Bahia é o estado onde há menos divórcios do Brasil; a cada 3,3 casamentos, um se separa
Bahia é o estado onde há menos divórcios do Brasil; a cada 3,3 casamentos, um se separa
O estado da Bahia teve uma recorde no número de divórcios em 2019, com 19,5% menos casais que no ano anterior. Essa diminuição foi a maior do país em termos absolutos, com 4.865 divórcios a menos. Ainda assim, em 2019, ocorreu uma separação para 3,3 casamentos.
Isso porque, depois de crescer e bater recordes seguidos por cinco anos, o número de casamentos caiu na Bahia. Os dados mostram queda de 68.623, em 2018, para 66.557 em 2019. Os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), nessa quarta (9/12), revelam 3% a menos, cerca de 2.066 casamentos.
DIVÓRCIO
Os divórcios também diminuíram em Salvador, que registrou 6.013 em 2018 e caiu para 5.159 em 2019. No total, representa uma queda de 14,2% (menos 854 divórcios). Essa foi a primeira diminuição na taxa em cinco anos para cidade, sendo o mais profundo na capital desde 2013, tanto em termos absolutos quanto percentuais.
A média do Brasil em 2019, como um todo, foi bem menor que a da Bahia, com -0,5% separações. Entre os estados, 14 mostraram queda no número de divórcios. Além da Bahia, as maiores reduções absolutas ocorreram no Amazonas (-3.274 ou -52,7%, maior queda percentual) e em São Paulo (-3.220 ou -2,8%). Por outro lado, o número de divórcios cresceu mais, em termos absolutos, no Rio de Janeiro (15,2%), Pernambuco (43,9%, maior crescimento percentual) e Paraná (5,9%).
CASAMENTO
A queda registrada na Bahia foi apenas nas uniões entre pessoas de sexos diferentes, que diminuíram 3,1%, com menos 2.103 uniões. Os casamentos entre pessoas do mesmo sexo aumentaram pelo segundo ano consecutivo, de 288 em 2018 para 325 em 2019, ou 12,8% a mais. Tanto os casamentos entre homens (de 118 para 126) quanto entre mulheres (de 170 para 199) cresceram.
No Brasil como um todo, houve 1.024.676 registros de casamentos civis em 2019, o que representou uma redução de 2,7% em relação ao ano anterior. A média brasileira, entretanto, apresentou recuo tanto nas uniões entre pessoas de sexos diferentes quanto entre as pessoas do mesmo sexo. Houve quedas no número de casamentos civis registrados em 17 das 27 Unidades da Federação.
Entre as capitais, Salvador se destacou com a segunda maior redução percentual no número de casamentos registrados entre 2018 e 2019, com queda de 11,5% (menos 1.893 casamentos), ficando atrás apenas do Rio de Janeiro (-13%). A capital baiana também apresentou a terceira maior redução absoluta, ficando atrás também de São Paulo, que apesar de perder apenas 3,6%, registrou menos 2.456 casamentos no período.
Asim como na Bahia, os casamentos entre pessoas de sexos diferentes em Salvador foram menos numeros em 2019 (14.399 contra 16.299 em 2018), mas os casamentos entre pessoas do mesmo sexo aumentaram discretamente (de 172 para 179), puxados pelas uniões entre mulheres, que passaram de 100 para 121 no período. Os casamentos entre homens diminuíram (de 72 para 58).
DURAÇÃO MÉDIA
A duração média dos casamentos também tem caído em todo o país. Os casais que se divorciaram em 2019, na Bahia, tinham ficado casados por uma média de 15,2 anos. O número é 3,3 menor do que a duração média dos casamentos dez anos antes, em 2009 (18,5 anos).
Apesar da queda, a Bahia subiu no ranking nacional de duração média dos casamentos. Em 2009, o estado ocupava a 10ª posição entre os casamentos mais longevos, subindo agora para o 6º lugar. No Brasil como um todo, em 2019, os casamentos duraram em média 13,8 anos em 2019, frente a 17,5 anos em 2009 (3,7 anos a menos).
GUARDA COMPARTILHADA
A cada 3 casais baianos que se separam, um deles opta pela guarda compartilhada. A opção foi apontada pelo IBGE em 33% no Estado e sobe para 2 caisais a cada 3 divórcios em Salvador (63,6%).
Dos 20.087 divórcios concedidos na Bahia, 8.800 (43,8%) foram de casais com filhos menores de idade. Desses, 2.903 adotaram o regime de guarda compartilhada, percentual acima do verificado em 2018 (31,6%).
O aumento é maior que a média brasileira, estipulada em 26,8% dos divórcios envolvendo crianças. A Bahia tinha o 7º percentual o país, num ranking liderado por Amazonas (52,7%), Espírito Santo (46,9%) e Distrito Federal (42,2%).
Embora esse tipo de guarda tenha crescido, na grande maioria dos divórcios de casais com filhos menores, a responsabilidade principal ainda ficava com a mãe, tanto na Bahia (em 59,8% dos casos, mesmo percentual de 2018) quanto no Brasil como um todo (62,4%, frente a 65,4% em 2018).
Em Salvador, por outro lado, a guarda materna, foi concedida em 30,7% dos divórcios com filhos menores, em 2019 (627 em números absolutos). Todos os dados foram retirados de documentos de 2019 dos Cartórios de Registro Civil de Pessoas Naturais; das Varas de Família, Foros ou Varas Cíveis; e dos Tabelionatos de Notas.
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