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Ilê Aiyê divulga as 15 finalistas que vão concorrer à coroa de Deusa do Ébano 2025

A nova Rainha do Ilê será coroada durante a Noite da Beleza Negra, no dia 15 de fevereiro, na Senzala do Barro Preto

Por Da Redação

Ilê Aiyê divulga as 15 finalistas que vão concorrer à coroa de Deusa do Ébano 2025Escolha da nova Deusa do Ébano o Ilê Aiyê acontecerá no dia 15 de fevereiro. Foto: divulgação Ilê Aiyê

Foram anunciadas as 15 candidatas ao título de Deusa do Ébano 2025, que vão carregar o nome do Mais Belo dos Belos e disputar o posto de Rainha do Ilê Aiyê, no próximo dia 15 de fevereiro, durante a 44ª edição da Noite da Beleza. Adriane, Camila, Caroline, Cecilia, Ivana, Isis, Lorena, Maria Victoria, Nayara, Rafaela, Stephanie, Tainã, Thuane, Wania e Yasmin são as finalistas selecionadas para mostrar no palco sua beleza, gingado e carisma em busca da tão almejada coroa, que será entregue em mãos pela atual rainha Larissa Valéria Sá Sacramento.


A grande vencedora fará sua estreia oficial no Carnaval de Salvador e vai ser a grande estrela da festa que comemora 50 anos do primeiro desfile do bloco afro mais antigo do país. São 15 mulheres, entre 19 e 35 anos, cada uma com sua história de resistência e motivação pessoal para lutar pelo sonho de ser a Deusa do Ébano. 


O concurso demonstra o poder da ancestralidade e dos valores que são passados de geração em geração de pais para filhos, que crescem sob a influência do Ilê Aiyê em suas vidas desde cedo. Todas as candidatas têm em comum o desejo de empoderar outras mulheres pretas e mostrar que a competição vai muito além da valorização dos traços e da estética negra. O primeiro bloco afro do Brasil cumpre, desde a primeira edição da Noite da Beleza Negra, o papel de destaque na luta por igualdade racial e resgate da autoestima da mulher negra. 


A Deusa do Ébano simboliza a afirmação da cultura, beleza e identidades negras. Foto: André Frutuoso


A Deusa do Ébano da 44ª edição vai liderar o Carnaval do Ilê Aiyê de 2025, quando o tema do bloco será “Kenya: Berço da Humanidade”. Ao subir no trio para arrastar a multidão, a Rainha abre os caminhos e guia o cortejo do Mais Belo dos Belos, pintando as ruas de Salvador de amarelo, branco, vermelho e preto, e celebrando a revolução que a cinquentenária existência do Ilê Aiyê representa. 


CONHEÇA AS FINALISTAS


Adriane Silva e Silva

Idade: 19

Bairro: Liberdade, Salvador

Profissão: Administradora   

Trajetória no concurso: Concorre pela primeira vez

Por quê quer ser Deusa do Ébano: “Porque representa minha história, minha ancestralidade, meus antepassados”.


Camila Cruz Silva

Idade: 33

Bairro: Subúrbio Ferroviário, Salvador 

Profissão: Trabalha com estética afro

Trajetória no concurso: Concorre pela quarta vez

Por quê quer ser Deusa do Ébano: “Por representatividade, mostrar que a gente pode. É uma realização não só do meu sonho, mas da minha ancestralidade, é trazer toda essa história que minha mãe não conseguiu e que hoje eu estou conseguindo”. 


Caroline Lopes dos Santos

Idade: 31

Bairro: Estudante de Pedagogia e auxiliar de classe

Profissão: Subúrbio Ferroviário, Plataforma, Salvador

Trajetória no concurso: Concorre pela segunda vez

Por quê quer ser Deusa do Ébano: “Porque a história do Ilê Aiyê é o que me representa, é o que eu vivo. Não tem como se falar da história sem vivência, e o Ilê traz essa minha vivência”. 


Cecilia da Silva Santos

Idade: 34

Bairro: Consultora de imagem e personal stylist

Profissão: Garcia, Salvador

Trajetória no concurso: Concorre pela quinta vez

Por quê quer ser Deusa do Ébano: “Eu acredito que eu sou o símbolo dessa transformação da mulher negra na sociedade. O Ilê Aiyê me inspirou a defender os meus valores, defender a minha história em qualquer espaço que eu pudesse pisar”. 


Isis Renata do Espírito Santo Dantas Nascimento

Idade: 29

Bairro: Engomadeira, Salvador

Profissão: Fisioterapeuta

Trajetória no concurso: Concorre pela segunda vez

Por quê quer ser Deusa do Ébano: “É um ato político de transformação da nossa sociedade, empoderamento da mulher preta, afirmação da nossa cultura, da nossa identidade e a exaltação dessa beleza, além de reverenciar os nossos ancestrais”.


Ivana Muniz Paixão

Idade: 33

Bairro: Dançarina, afro-empreendedora e guia de turismo

Profissão: Lençóis, Chapada Diamantina

Trajetória no concurso: Concorre pela terceira vez

Por quê quer ser Deusa do Ébano: “É importante levar esse título de Deusa do Ébano para o interior da Bahia, para que as mulheres e crianças acreditem na sua potência, força e beleza. Há muitos anos, o manto sagrado só fica aqui em Salvador, esse ano estou aqui pra levar para o interior da Bahia”.


Lorena Xavier Silveira Bispo

Idade: 22

Bairro: Dançarina, escritora e comunicadora

Profissão: Itapuã, Salvador

Trajetória no concurso: Concorre pela segunda vez

Por quê quer ser Deusa do Ébano: “É um lugar de representatividade, onde eu trago a minha história. O Ilê é uma instituição de mecanismo social, político, cultural e artístico. Então, o meu compromisso enquanto Deusa do Ébano é dar continuidade e zelar por isso”.


Maria Victoria de Souza Conceição

Idade: 19

Bairro: Digital Influencer

Profissão: Federação, Salvador

Trajetória no concurso: Concorre pela primeira vez

Por quê quer ser Deusa do Ébano: “Para deixar a força, tanto para as outras mulheres negras quanto para aquelas que ainda virão a nascer, a história, e mostrar que o lugar da mulher preta é onde ela quiser fazendo o que ela quiser”.


Nayara Amanda Guimarães Temporal Costa

Idade: 33

Cidade: Recife, Pernambuco

Profissão: Dançarina e instrutora de Mat Pilates

Trajetória no concurso: Concorre pela segunda vez

Por quê quer ser Deusa do Ébano: “Pelo meu amor à dança, a essa dança da África que o Ilê traz. É muito difícil a gente falar do continente africano e o Ilê conta a história do continente africano, e eu me identifico muito com isso”. 


Rafaela Rosa Silva Oliveira

Idade: 29

Bairro: Barra, Salvador / Nascida e criada na comunidade da Roça da Sabina  

Profissão: Pedagoga 

Trajetória no concurso: Concorre pela quarta vez

Por quê quer ser Deusa do Ébano: “Porque além de ser uma representação, não só pra mim, mas para minha comunidade, trazendo a representação não só da dança, não é só um concurso estético. Ele é político”. 


Stephanie Ingrid Silva Souza de Deus 

Idade: 23

Bairro: Santa Cruz, Salvador 

Profissão: Artista e educadora 

Trajetória no concurso: Concorre pela segunda vez

Por quê quer ser Deusa do Ébano: “Eu já me vejo nesse lugar de destaque, de fala. Para além da dança, eu quero inspirar e representar mulheres e crianças negras a também se verem neste lugar”.


Tainã Santana Vieira

Idade: 31

Bairro: Lapinha, Salvador

Profissão: Psicóloga

Trajetória no concurso: Concorre pela terceira vez

Por quê quer ser Deusa do Ébano: “Eu tenho uma filha de cinco anos, então é muito mais por essa questão de representatividade pessoal, dentro de casa. Essa construção enquanto criança negra, para quando crescer, se reconhecer enquanto mulher negra”.


Thuane Vitória Pereira Santana

Idade: 27

Bairro: Cuidadora de idosos

Profissão: Fazenda Grande do Retiro, Salvador

Trajetória no concurso: Concorre pela terceira vez

Por quê quer ser Deusa do Ébano: “Para mim é um resgate ancestral, uma realização do sonho em memória da minha mãe, e das minhas filhas hoje. É me impor perante a sociedade, esse título traz para a gente esse empoderamento enquanto mulher preta”.


Wania Souza de Lima dos Santos

Idade: 35 

Bairro: Cidade Nova, Salvador

Profissão: Educadora social em dança e pedagoga em formação

Trajetória no concurso: Concorre primeira pela vez

Por quê quer ser Deusa do Ébano: “Tem uma frase que Vovô [do Ilê] citou muito, que era ‘vão fazer você lembrar que você é preto da pior forma possível’ e eu senti isso na pele. Não é isso que eu quero para mim, para minha filha e para as crianças que eu ensino enquanto artista e educadora”. 


Yasmin Maria Santos da Silva

Idade: 19

Bairro: Itapuã

Profissão: Vendedora de veículos  

Trajetória no concurso: Concorre pela primeira vez

Por quê quer ser Deusa do Ébano: “Tem uma representatividade muito grande na minha família. É expressar a minha voz negra para que outras mulheres acreditem que elas têm um lugar no mundo”.



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