*Com a contribuição de João Brandão

A oficialização da chapa de oposição à Prefeitura de Salvador, composta pelo vice-governador Geraldo Júnior (MDB) e pela ex-secretária de Assistência e Desenvolvimento Social do estado, Fabya Reis (PT), contou a presença de figuras políticas importantes da esquerda baiana, como o atual governador, Jerônimo Rodrigues (PT), e dos senadores Jaques Wagner (PT) e Otto Alencar (PSB). O evento acontece neste domingo (4/8), na Arena Fonte Nova.

Em discurso aos presentes, Geraldo agradeceu o apoio recebido pelos ex-governadores petistas, ressaltou a coalizão de 10 partidos em sua base de campanha e prometeu que, caso fosse eleito, iria dar à Salvador uma gestão "diferente" e baseada na "inclusão".

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Governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues discursou durante o evento e enalteceu a figura de Geraldo: "Um menino que cresceu e virou um político de qualidade, respeitado nacionalmente e hoje empresta o seu nome, sua energia, seu currículo, para governar esse município".

Além disso, o petista afirmou que Geraldinho tem compromissos em Brasília no próximo dia 13, com o ministro da Casa Civil e ex-governador da Bahia, Rui Costa, que não compareceu ao evento por problemas de agenda. "Geraldo tem uma agenda já, para ir construindo um ambiente, por exemplo, de mobilidade, de educação, de saúde. Ele vai aos Ministérios, ele e Fábya, apresentar [as propostas de governo], já botar na mesa o desejo nosso. O Rui pediu que ele começasse a abrir as portas do ministério pela Casa Civil", informou.

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Candidato ao Governo da Bahia, Jer&ocirc;nimo Rodrigues (PT) tem a campanha impulsionada por doa&ccedil;&atilde;o de tr&ecirc;s deputados federais petistas pela Bahia. Dos R$ 8,6 milh&otilde;es de recursos disponibilizados a ele, R$ 700 mil s&atilde;o oriundos de tr&ecirc;s parlamentares.

O maior valor doado &eacute; de Joseildo Ramos, que destinou R$ 300 mil a Jer&ocirc;nimo. Os aportes, segundo informa&ccedil;&otilde;es divulgadas ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foram feitos nos dias 5 e 28 de setembro, portanto, ainda no primeiro turno. O primeiro foi de R$ 200 mil e o segundo, de R$ 100 mil.

Valmir Assun&ccedil;&atilde;o doou R$ 250 mil a Jer&ocirc;nimo. Foram tr&ecirc;s aportes: um de R$ 150 mil e outros dois de R$ 50 mil, cada, entre 2 e 21 de setembro.

Afonso Florence foi outro parlamentar a fornecer recursos para a campanha do petista. L&iacute;der da oposi&ccedil;&atilde;o no Congresso, ele destinou R$ 150 mil ao candidato ao Governo do Estado. As doa&ccedil;&otilde;es foram feitas no dia 5 de setembro.

Coincidentemente, os tr&ecirc;s, reeleitos para mais um mandato na C&acirc;mara, foram os &uacute;nicos candidatos a doar para a campanha de Jer&ocirc;nimo. Ao todo, o petista recebeu R$ 1,2 milh&atilde;o de pessoas f&iacute;sicas, o que representa R$ 14% do valor total de campanha.

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Lideran&ccedil;as e filiados ao PT n&atilde;o reagiram bem &agrave; iminente decis&atilde;o da alta c&uacute;pula do partido de apoiar a candidatura de Otto Alencar (PSD) ao Governo da Bahia. Setores do partido cobram di&aacute;logo interno e cobram o lan&ccedil;amento de um quadro petista para disputar o Pal&aacute;cio de Ondina.

O Aratu On apurou que, na manh&atilde; desta sexta-feira (25/2), a prefeita de Lauro de Freitas, Moema Gramacho, se reuniu com deputados do PT. Em pauta, est&aacute; uma eventual substitui&ccedil;&atilde;o dela ao nome de Wagner. A ideia &eacute; embrion&aacute;ria, mas ganha for&ccedil;a nos bastidores da legenda.

A vereadora em Salvador, Maria Marighella, classificou Moema como um quadro &ldquo;excelente&rdquo;, mas disse que, no momento, lideran&ccedil;as petistas cobram um di&aacute;logo maior entre as correntes pol&iacute;ticas internas.

&ldquo;O nome colocado pelo PT &eacute; Jaques Wagner. N&atilde;o podemos acatar como partido ou campo a decis&atilde;o de uma reuni&atilde;o a &#39;portas fechadas&#39; e sem di&aacute;logo para uma chapa que n&atilde;o contemple o tamanho, hist&oacute;ria, diversidade e agendas de lutas&rdquo;, afirmou, em entrevista ao Aratu On.

Ela disse que, no momento, ela e outro aliados est&atilde;o na fase de &ldquo;questionar modos&rdquo;. &ldquo;Estamos chamando o partido a essa discuss&atilde;o&rdquo;, explicou.

Pelo Twitter, ela reclamou, e disse que soube da articula&ccedil;&otilde;es por meio da imprensa. &ldquo;Conhecer pela imprensa decis&otilde;es sobre o projeto pol&iacute;tico e destino da Bahia, sem um amplo debate com mulheres, negras e negros, LGBTQIAP+, juventudes, base partid&aacute;ria e movimentos sociais, n&atilde;o &eacute; a nossa cultura pol&iacute;tica&rdquo;, criticou.

Oficialmente, Wagner n&atilde;o garante a desist&ecirc;ncia. Tampouco Otto. Contudo, internamente, fala-se abertamente a respeito da sa&iacute;da de Wagner da jogada, e a entrada de Otto. O governador Rui Costa, por sua vez, seria candidato ao Senado.

&Agrave; reportagem, o secret&aacute;rio-geral do PP, Jabes Ribeiro, disse que vem dialogando com a base governista, comandada pelo trip&eacute; PT-PP-PD, e indicou que, embora o martelo n&atilde;o tenha sido batido, a articula&ccedil;&otilde;es caminham para uma candidatura de Otto.

&ldquo;O entendimento est&aacute; fluindo e num processo muito avan&ccedil;ado, mas existem situa&ccedil;&otilde;es que est&atilde;o sendo trabalhadas para que se chegue o mais r&aacute;pido poss&iacute;vel ao an&uacute;ncio da chapa&rdquo;, explicou.

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