Um manto feito pelos povo originário Tupinambá na Bahia foi entregue pelo governo dinamarquês para repor o acervo do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, que foi incendiado em 2018. A devolução foi confirmada pela organização do museu nesta quarta-feira (10/7)

O manto, que mede cerca de 1,80 metro e tem 80 centímetros de largura, foi feito de penas vermelhas de Guará, uma ave típica do litoral baiano, e costurado em uma malha por meio de uma técnica ancestral do povo Tupinambá.

O item está desde 1689 num museu dinamarquês e, segundo estudiosos, deve ter sido feito cerca de um século antes. O retorno do objeto ao Brasil é pleiteado pelos tupinambás desde 2002. Eles também atuam em defesa da demarcação de terra em local no sul da Bahia que abriga 20 aldeias em áreas de Mata Atlântica.

IMPORTÂNCIA

O manto é considerado um item ancestral pelos povos originários do Brasil e tem extrema importância para os povos Tupinambás, já que só existem outros dez desse tipo espalhados pelo mundo. Todos foram produzidos entre os séculos 16 e 17.

Somente em agosto do ano passado, a doação da peça foi anunciada após uma ação que envolveu o embaixador brasileiro na Dinamarca, Rodrigo de Azeredo Santos, e o Museu Nacional. Veja foto:

[caption id="attachment_352388" align="alignnone" width="600"]<img class="wp-image-352388 size-full" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2024/07/manto-1.jpg" alt="" width="600" height="384" /> Reprodução Exposição Os Primeiros Brasileiros/Museu Nacional (UFRJ)[/caption]

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O governo da Bahia enviou um projeto à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), na quinta-feira (18/4), propondo investimentos na carreira dos professores indígenas no estado e construção e reforma de escolas indígenas no valor de R$ 60 milhões.

Nesta sexta-feira, 19 de abril, é celebrada a data de celebração e conscientização da importância dos povos originários para o país. E, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, a Bahia tinha a segunda maior população de indígenas no pais, com 229.443 pessoas.

Atualmente, o quadro do Ensino Fundamental e Médio da Rede Estadual de Educação da Bahia é composto por 700 profissionais indígenas espalhados por vários municípios.

O projeto inclui a construção de escolas indígenas nos municípios de Prado, Glória, Paulo Afonso, Rodelas e Euclides da Cunha e a reforma e ampliação de unidades escolares em Ibotirama, Muquém do São Francisco, Buerarema e Santa Cruz Cabrália.

Confira a reportagem do Aratu Notícias: 

https://www.youtube.com/watch?v=RZeuVtqiE18

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O escritor indígena e ativista dos povos originários, Ailton Krenak, de 70 anos, foi indicado para ser o novo imortal da Academia Brasileira de Letras (ABL). A informação foi divulgada nesta quinta-feira (5/10).

Além de Krenak, que postulou sua candidatura em agosto, outro representante indígena, Daniel Munduruku, se candidatou a uma cadeira na ABL, gerando um mal-estar entre os dois. Em entrevista à Folha, Munduruku acusou Ailton de “traição”.

Por meio da rede X (antigo Twitter), o Ministério da Cultura falou sobre a escolha do escritor para a ABL. “Com suas ideias para adiar o fim do mundo, Krenak firma a voz dos povos originários e a cultura indígena na maior instituição literária do país”.
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A Academia Brasileira de Letras se engrandece com a chegada de Ailton Krenak, primeiro indígena a ocupar uma cadeira na instituição. Com suas ideias para adiar o fim do mundo, Krenak firma a voz dos povos originários e a cultura indígena na maior instituição literária do país.
— Ministério da Cultura (@CulturaGovBr) <a href="https://twitter.com/CulturaGovBr/status/1710030696293494895?ref_src=twsrc%5Etfw">October 5, 2023</a></blockquote>
<script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>

Ailton Krenak é mineiro, da cidade de Itabirinha, e é autor de trabalhos como “Ideias Para Adiar o Fim do Mundo” e “O Amanhã Não Está à Venda”. Dentre os membros da Academia estão os baianos Gilberto Gil e Maria Bethania.

LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/variedades/2023-10-05/ele-voltou-em-campanha-pela-prevencao-do-cancer-de-mama-baiana-volta-a-fazer-acaraje-rosa-em-salvador/" target="_blank" rel="noopener">Ele voltou! Em campanha pela prevenção do câncer de mama, baiana volta a fazer acarajé rosa em Salvador</a>

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Em discurso realizado no 5º Acampamento dos Povos Indígenas, o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), anunciou diversas ações concretas para os povos originários. Entretanto, o governador aproveitou o espaço para dar um recado ao seu secretariado sobre o não-atendimento ou falta de projetos para as comunidades indígenas.

"Tá em tempo ainda de quem não se comprometeu, não entendeu, entregar o chapéu. Ou entregar o cocar e cair fora do ambiente. Tá no meu governo, é pra botar a cara.  Tá no meu governo, não precisa o governador e nem a superintendência pedir. Meus secretários, estou falando público para entenderem, vocês não vão sossegar comigo, com o cacique aqui. Está dado o recado. quem não se manifestou, está em tempo de hoje ainda mandar uma mensagem para a superintendente Patrícia dizendo 'olhe, eu ouvi o recado do governador'. Se reporte dizendo que tem como atender os pedidos dos meus parentes indígenas", afirmou o governador, primeiro indígena a assumir o cargo no país.

Ainda no evento, Jerônimo anunciou a construção de escolas indígenas em Prado, Glória, Paulo Afonso e Rodelas, além de autorizar a licitação para implantação de sistema de abastecimento de água em 100 comunidades de 21 municípios e perfuração de poços em 70 comunidades em 17 cidades. Na ocasião, também assinou uma ordem de serviço para pavimentação do trecho de 10km do entroncamento da BR-242, em Ibotirama, ao acesso para o povoado de Tuxá.

"Além desses anúncios, também entregamos projetos, como edital de fortalecimento da economia das mulheres indígenas, e anunciei parceria com as universidades para capacitação de associações das comunidades, no sentido de encontrar alternativas para a geração de emprego e renda", ressaltou.

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