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"Banheirão" no metrô de Salvador: ex-segurança detalha cenas estarrecedoras que já presenciou; "diversas vezes ao dia"

A TV Aratu entrou em contato com a CCR Metrô, mas, até a publicação dessa reportagem, não havia recebido resposta.

Por Jean Mendes

"Banheirão" no metrô de Salvador: ex-segurança detalha cenas estarrecedoras que já presenciou; "diversas vezes ao dia" TV Aratu

"Trabalhei no metrô e via coisas terríveis, que não tenho nem como relatar. Se uma coisa tem que acontecer entre um casal, tem que ser entre quatro paredes. Por várias vezes, idosos e até mesmo crianças vinham nos procurar para falar que tinham essas questões no banheiro. Eram diversas vezes ao dia".


O relato estarrecedor foi dado por um ex-segurança da CCR, companhia que administra o metrô de Salvador, durante o programa da TV Aratu, Cidade Aratu, desta quinta-feira (30/6). O agente, que trabalhou por três anos nas estações, revelou ter flagrado um idoso praticando ato libidinoso com um menor de idade. 


"Nós temos uma carteirinha para crianças, idosos e gratuidade. Eu estava na catraca. De repente, fui abordado por um senhor que estava com um [menor]. Ele falou: 'segurança, por favor, dê uma olhada no banheiro que está demais'. A CCR nos indica a fazer abordagem sozinho. Chamei um amigo e fui de encontro. Lá, uma imagem terrível, não dá para explicar: tive que pegar uma chave para abrir o banheiro de PCD pois, no banheiro, não poderia entrar ninguém". 


"Quando adentramos ao banheiro, fizemos o procedimento padrão. Como somos profissionais, 'cismamos' e fomos atrás dele. Lá, estava mais um ato. Fizemos a condução à delegacia. Alguns deles, saem primeiro que a gente na delegacia. Parece um trabalho de 'formiguinha'. Eles se escondem através do celular", acrescentou o ex-agente. 



A prática tem ganhado força nas 20 estações das Linhas 1 e 2. Mesmo proibido e criminoso, para o chamado "banheirão", não faltam adeptos entre os 370 mil passageiros que utilizam os trens nas linhas diariamente. 


De acordo com o ex-funcionário, existe ainda uma rede de comunicação em que os participantes compartilham informações sobre o horário com menor movimento nas estações e a quantidade de seguranças em cada uma delas.


"Existem grupos de WhatsApp deles, onde colocam pessoas nas estações para saber os horários de desembarques dos trens. Eles marcam com as pessoas para os banheiros de menos fluxo e segurança".



O rapaz ainda ressaltou que a prática não é nova, como já havia sido denunciada pelo Grupo Aratu há alguns meses. "Esses atos aconteciam antes de eu trabalhar lá. A empresa sempre disse para não agredir [os suspeitos] e fazer ação de presença. As mesmas pessoas que flagrávamos, elas iam para outras estações fazer a mesma coisa. Isso acontece desde quando inaugurou o metrô em Salvador", lembrou o ex-segurança. 


A TV Aratu entrou em contato com a CCR Metrô, mas, até a publicação dessa reportagem, não havia recebido resposta.


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