Google anuncia o Stadia, um ‘Netflix dos games’; saiba mais
Google anuncia o Stadia, um ‘Netflix dos games’; saiba mais
“O futuro dos games não está mais numa caixa”: foi assim que o Google apresentou nessa terça-feira, 19, o Stadia, seu novo serviço de streaming de games. Com ajuda de sua infraestrutura de processamento na nuvem, a gigante americana vai permitir que os jogadores desfrutem de games em qualquer tela, do celular à TV e com qualquer controle, desde que estejam conectados à internet. Se funcionar, a ideia pode acabar com um mercado tradicional do entretenimento: a venda de consoles e jogos em formato físico, desbancando marcas como Sony, Nintendo e Microsoft.
Anunciado durante a Game Developers Conference, evento do setor realizado nesta semana em São Francisco, o Stadia (estádios, em latim) deve chegar ao mercado até o fim do ano nos EUA, Canadá, Reino Unido e na Europa. Não há data prevista para o Brasil. Ainda não está claro, porém, como os jogadores pagarão para usar o Stadia.
Funcionalidades
Além de permitir partidas pela rede, sem que o usuário precise de um novo dispositivo, o Google quer trazer novas funções aos games. Por meio do Stadia, criadores de conteúdo poderão jogar partidas ao vivo junto com espectadores, em uma função chamada Crowd Play. Outra ferramenta, chamada State Share, permitirá que um jogador comece a jogar uma fase específica de um jogo, em menos de dez segundos, a partir de um vídeo que mostre o mesmo nível.
O Google criou um estúdio próprio de jogos para o Stadia – comandado por Jade Raymond, que criou games como Watch Dogs, da Ubisoft. Haverá ainda um controle próprio do Stadia, no qual usuários poderão apertar botões específicos para gravar vídeos de seus jogos ou pedir ajuda ao Google Assistant para consultar como passar de fase.
Competição
O Stadia não chega sozinho ao mercado: Sony e Microsoft também devem lançar algo parecido este ano. Para analistas, é um setor cheio de potencial, mas com incertezas. “O Stadia é uma ótima prova de conceito, mas só fará sucesso se tiver usuários e bom conteúdo disponível”, disse Daniel Ahmad, da consultoria Niko Partners, pelo Twitter.
Já André Pase, professor da PUC-RS, aponta que redes podem ser entrave. “Não basta uma conexão boa, é preciso que ela seja boa o suficiente para permitir ao jogador ter tempo de reação dentro dos games.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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