Padre Fábio de Melo desabafa após ataques: 'A um passo de desistir'

O padre Fábio de Melo usou o Instagram na terça-feira (20), para comentar os ataques virtuais que alega sofrer desde que relatou uma situação de desrespeito em uma cafeteria da rede Havanna, em Joinville, cidade de Santa Catarina. A repercussão do caso gerou forte polarização nas redes sociais e culminou na demissão do então gerente do estabelecimento.

“As pessoas querem odiar. A qualquer custo, querem odiar. Por qualquer motivo. Elas precisam eleger um foco para a manifestação de seus lados sombrios”, escreveu o padre, que também afirmou ser alvo de comentários ofensivos mesmo em publicações pessoais.

“É tão desproporcional a medida que se estabelece entre o que ‘realmente aconteceu e o ataque’ que nós chegamos à conclusão de que as pessoas não querem a verdade”, declarou. E completou: “Eu estou a um passo de desistir”.

Entenda o caso

A controvérsia começou após Fábio de Melo afirmar, nas redes sociais, que foi mal atendido ao tentar comprar um pote de doce de leite na unidade da Havanna em Joinville. Segundo ele, o preço na prateleira era menor do que o cobrado no caixa, e o gerente teria sido ríspido ao se recusar a corrigir o valor.

“Ele veio e falou alto, pra todo mundo ouvir: ‘O preço é este. Quem quiser levar, que leve, não posso mudar no meu sistema’”, relatou o padre.

O funcionário citado, Jair José Aguiar da Rosa, foi desligado após a denúncia. Em entrevista ao portal iG, Jair disse estar emocionalmente abalado com a repercussão. “Do nada, tem um país todo te massacrando, falando mal de você. E você entra nas redes sociais, os comentários são todos maldosos. Escutaram a versão do padre e ficou por isso mesmo. Estou muito abalado emocionalmente”, afirmou.

Ele nega ter destratado o religioso e diz que a situação envolveu um acompanhante do padre. “Nunca houve uma conversa direta entre nós”, disse.

Em nota oficial divulgada nas redes sociais, a Havanna reconheceu falhas no atendimento, pediu desculpas ao padre e informou que está adotando medidas internas para reforçar seus padrões de atendimento.

Após a demissão do gerente, o padre afirmou que seu objetivo não era responsabilizar o funcionário individualmente. “Lamento muito que ele tenha sido demitido, não sei o histórico dele, como ele liderava a loja. Só dei o testemunho que nenhum estabelecimento comercial está acima da Lei do Direito do Consumidor”, declarou.

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