Comerciantes que tiveram seus neg&oacute;cios destru&iacute;dos pelas fortes chuvas que atingiram os munic&iacute;pios do Sul e Extremo Sul baianos poder&atilde;o ter uma linha de cr&eacute;dito de at&eacute; R$ 150 mil para reconstru&iacute;rem seus estabelecimentos. O an&uacute;ncio foi feito pelo&nbsp;governador Rui Costa, nesta segunda-feira (13/12), ap&oacute;s uma reuni&atilde;o com secret&aacute;rios estaduais, na Governadoria, em Salvador.&nbsp;

O projeto de lei com a proposta da cria&ccedil;&atilde;o dessa&nbsp;linha de cr&eacute;dito ser&aacute; enviado para a Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), contemplando outras medidas de apoio e socorro &agrave;s v&iacute;timas das enchentes, como a cobran&ccedil;a de tarifa m&iacute;nima no pagamento da conta de &aacute;gua e recursos para a constru&ccedil;&atilde;o e o reparo de casas. Um gabinete de crise tamb&eacute;m ser&aacute; instalado pelo Governo do Estado no munic&iacute;pio de Itamaraju. Os deputados poder&atilde;o&nbsp;votar a favor ou de forma contr&aacute;ria&nbsp;a medida.

&ldquo;Vamos abrir uma linha de cr&eacute;dito especial com uma car&ecirc;ncia de 12 meses. Para quem demandar at&eacute; R$ 150 mil, n&atilde;o ser&atilde;o cobrados juros. Demandas acima desse valor podem ser feitas, mas essas ter&atilde;o uma taxa CDI. Ap&oacute;s a car&ecirc;ncia, as pessoas ter&atilde;o outros 36 meses para pagar. N&oacute;s vamos montar um posto avan&ccedil;ado da Desenbahia, a partir desta quarta-feira [15/12], na cidade de Medeiros Neto, para recepcionar os comerciantes atingidos e ajudar a desburocratizar e agilizar o pedido. Ap&oacute;s a solicita&ccedil;&atilde;o, um grupo t&eacute;cnico far&aacute; uma inspe&ccedil;&atilde;o no local e a libera&ccedil;&atilde;o do recurso para que o comerciante possa come&ccedil;ar novamente a montar seus estoques&rdquo;, afirmou o governador.

Rui explicou que a medida prev&ecirc; parcerias com os munic&iacute;pios atingidos para a reconstru&ccedil;&atilde;o de casas afetadas. &ldquo;N&oacute;s faremos a constru&ccedil;&atilde;o de casas novas, que ter&atilde;o que ser erguidas necessariamente em locais que n&atilde;o alaguem mais. Para as casas que mantiveram boa estrutura e precisam de uma limpeza, uma pintura, pequenos reparos, n&oacute;s vamos fazer parcerias com os munic&iacute;pios para realizar essas medidas e a popula&ccedil;&atilde;o possa voltar o mais r&aacute;pido poss&iacute;vel para seus lares. Ainda vamos fechar os n&uacute;meros, mas a estimativa &eacute; que sejam aplicados cerca de R$ 30 milh&otilde;es para construir novas casas e mais R$ 20 milh&otilde;es para a restaura&ccedil;&atilde;o, acrescentou.

O projeto tamb&eacute;m ir&aacute; incluir&nbsp;&nbsp;a tarifa social do consumo de &aacute;gua para todas as resid&ecirc;ncias e os comerciantes das ruas que foram alagadas. &ldquo;Nesse momento, obviamente, as pessoas ter&atilde;o um consumo maior de &aacute;gua para fazer a limpeza de suas lojas e casas e, para que essas pessoas n&atilde;o tenham esse custo, n&oacute;s vamos incluir no projeto de lei que durante esse m&ecirc;s, independentemente do consumo, ser&aacute; cobrado no m&aacute;ximo a tarifa social nas ruas que foram alagadas em todo o Extremo Sul. O cadastramento ser&aacute; feito pela prefeitura e pela Defesa Civil para transferir esse benef&iacute;cio atrav&eacute;s da Embasa&rdquo;, afirmou o governador da bahia.&nbsp;

GABINETE DE&nbsp;CRISE&nbsp;

Sobre o gabinete de crise, o petist destacou que o objetivo &eacute; agilizar as a&ccedil;&otilde;es nos munic&iacute;pios afetados pelas chuvas. &ldquo;J&aacute; temos um centro de emerg&ecirc;ncia montado e vamos transform&aacute;-lo em um gabinete de crise, com a instala&ccedil;&atilde;o de diversas secretarias de Estado. Por isso, vamos requerer um espa&ccedil;o mais amplo para ter secretarias como a de Desenvolvimento Urbano e a de Infraestrutura. Ent&atilde;o, vamos montar uma extens&atilde;o das secretarias de Estado no Extremo Sul para atuar in loco e mais rapidamente&rdquo;, concluiu.

DEFESA CIVIL&nbsp;

Segundo dados levantados e atualizados&nbsp;&nbsp;pela Superintend&ecirc;ncia de Prote&ccedil;&atilde;o e Defesa Civil da Bahia (Sudec) junto aos munic&iacute;pios mostram que as chuvas afetaram diretamente a vida de 220.297 pessoas. Houve registro de oito mortos e 267 feridos. H&aacute; 15.199 desalojados e 6.371 desabrigados.

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Chuvas no sul da Bahia: projeto de lei quer criar de linha de crédito a comerciantes e instalação de gabinete de crise