Caso da fisioterapeuta que levou 68 facadas é julgado nesta segunda em Salvador; "espero por justiça"
Após ser abandonada na BR, Isabela ainda tentou pedir ajuda e foi levada para um hospital. O ex-namorado ainda foi até o local como se nada tivesse acontecido e foi preso no local.
Após ser adiado, o júri popular do caso que envolve a fisioterapeuta Isabela Oliveira Conde, vítima de 68 facadas numa tentativa de feminicídio, acontece nesta segunda-feira (22/8), no Fórum Ruy Barbosa, em Salvador. Para sobreviver, ela teve que se fingir de morta. O ex-namorado dela é acusado de ter mandado dois comparsas assassiná-la, além de acompanhar a ação.
A reportagem do Grupo ARATU conversou com a própria Isabela antes do início do júri. Em frente ao Fórum Ruy Barbosa, a fisioterapeuta diz esperar por Justiça.
"Espero por Justiça, que Fábio pegue condenação máxima...é muito difícil saber que pessoas como essa estejam em liberdade. A gente não pode aceitar que homens matem mulheres todos os dias, como Fábio e aqueles dois integrantes tentaram me matar no dia 28 de fevereiro de 2019".
CRIME
O caso ocorreu em 28 de fevereiro de 2019 e teve repercussão nacional. De acordo com o advogado da vítima, Levy Moscovits, o ex-namorado da vítima, Fábio Barbosa Vieira e outros dois rapazes, Alex Pereira dos Santos e Adriano Santos de Jesus, foram buscar a fisioterapeuta no trabalho. Dentro do veículo, os dois amigos que estavam no banco de trás desferiram as 68 facadas, a pedido do ex-namorado.
Após ser abandonada na BR-324, Isabela ainda tentou pedir ajuda e foi levada para um hospital. O ex-namorado ainda foi até o local como se nada tivesse acontecido e foi preso no local. Na audiência, ela será ouvida pela juíza e contará, com detalhes, os momentos de horror que viveu. Assim como todos nós a Isabela espera justiça, acrescenta Moscovits.
PRISÕES
Alex, de 26 anos, foi o último envolvido no crime a ser preso pela polícia, no dia 14 de março. Ele foi capturado por investigadores da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), de Periperi. Adriano, por sua vez, foi preso um dia antes do comparsa, no bairro de Brotas. A prisão temporária da dupla foi solicitada pela titular da especializada, delegada Simone Moutinho, após serem identificados como os homens contratados por Fábio para atacar sua ex-namorada.
No ano passado, Isabela topou conversar sobre o assunto com a reportagem do Aratu On e, mais uma vez, trouxe a narrativa sobre aquela noite de terror. Mas o melhor de tudo, além da preservação da vida, é a sua condição de superação e o direcionamento encontrado para lidar com a sua história.
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