https://www.youtube.com/watch?v=_z8ddwdz1qY

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Durante a primeira década deste século, a Ricardo Eletro se tornou uma das empresas de varejo mais conhecidas do país. Nesta terça-feira (1º/10), o Linha de Frente entrevista o fundador da empresa, Ricardo Nunes.

Na conversa com o apresentador Pablo Reis, Ricardo se diz ‘muito orgulhoso’ de ter fundado a varejista. À época, ele tinha 18 anos. “A gente primeiro começa trabalhando pela necessidade mesmo. E o meu sonho era ter uma loja doméstica. Montei essa loja com apenas 20 metros quadrados, depois, cresci muito no interior dos Minas Gerais, depois a capital, depois Espírito Santo, depois Bahia, foi o terceiro estado que nós entramos na expansão da empresa, depois dominou todo o país, 1.100 lojas espalhadas para todo o Brasil”, conta.

Ele ainda considera que foi inovador ao colocar o próprio rosto nas propagandas da Ricardo Eletro. “Sempre me preocupei em ter diferencial. Naquela época, 30 e tantos anos atrás, ninguém tinha coragem de colocar a cara na televisão. Hoje, todo mundo coloca nas redes sociais, mas na época era absurdo uma pessoa aparecer. E foi grande diferencial. O que fez eu chegar onde eu cheguei. As pessoas, às vezes, falam: Ricardo, você a arrepende de ter colocado a cara? Jamais. Eu ter colocado a cara que fez chegar onde eu cheguei”, conta.

Apesar disto, ele fala sobre o ônus desta estratégia. “Quando eu vendi a empresa em 2018 para um grande fundo, e a marca continuou lá sendo o Ricardo Eletro, depois o fundo teve alguns problemas lá com as suas gestões e o problema voltou para mim, porque as pessoas achavam que eu ainda era dono da empresa. Mas eu não arrependo nada disso, porque faz parte, porque a marca ficou, a marca Ricardo Eletro ficou, aonde eu vou, eu sou conhecido como Ricardo Eletro”, conclui.

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A Justi&ccedil;a de S&atilde;o Paulo decretou nesta &uacute;ltima quarta-feira (8/6) a fal&ecirc;ncia da M&aacute;quina de Vendas, grupo dono da Ricardo Eletro. A empresa pediu recupera&ccedil;&atilde;o judicial em agosto de 2020, quando acumulava mais de R$ 4 bilh&otilde;es em d&iacute;vidas e anunciou o fechamento das 300 lojas f&iacute;sicas da rede.

A decis&atilde;o do juiz Leonardo Fernandes dos Santos, da 1&ordf; Vara de Fal&ecirc;ncias e Recupera&ccedil;&otilde;es Judiciais do Foro Central da Comarca de S&atilde;o Paulo, do Tribunal de Justi&ccedil;a de S&atilde;o Paulo (TJSP), considerou esvaziamento patrimonial da companhia.

O magistrado manteve a Laspro Consultores como administradora judicial, tendo Oreste Nestor de Souza Laspro como seu representante. O presidente da M&aacute;quina de Vendas, Pedro Bianchi, disse que a M&aacute;quina de Vendas foi pega de surpresa e recorreu da decis&atilde;o nesta quinta-feira (9/6):&nbsp;

&quot;N&oacute;s temos 17 mil credores e nenhum deles pediu a nossa fal&ecirc;ncia. N&atilde;o houve questionamento da Justi&ccedil;a &agrave; empresa. E esse esvaziamento patrimonial que ter&iacute;amos feito foi a baixa no estoque pelo fechamento das lojas. S&atilde;o recursos que fomos consumindo na opera&ccedil;&atilde;o at&eacute; a homologa&ccedil;&atilde;o do plano de recupera&ccedil;&atilde;o judicial. Tudo conforme&quot;, conta o executivo, que espera uma decis&atilde;o da Justi&ccedil;a para esta sexta-feira (10).

O plano de recupera&ccedil;&atilde;o judicial foi aprovado em setembro de 2021 em assembleia por 75% dos credores, continua Bianchi.

&quot;Mas o juiz at&eacute; hoje n&atilde;o homologou o plano. Estamos com as contas relativas ao plano todas aprovadas, com a folha de pagamento em dia. E reativando o site, como lan&ccedil;amento da nova marca do nosso e-commerce na ter&ccedil;a-feira (14). Foi uma decis&atilde;o irrespons&aacute;vel&quot;, avalia o empres&aacute;rio.

Pela decis&atilde;o, todos os credores ter&atilde;o seus direitos e garantias restabelecidos &agrave;s condi&ccedil;&otilde;es originalmente contratadas, deixando de fora valores que tenham sido pagos ao longo do processo de recupera&ccedil;&atilde;o judicial. Ser&aacute; preciso ainda levantar e avaliar os ativos da companhia para fazer frente &agrave; quita&ccedil;&atilde;o de d&eacute;bitos.

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