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Advogada acusa motorista de aplicativo por racismo, em Salvador; "não cometi esse crime", diz condutora

A desconfiança e atitude da condutora do veículo, que não quis prosseguir com a viagem, causou indignação à passageira.

Por Dinaldo dos Santos

Advogada acusa motorista de aplicativo por racismo, em Salvador; "não cometi esse crime", diz condutora reprodução/vídeo

Uma situação polêmica envolveu, na noite da segunda-feira (5/12), em Salvador, uma motorista de transporte por aplicativo, vinculada à empresa Uber, e sua passageira, uma advogada negra, que havia solicitado uma corrida no aeroporto, com destino ao bairro de São Caetano.


A viagem, porém, foi interrompida por Adriele Silva, a condutora do veículo, na Avenida San Martin, onde ela percebeu a presença de uma viatura policial. A parada inesperada pela passageira, Rebeca Sousa, aconteceu devido a uma sensação de insegurança manifestada pela motorista.


Adriele havia desconfiado que estava sendo vítima de uma emboscada, alegando que Rebeca manuseava muito o telefone celular. Além disso, o nome da passageira não era o mesmo da pessoa que tinha solicitado a corrida.


A desconfiança e atitude da condutora do veículo, que não quis prosseguir com a viagem, causou indignação à passageira. Em seu perfil do Instagram, Rebeca conta que havia ido ao Aeroporto deixar a mãe, que fez uma viagem internacional e teria sido a sua genitora, a solicitante do carro.


Em um vídeo publicado na rede social, a advogada afirmou que foi vítima de racismo e que teve "sorte" de ter contado com a ajuda dos policiais que a levaram para casa. "Eu passei um constrangimento que eu não quero,nunca, que outra pessoa passe [...] Ela disse que eu estava oferecendo perigo a ela [...] Eu vou tomar todas as medidas legais possíveis pra resolver e punir essa racista", disse.




À produção do Grupo Aratu, a motorista relatou que percebeu a diferença entre os nomes da passageira e da solicitante, quando pediu para ela antecipar o pagamento, que seria feito via PIX, justificando que seria para ela não ficar muito tempo parada, à noite, no final da corrida.


Após perceber a repercussão do caso, Adriele tentou registrar uma queixa contra Rebeca, pela acusação de racismo,mas segundo ela, foi informada na 4ª Delegacia Territorial (DT/São Caetano), que por haver um registro da ocorrência feita pela advogada, em outra unidade,ela teria que aguardar uma intimação.


Por conta da situação, a motorista disse que está sendo acusada de racismo nas redes sociais e está impedida de continuar trabalhando pelo aplicativo da Uber até abril de 2023. Adriele, também, divulgou um vídeo contado a sua versão do que aconteceu. 



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