Uma mulher, identificada como Raquel da Silva Almeida, de 34 anos, foi morta a facadas na noite deste domingo (24/9), no bairro da Massaranduba, em Salvador.
Segundo informações da Polícia Civil, o filho da vítima também foi ferido e socorrido para uma unidade de saúde, mas o seu estado de saúde não foi divulgado.
Ainda de acordo com a PC, Raquel teria sido vítima de feminicídio. A 3ª Delegacia de Homicídios (DH/BTS) está responsável pela apuração do caso. Foram expedidas as guias periciais e a investigação está em andamento.
FEMINICÍDIOS NA BAHIA
A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) e a Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) divulgaram, em parceria, no último mês de março, a edição 2023 do estudo Feminicídios na Bahia.
Ele revelou que, de 2017 a 2022, foram 564 mulheres vítimas deste tipo de crime no estado. Esse número representa um aumento médio de 6,3% ao ano. Especificamente no ano de 2022, foram registrados 107 feminicídios.
O aumento em relação a 2021 foi de 15,1%. Isso significa dizer que uma mulher foi assassinada na Bahia por questões de gênero a cada quatro dias. Ou ainda, de cada 5 mortes violentas de mulheres na Bahia, duas foram tipificadas desta forma.
O crime de feminicídio apresenta um padrão de ocorrência: as mulheres em idade adulta (entre 30 e 59 anos) e negras foram as principais vítimas desse tipo de crime.
Entre os instrumentos utilizados, destacam-se as armas brancas, com 47,8% do total de casos, entre 2017 e 2022. Ou seja, quase metade das mulheres atingidas por este crime na Bahia foi assassinada por arma branca.
Por sua vez, as armas de fogo configuram o segundo grupo de instrumento mais utilizado: 27,8%; sendo que é possível observar um aumento de 50% nos casos com esse tipo de instrumento em 2022.
O parceiro íntimo da vítima (companheiro, ex-companheiro e namorado) foi o principal autor, aparecendo em 9 de cada 10 dos casos. Por sua vez, a principal motivação dos assassinatos foi passional (61,3%).
Outra caracterização para esse tipo de crime é que a maioria ocorreu no interior do estado: 77,87%; contra 16,8% em Salvador e 5,3% na Região Metropolitana (RMS).
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