Fontes oficiais brasileiras confirmaram nesta quarta-feira (22) que a Venezuela fechou sua fronteira com o Brasil devido a exerc&iacute;cios militares conduzidos pela For&ccedil;a Armada Nacional Bolivariana (FANB).
Conforme publica&ccedil;&atilde;o da Gazeta do Povo, a Pol&iacute;cia Militar de Roraima informou que a Venezuela declarou que se trata de uma "medida de seguran&ccedil;a" e que o <a href="https://aratuon.com.br/mundo/governo-condena-prisoes-ameacas-e-perseguicoes-na-venezuela" target="_blank" rel="noopener">acesso &agrave; fronteira atrav&eacute;s da cidade de Pacaraima ser&aacute; bloqueado pelo menos at&eacute; esta quinta-feira (23)</a>.&nbsp;
Imagens divulgadas nas m&iacute;dias sociais indicam que as tropas chegaram a cruzar a fronteira, mas depois voltaram.
<a href="https://aratuon.com.br/geral/venezuela-abate-aviao-vindo-do-mexico-e-que-nao-tinha-autorizacao-no-espaco-aereo-no-pais" target="_blank" rel="noopener">A partir de 2018, Pacaraima se tornou o ponto de partida para centenas de milhares de venezuelanos</a> que deixaram seu pa&iacute;s em fuga da grave crise pol&iacute;tica, econ&ocirc;mica e social, intensificada pelo governo de Nicol&aacute;s Maduro.
<a href="https://aratuon.com.br/mundo/brasil-sauda-eleicao-da-venezuela-e-diz-aguardar-publicacao-das-atas" target="_blank" rel="noopener">Em 10 de janeiro, Nicol&aacute;s Maduro tomou posse para seu terceiro mandato ileg&iacute;timo</a>, ap&oacute;s fraudar as elei&ccedil;&otilde;es realizadas em julho de 2024. Naquele momento, a passagem pela fronteira com o Brasil foi interrompida por tr&ecirc;s dias.
As opera&ccedil;&otilde;es militares em curso nesta quarta-feira (22) envolveram aproximadamente 150 mil soldados em toda a Venezuela.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/abdaa021-b4e4-4688-a90a-c1387f0b004a.webp?width=712&amp;height=370" alt="Carros blindados e homens armados s&atilde;o vistos na fronteira. Foto: Redes sociais">
LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/politica/tcu-bloqueia-r-6-bilhoes-de-fundos-do-programa-pe-de-meia-do-governo-lula" target="_blank" rel="noopener">TCU bloqueia R$ 6 bilh&otilde;es de fundos do programa P&eacute;-de-Meia do governo Lula</a>
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O Minist&eacute;rio das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores do Brasil expressou, neste s&aacute;bado (11),&nbsp;preocupa&ccedil;&atilde;o com as den&uacute;ncias de <a href="https://aratuon.com.br/variedades/opositor-a-nicolas-maduro-edmundo-gonzalez-deixa-a-venezuela-e-recebe-asilo-na-espanha" target="_blank">viola&ccedil;&otilde;es de direitos humanos contra opositores</a> do governo de <a href="https://aratuon.com.br/mundo/apos-criticas-as-eleicoes-da-venezuela-nicolas-maduro-desafia-elon-musk-voce-quer-lutar" target="_blank">Nicol&aacute;s Maduro</a>, na Venezuela.

Em nota, o Itamaraty ressaltou que a inquieta&ccedil;&atilde;o do governo brasileiro se intensificou diante da atual situa&ccedil;&atilde;o pol&iacute;tica no pa&iacute;s vizinho, agravada pelas elei&ccedil;&otilde;es presidenciais realizadas no dia 28 de julho do ano passado.

+&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/mundo/organizacao-dos-eua-diz-que-eleicao-na-venezuela-nao-pode-ser-considerada-democratica" target="_blank">Organiza&ccedil;&atilde;o dos EUA diz que elei&ccedil;&atilde;o na Venezuela n&atilde;o pode ser considerada democr&aacute;tica</a>

&quot;Embora reconhe&ccedil;amos os gestos de distens&atilde;o pelo governo Maduro &ndash; como a libera&ccedil;&atilde;o de 1,5 mil detidos nos &uacute;ltimos meses e a reabertura do Escrit&oacute;rio do Alto Comiss&aacute;rio de Direitos Humanos das Na&ccedil;&otilde;es Unidas em Caracas, o governo brasileiro deplora os recentes epis&oacute;dios de pris&otilde;es, de amea&ccedil;as e de persegui&ccedil;&atilde;o a opositores pol&iacute;ticos&quot;, declarou o Minist&eacute;rio das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores.

Al&eacute;m disso, o Itamaraty afirmou que, &quot;para a plena vig&ecirc;ncia de um regime democr&aacute;tico, &eacute; fundamental que se garantam a l&iacute;deres da oposi&ccedil;&atilde;o os direitos elementares de ir e vir e de manifestar-se pacificamente com liberdade e com garantias &agrave; sua integridade f&iacute;sica&quot;.

Por fim, o governo brasileiro fez um apelo: &quot;O Brasil exorta, ainda, as for&ccedil;as pol&iacute;ticas venezuelanas ao di&aacute;logo e &agrave; busca de entendimento m&uacute;tuo, com base no respeito pleno aos direitos humanos com vistas a dirimir as controv&eacute;rsias internas&quot;.

<img alt="" src="https://storage.googleapis.com/aratu-backend/fotos/aratu_noticias/129786/mg/reuniao-sul-americanos_mcamgo_abr_30052023.jpg" style="width: 1024px; height: 682px;" />O Minist&eacute;rio das Rela&ccedil;&otilde;es Exteriores do Brasil expressou&nbsp;preocupa&ccedil;&atilde;o com den&uacute;ncias de viola&ccedil;&otilde;es de direitos humanos na Venezuela. | Foto:&nbsp;Marcelo Camargo/Ag&ecirc;ncia Brasil

O opositor venezuelano Edmundo González recebeu asilo na Espanha após deixar a Venezuela em um avião da Força Aérea espanhola. Ele se refugiou na embaixada do país europeu em Caracas, depois de ser alvo de um pedido de prisão por não comparecer a depoimentos relacionados a uma investigação sobre supostas atas eleitorais falsas que indicavam sua vitória nas eleições de 28 de julho. 

Em nota oficial, a Espanha justificou o asilo a Edmundo González destacando seu compromisso com os direitos políticos e a integridade física de todos os venezuelanos. O ministro das Relações Exteriores da Espanha, José Manuel Albares, informou que o asilo foi solicitado pelo próprio opositor, reforçando a intenção do governo espanhol de proteger esses direitos. Já o governo venezuelano concedeu salvo-conduto a Edmundo, destacando o respeito às normas internacionais. 

As autoridades venezuelanas acusam-no de crimes como usurpação de funções, forjamento de documento público, instigação à desobediência das leis, delitos informáticos e associação para delinquir e conspiração.

O pedido de prisão de Edmundo González foi emitido após ele não comparecer a três depoimentos para os quais foi notificado pelo Ministério Público da Venezuela. Esses depoimentos estavam relacionados a uma investigação sobre uma página na internet que supostamente continha atas eleitorais falsas, indicando a vitória de Edmundo nas eleições de 28 de julho.

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Em meio a uma crise política por conta da desconfiança com os resultados das eleições, o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, decretou que as celebrações natalinas foram adiantadas para o dia 1º de outubro. No seu discurso, o ditador expressou agradecimento ao povo do país pela sua suposta reeleição no cargo.

“Setembro está chegando e eu disse: setembro já cheira a Natal. E é por isso que este ano em homenagem a vocês, em agradecimento a vocês, vou decretar o Natal antecipado para 1º de outubro, com paz, felicidade e segurança”, afirmou o líder.

O anúncio coincidiu com a emissão de um mandado de prisão para o opositor Edmundo González, feito pelo Ministério Público do país. O candidato, que pertence ao partido Plataforma Unitária Democrática (PUD), é apoiado pela comunidade internacional, que pede mais clareza em relação aos resultados da votação realizada na Venezuela.

Em contrapartida a decisão presidencial, a Conferência Episcopal Venezuelana criticou a antecipação do Natal para fins políticos e reafirmou que a celebração deve começar em 25 de dezembro.

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Com a contribuição de João Brandão
Questionado sobre o resultado das eleições presidenciais na Venezuela e as suspeitas de fraude eleitoral, o ex-governador da Bahia e atual senador pelo estado, Jaques Wagner (PT), respondeu à imprensa afirmando que espera que haja "transparência" nos resultados.
"Sobre o resultado eleitoral, eu espero que seja tudo colocado com transparência para que o povo da Venezuela tenha a tranquilidade de sair e continuar sendo governado por Maduro ou pela oposição", disse o petista no evento de candidatura de Geraldo Júnior(MDB) à Prefeitura de Salvador, neste domingo (4/8).
Ainda sobre o tema Venezuela, Wagner afirmou que há uma "guerra ideológica" em torno do país e sua política, que "tudo é reduzido ao clichê de se é ditadura ou etc" e que é preciso esperar o resultado das apurações.
LEIA MAIS

 <a href="https://aratuon.com.br/politica/2024-08-04/apoiado-por-lideres-petistas-geraldo-junior-lanca-candidatura-a-prefeitura-e-promete-salvador-de-inclusao/" target="_blank" rel="noopener">Apoiado por líderes petistas, Geraldo Júnior lança candidatura à Prefeitura e promete Salvador de ‘inclusão’</a>
<a href="https://aratuon.com.br/politica/2024-08-04/rui-costa-aparece-de-surpresa-em-convecao-de-geraldo-junior-nao-podia-deixar-de-vir/" target="_blank" rel="noopener">Rui Costa aparece de surpresa em convenção de Geraldo Júnior: ‘Não podia deixar de vir’</a>
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Após ser reeleito à presidência da Venezuela, e em meio a protestos que já resultaram na morte de 16 pessoas, Nicolás Maduro decidiu fazer um desafio inusitado ao empresário bilionário Elon Musk, que se juntou à oposição venezuelana e descreveu o resultado da votação como "fraude eleitoral".
Em resposta às críticas de Musk, o presidente da Venezuela o chamou para uma luta.
“Elon Musk, você quer lutar? Então, vamos lá! Estou pronto, e não tenho medo. Vamos 'cair para dentro', no lugar que você quiser’, disse Maduro durante um pronunciamento na TV estatal.
O vídeo do “desafio” viralizou no X (antigo Twitter), rede social da qual Elon Musk é dono. O empresário, após aceitar a proposta, respondeu: “Ele vai amarelar”.
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A organização dos Estados Unidos Carter Center, centro internacional autorizado a observar as eleições venezuelanas, declarou que o pleito presidencial na Venezuela não "atendeu aos padrões internacionais de integridade eleitoral" e, por isso, não pode ser considerado democrático.
"O Carter Center não pode verificar ou corroborar os resultados da eleição declarados pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), e a falha da autoridade eleitoral em anunciar resultados desagregados por seção eleitoral constitui uma grave violação dos princípios eleitorais. O processo eleitoral da Venezuela não atendeu aos padrões internacionais de integridade eleitoral em nenhuma de suas etapas e violou inúmeras disposições de suas próprias leis nacionais", afirma o observatório internacional.
De acordo com o Carter Center, a eleição foi feita em um ambiente de liberdades restritas para atores políticos, organizações da sociedade civil e a mídia. E, ao longo do processo eleitoral, o Conselho Nacional Eleitoral "demonstrou um claro viés em favor do titular".
Com 51% dos votos, Nicolás Maduro foi reeleito, derrotando o principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, que alcançou 44% dos votos. Ele foi proclamado presidente nessa terça-feira (29) pelo CNE.
Maduro foi reeleito sem que o Conselho Nacional Eleitoral apresentasse os dados finais e resultados das eleições presidenciais ao nível de seção eleitoral.
"Cidadãos venezuelanos compareceram pacificamente e em grande número para expressar sua vontade no dia da eleição. Apesar dos relatos de restrições de acesso a muitos centros de votação para observadores domésticos e testemunhas do partido da oposição... a votação pareceu ocorrer de forma geralmente civilizada", descreveu o centro.
CAMPANHAS E DIA DE VOTAÇÃO
Maduro teve um campanha com bom financimento e bem divulgada por meio de comícios, cartazes, murais e campanhas de rua. A campanha do presidente reeleito também incluiu abuso de recursos administrativos, como funcionários do governo obrigados a fazer parte dos comícios, e grande cobertura nas emissoras de rádio e TV.
Já a campanha de Edmundo González Urrutia recebeu pouca cobertura da mídia, além de ter sido restringido pelas autoridades de fazer algumas atividades — incluindo assédio ou intimidação de pessoas que forneceram serviços ou bens para a campanha.
"As equipes de observadores do Carter Center notaram o desejo do povo venezuelano de participar de um processo eleitoral democrático, conforme demonstrado por meio de sua participação ativa como equipe de votação, testemunhas partidárias e observadores cidadãos. No entanto, seus esforços foram prejudicados pela completa falta de transparência da CNE no anúncio dos resultados", destaca o observatório.
REGISTRO DE ELEITORES
Para o Carter Center, o registro de eleitores foi impactado por prazos curtos, relativamente poucos locais de registro e informações públicas mínimas. "Cidadãos no exterior enfrentaram requisitos legais excessivos para se registrar, alguns dos quais pareciam ser arbitrários. Isso efetivamente privou a maioria da população migrante de seus direitos, resultando em números muito baixos de eleitores no exterio", detalha.
REGISTRO DE PARTIDOS E CANDIDATOS
O Carter Center disse ainda que o registro de partidos e candidatos não atendia aos padrões internacionais.
No decorrer da pré-camapanha, vários partidos da oposição tiveram seus registros alterados para líderes que favorecem o governo. Segundo o observatório, isso influenciou a nomeação de alguns candidatos da oposição.
O Carter Center ainda ressalta que o registro da candidatura das principais forças da oposição estava "sujeito a decisões arbitrárias do CNE", sem respeitar os princípios legais básicos.
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O Ministério Público (MP) da Venezuela afirmou nesta terça-feira (30/7) que sedes do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), estátuas e outras instituições públicas, como prefeituras e sedes do PSUV (partido do governo), foram atacadas e vandalizadas por grupos insatisfeitos com o resultado eleitoral que deu vitória ao presidente Nicolás Maduro.
Dados do MP mostram que os confrontos teriam causado a morte de um membro da Guarda Armada Nacional Bolivariana, no Estado Aragua, e ferido outros 48 membros das forças de segurança, resultando na prisão de 749 pessoas. Enquanto a Organização Não Governamental (ONG) venezuelana Foro Penal calcula que seis manifestantes foram mortos desde a última segunda-feira (29).
O chefe do Ministério Público da Venezuela, Tarek William Saab, qualificou parte desses atos como terrorismo. “Na Venezuela não há protestos. Há focos de pessoas delitivas, armadas, para agredir e criar um caos para que escale [a violência] à nível nacional para que haja uma intervenção estrangeira”, afirmou.

<blockquote class="twitter-tweet" data-media-max-width="560">
<a href="https://twitter.com/hashtag/AHORA?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#AHORA</a><a href="https://twitter.com/MinpublicoVEN?ref_src=twsrc%5Etfw">@MinpublicoVEN</a> designa Fiscalía 21 con competencia Nacional, para <a href="https://twitter.com/hashtag/investigar?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#investigar</a>, <a href="https://twitter.com/hashtag/identificar?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#identificar</a> y <a href="https://twitter.com/hashtag/sancionar?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#sancionar</a> a delincuentes financiados por la extrema derecha que
a) golpearon salvajemente a un funcionario militar

b) pretendieron incendiar en llamas

c ) y le robaron su… <a href="https://t.co/2wIB2WZQc8">pic.twitter.com/2wIB2WZQc8</a>

— Tarek William Saab (@TarekWiliamSaab) <a href="https://twitter.com/TarekWiliamSaab/status/1818103300085981523?ref_src=twsrc%5Etfw">July 30, 2024</a></blockquote>
<script async="" src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>
Por outro lado, o Alto Comissário das Nações Unidas (ONU) para os Direitos Humanos, Volker Türk, manifestou preocupação com as detenções e disse que manifestações estão ocorrendo em pelo menos 17 dos 24 estados da Venezuela.
“Centenas de pessoas foram presas, incluindo crianças. Isso me incomoda profundamente. Estou alarmado com relatos de uso desproporcional de força por agentes da lei, juntamente com violência por indivíduos armados apoiando o governo, conhecidos como coletivos. Vários manifestantes foram feridos por armas de fogo, com uma morte confirmada em 29 de julho”, disse o representante da ONU, em nota.
O chefe do MP venezuelano, Tarek Saab, fez uma declaração à imprensa e mostrou dez vídeos, entre eles, um com encapuzados incendiando um prédio e criticando a eleição, outro com pessoas agredindo um membro de forças de segurança e outro com um grupo espancamento a um suposto apoiador de Maduro.
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O Ministério das Relações Exteriores (MRE) informou, por meio de nota, que aguarda a publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela dos “dados desagregados por mesa de votação, passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”.
O comunicado diz que o Brasil “reafirma ainda o princípio fundamental da soberania popular, a ser observadora por meio da verificação imparcial dos resultados”. O Itamaraty também cumprimentou a Venezuela pelo fato das eleições terem sido realizadas em clima pacífico.
“O governo brasileiro saúda o caráter pacífico da jornada eleitoral de ontem [domingo] na Venezuela e acompanha com atenção o processo de apuração”, diz a nota do MRE.
O governo brasileiro enviou como representante para acompanhar a votação o embaixador Celso Amorim, assessor especial de Relações Internacionais da Presidência da República.
Há a expectativa de que o Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela publique todas as atas com os resultados eleitorais por urna. Com isso, é possível verificar se as atas em mãos do CNE são as mesmas impressas na hora da votação e que foram distribuídas aos fiscais da oposição ou aos observadores nacionais e internacionais.
Apesar do CNE ter anunciado a vitória de Nicolás Maduro por 51,21% dos votos com 80% das urnas apuradas, a oposição liderada pelo candidato Edmundo González não reconheceu o resultado. Na madrugada desta segunda-feira (29), a líder da oposição María Corina Machado disse que eles tiveram acesso a 40% das atas e que elas indicariam que González venceu.
Lideranças de países ao redor do mundo se dividem entre aquelas que não reconhecem o resultado, como os presidentes do Equador, Daniel Noboa, e da Argentina, Javier Milei; as que não desconhecem o resultado, mas pedem a publicação das atas, como a Colômbia, os Estados Unidos, a União Europeia e o Brasil, e aqueles que parabenizaram Maduro pela vitória, sem contestar a publicação das atas, como Rússia, Bolívia, China e Cuba.
Em discurso após o anúncio da sua vitória, Nicolás Maduro pediu que os países respeitem o resultado eleitoral. “O Poder eleitoral tem um sistema eleitoral de altíssimo nível de confiança, segurança e transparência com 16 auditorias”, garantiu, acrescentando que “quando houve o debate em que Donald Trump denunciou que lhe roubaram as eleições nos Estados Unidos, nós não nos metemos nisso”.
Questionados pela oposição pelo menos desde 2004, os resultados das eleições venezuelanas costumam ser alvo de desconfiança de parte da comunidade internacional. Porém, nos últimos pleitos, organizações internacionais como o Centro Carter e a Missão de Observação da União Europeia não apontaram fraude no voto e denúncias de fraudes de pleitos passados não foram formalizadas no país.
LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/interior/2024-07-29/ciclista-morre-apos-colidir-com-carro-de-som-durante-competicao-na-bahia/">Ciclista morre após colidir com carro de som durante competição na Bahia</a>
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Cerca de 21 milhões de venezuelanos vão às urnas, neste domingo (28/7), eleger o próximo presidente, que vai governar o país sul-americano entre 2025 e 2031. O atual presidente, Nicolás Maduro, no poder desde 2013, enfrenta nas urnas nove concorrentes.
Esta é a primeira eleição, desde 2015, em que toda a oposição aceitou participar do pleito. Desde 2017, os principais partidos de oposição vinham boicotando as eleições nacionais.
As pesquisas eleitorais da Venezuela divergem sobre o resultado do pleito presidencial. Enquanto algumas enquetes dão a vitória com ampla margem ao principal candidato da oposição, Edmundo González Urrutia, outros levantamentos apontam para uma vitória do atual presidente Nicolás Maduro, também com uma margem confortável.
BLOQUEIO
A Venezuela enfrenta um bloqueio financeiro e comercial pelo menos desde 2017, quando potências como Estados Unidos, Canadá, Reino Unido e União Europeia passaram a não reconhecer a legitimidade do governo Maduro.
O país vizinho também passou por grave crise econômica no período, com hiperinflação e perda de cerca de 75% do PIB (Produto Interno Bruto, soma de todos os bens e serviços produzidos no país), o que resultou na migração de mais de 7 milhões de pessoas.
Desde meados de 2021, o país vem mostrando alguma recuperação econômica. A hiperinflação foi controlada, e a economia voltou a crescer em 2022 e 2023, porém, os salários continuam baixos e os serviços públicos deteriorados.
Desde 2022, o embargo econômico vem sendo parcialmente flexibilizado e um acordo entre oposição e governo foi firmado para as eleições deste ano. Porém, denúncias de prisões de opositores nos últimos dias e recusas a assinar acordo para respeitar o resultado eleitoral por alguns candidatos da oposição, entre eles, o favorito Edmundo González, jogam dúvidas sobre o dia após a votação.
DOMINGO
Mais cedo, o presidente Nicolás Maduro que tenta se reeleger votou em Caracas, capital venezuelana. "Reconheço o árbitro eleitoral. E tudo o que o árbitro eleitoral disser será reconhecido. Não apenas reconhecido, mas defendido", afirmou aos jornalistas antes de deixar o local de votação.
O candidato da oposição, Edmundo González, também compareceu às urnas. Após votar, ele declarou à imprensa que o espírito democrático dos venezuelanos está mais vivo do que nunca. “Confiamos que as Forças Armadas vão respeitar a decisão do nosso povo", afirmou.
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