87% foi em cidades do interior, enquanto que 16,8% deles ocorreu em Salvador e 5,3% na Região Metropolitana.
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