O Monumento &agrave; Cidade de Salvador, tamb&eacute;m chamado de Fonte da Rampa do Mercado, voltou a ocupar nesta quarta-feira (11/1) o mesmo lugar de origem ap&oacute;s ser reconstru&iacute;do em fun&ccedil;&atilde;o de um inc&ecirc;ndio que atingiu a pe&ccedil;a original, em 2019. A obra de M&aacute;rio Cravo Jr foi substitu&iacute;da por uma nova, feita com um material que n&atilde;o permite chamas.&nbsp;

Segundo a Prefeitura de Salvador, a obra foi feita em fibra, assim como longarinas em poliuretano, que s&atilde;o resistentes e mais dur&aacute;veis que as de madeira que existiam antes. &nbsp;Al&eacute;m disso, a estrutura met&aacute;lica possui a&ccedil;o, enquanto as funda&ccedil;&otilde;es que sobraram da antiga pe&ccedil;a foram demolidas e reconstru&iacute;das.&nbsp;

Tamb&eacute;m foi reaproveitada a casa de bombas, e a ilumina&ccedil;&atilde;o e os esguichos d&#39;&aacute;gua que existiam no monumento foram reativados, incrementando a beleza art&iacute;stica da obra. Os servi&ccedil;os envolveram, por fim, novas instala&ccedil;&otilde;es el&eacute;tricas, hidr&aacute;ulicas e coloca&ccedil;&atilde;o de gradil em inox.

&quot;A Prefeitura investiu R$4 milh&otilde;es para recuperar este equipamento, que agora tem resina antichama. N&atilde;o correremos risco de passar pelo dissabor do inc&ecirc;ndio ocorrido h&aacute; tr&ecirc;s anos. Hoje &eacute; mais um importante data que ficar&aacute; registrada na hist&oacute;ria da cidade. Esse monumento possui um grande valor art&iacute;stico e cultural, sendo tamb&eacute;m um ponto de est&iacute;mulo para visita&ccedil;&atilde;o de v&aacute;rios turistas&quot;, detalhou Bruno Reis.

HOMENAGEM AOS PROFISSIONAIS DE SA&Uacute;DE

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Outra novidade foi a coloca&ccedil;&atilde;o de um monumento em mem&oacute;ria &agrave;s v&iacute;timas da Covid-19 e em homenagem aos profissionais de sa&uacute;de de Salvador, que atuaram na linha de frente no combate &agrave; pandemia. A obra foi encomendado pela Funda&ccedil;&atilde;o M&aacute;rio Leal Ferreira (FMLF) e produzido pelo artista pl&aacute;stico Tatti Moreno (1944-2022) em um prazo de oito meses. A pe&ccedil;a tamb&eacute;m conta com ilumina&ccedil;&atilde;o c&ecirc;nica, foi confeccionada em a&ccedil;o corten e possui &aacute;rea de cerca de 50 metros quadrados em um c&iacute;rculo de 8 metros de di&acirc;metro.

Gisele Moreno, vi&uacute;va do autor da obra,&nbsp;prestigiou a entrega do monumento e lembrou que a escultura foi o &uacute;ltimo trabalho do artista antes de ele morrer em julho do ano passado. &quot;Essa obra tem toda uma simbologia, com figuras que representam asas de morcego, e a Terra (o homem) est&aacute; acima, representando a sobreviv&ecirc;ncia &agrave; pandemia. &Eacute; um trabalho abstrato, no qual Tatti tinha uma atua&ccedil;&atilde;o significativa. Queria muito que ele estivesse em vida para assistir esta inaugura&ccedil;&atilde;o&quot;, contou.

HIST&Oacute;RICO

A origem da Fonte da Rampa do Mercado tem rela&ccedil;&atilde;o com um acidente que causou a perda do antigo Mercado Modelo ap&oacute;s o inc&ecirc;ndio que o destruiu no final da d&eacute;cada de 60. Devido &agrave; modifica&ccedil;&atilde;o do sistema vi&aacute;rio, foi criado um espa&ccedil;o vazio entre a nova via e a Rampa do Mercado.

Em 13 de janeiro de 1970, M&aacute;rio Cravo J&uacute;nior foi solicitado pela Prefeitura &agrave; &eacute;poca para constru&ccedil;&atilde;o da fonte, que mede 16 metros de altura. A fonte, pelo grande valor art&iacute;stico e cultural, tornou-se significante marco da cultura baiana, na simbiose com o mar, com as velas dos barcos, com as curvas da topografia da cidade do Salvador, com o barroco das igrejas, das constru&ccedil;&otilde;es coloniais e no seu contraponto com a volumetria vertical da torre do Elevador Lacerda.

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