Educadora, escritora finalista do Prêmio Jabuti 2021/2022, palestrante e idealizadora da primeira escola afro-brasileira do Brasil, a Maria Felipa, no bairro do Garcia, em Salvador. Essa é Bárbara Carine, também conhecida nas redes sociais como "uma intelectual diferentona".
Neste dia 25 de Julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, Aratu On traz uma entrevista com Bárbara, que falou não só sobre a data - a qual chamou de "marco" -, mas também de letramento racial e do seu livro mais recente, lançado em abril: <a href="https://www.amazon.com.br/Como-ser-educador-antirracista-professores/dp/8542221257" target="_blank" rel="noopener">"Como Ser Um Educador Antirracista"</a>, um dos mais vendidos na Amazon Brasil nas áreas de política e educação.
No próximo sábado (29/7), a educadora levará o lançamento ao <a href="https://aratuon.com.br/cultura/2023-07-19/julho-das-pretas-evento-com-barbara-carine-e-elisa-lucinda-tem-ingressos-esgotados-em-salvador/" target="_blank" rel="noopener">projeto “Casa Mulher Com a Palavra”, no Goethe-Institut, situado no Corredor da Vitória, em Salvador</a>. O evento integra o "Julho das Pretas" e segue até domingo (30), no mesmo local, com mesas redondas, oficinas, exposições, entre outras atividades.
CONFIRA A ENTREVISTA
https://www.youtube.com/watch?v=ZyApXZcOcTk
Aratu On (AON): Ultimamente tem se falado bastante em "letramento racial", tema que você ofereceu um curso, recentemente. O que ele significa e por que é importante?
Bárbara Carine (BC): Ofereci a primeira edição do curso de letramento racial e vou acabar oferecendo uma segunda edição em novembro, porque a procura foi muito significativa. Nós fechamos com uma turma do curso e, com pouco mais de uma semana de lançamento, abrimos uma turma extra que também fechou - mostrando que as pessoas estão interessadas em lançar um olhar sobre a realidade a partir do desvelamento das estruturas de opressões estruturais que forjam subjetividades e também as objetividades, as carências sociais que acompanhamos cotidianamente. Um letramento racial é um processo de decodificação de signos que vão ajudar pessoas a compreenderem a realidade social a partir de marcadores racializados. Inicialmente, eu diria que é um processo de despertar para o entendimento social, a partir dessas estruturas que são hierarquizadas a partir do marcador da raça.
AON: Qual a importância do dia 25 de Julho, pensando nessa geração de meninas mais novas, que ainda são crianças?
BC: O dia 25 de Julho é muito importante não só no nosso país. Foi instituído no primeiro Congresso da Mulher Negra Latino-americana e Caribenha, que aconteceu na República Dominicana, em 1992, mas essa data foi institucionalizada aqui no Brasil em 2014, a partir da <a href="http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l12987.htm" target="_blank" rel="noopener">lei nº 12.987</a>,que estabeleceu a data de 25 de Julho também como o dia de Tereza de Benguela, uma grande ícone negra, do Quilombo do Quariterê. É uma data para trazer memórias de luta, mas também uma data para pensar a emancipação do nosso povo. Não há como pensar em emancipação sem olhar a partir de uma perspectiva Sankofa [provérbio africano que pode ser traduzido como "não é tabu voltar atrás e buscar o que esqueceu"] a história que nos trouxe até aqui, mas também quais caminhos queremos seguir daqui pra frente. Nesse sentido, é muito importante a gente pensar na educação antirracista, para crianças em geral, mas, principalmente, para meninas negras que precisam se reconhecer numa sociedade na qual nós somos constantemente destituídas de acessos, destituídas de direitos, objetificadas, destituídas de intelectualidade, de capacidades quaisquer que não sejam meramente físicas. Então, nesse sentido, o dia 25 de Julho é um marco muito importante da luta do movimento de mulheres negras no Brasil.
AON: Observando as gerações passadas, você acha que as meninas negras estão mais empoderadas, sabendo que descendem de reis, rainhas, e grandes pensadores?
BC: Nós completamos esse ano, no dia 9 de janeiro, 20 anos da <a href="https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm#:~:text=L10639&amp;text=LEI%20No%2010.639%2C%20DE%209%20DE%20JANEIRO%20DE%202003.&amp;text=Altera%20a%20Lei%20no,%22%2C%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias." target="_blank" rel="noopener">Lei </a><a href="https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm#:~:text=L10639&amp;text=LEI%20No%2010.639%2C%20DE%209%20DE%20JANEIRO%20DE%202003.&amp;text=Altera%20a%20Lei%20no,%22%2C%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias." target="_blank" rel="noopener">nº</a><a href="https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/2003/l10.639.htm#:~:text=L10639&amp;text=LEI%20No%2010.639%2C%20DE%209%20DE%20JANEIRO%20DE%202003.&amp;text=Altera%20a%20Lei%20no,%22%2C%20e%20d%C3%A1%20outras%20provid%C3%AAncias." target="_blank" rel="noopener"> 10.639</a> [sobre  obrigatoriedade do ensino da História e cultura afro-brasileira nas escolas] e, recentemente, a partir de uma pesquisa do Instituto Geledés com o Instituto Alana, chegamos aos dados que cerca de 29% dos municípios de todo o Brasil cumprem em alguma medida a lei. Então, a gente pode presumir que houve um avanço, mas muito pequeno. A gente precisa caminhar ainda mais, nesse sentido da educação formal, pensando em emancipação da população negra - e aí pensando esse foco das meninas negras - para o seu poder ancestral, para o seu poder também contemporâneo, e para suas capacidades de possibilidades de vidas futuras. Por mais que a gente tenha caminhado, o racismo estrutural ainda nos segura. Ele ainda segura a importância dos conhecimentos ancestrais africanos e afrodiaspóricos no chão da escola. Então é muito importante educadores e educadoras de todo o país se atentarem não só para necessidade de cumprimento de uma lei, mas para necessidade de reparação histórica no sentido da construção subjetiva e objetiva de um povo.
LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/geral/2019-03-29/desconstruir-para-instruir-escola-de-salvador-aposta-em-educacao-decolonial-para-criancas/" target="_blank" rel="noopener">Desconstruir para instruir: escola aposta em educação decolonial para crianças</a>
* Esta entrevista faz parte do Especial do Aratu On sobre o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, que também ouviu a <a href="https://aratuon.com.br/especiais/2023-07-25/dia-da-mulher-negra-temos-um-sistema-de-justica-branco-e-masculino-afirma-promotora-cotada-para-stf-livia-vaz/">promotora de Justiça Lívia Vaz</a> e a <a href="https://aratuon.com.br/especiais/2023-07-25/dia-da-mulher-negra-maioria-da-extrema-pobreza-e-de-mulheres-negras-diz-secretaria-baiana-da-igualdade-racial/">secretária de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionas da Bahia, Ângela Guimarães</a>. 

CONFIRA A REPORTAGEM DA TV ARATU

https://www.youtube.com/watch?v=R_naqzTkS5U

Como uma "necessidade de demarcar território". Assim que a promotora de Justiça baiana Lívia Sant'Anna Vaz define o 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. "Nós não podemos falar no Dia Internacional da Mulher, 8 de março, que não nos contempla. Por isso a necessidade de demarcar esse território", disse, em entrevista ao Aratu On.
Eleita uma das 100 pessoas de descendência africana mais influentes do mundo, ela destaca a importância da data para o debate sobre raça e gênero. "Mulheres negras são aquelas que ocupam menos espaços de poder de decisão no Brasil, que ocupam uma base da pirâmide sócio-racial, então é muito importante trazer esse debate sobre raça e gênero e de como a desigualdade no Brasil está pautada nessa interseção", afirmou.
STF
Nos últimos meses, o nome de Lívia Vaz tem sido ventilado como uma possibilidade para assumir uma das vagas do Supremo Tribunal Federal (STF), com as futuras saídas dos ministros Ricardo Lewandowski e Rosa Weber. Quanto a isso, ela avaliou que seria "um grande desafio" - "não individual ou individualista, mas um desafio no sentido de abrir caminhos para que outras mulheres negras também possam ocupar todos os espaços possíveis".
A promotora acredita que a inclusão de uma mulher negra no Poder Judiciário pode provocar uma mudança de perspectiva no país. "Temos um sistema de Justiça branco, masculino, autodeclarado cis, heterossexual e cristão, então nós temos ainda visões muito unilaterais no que diz respeito à Justiça, liberdade e igualdade", destacou Lívia.
Por isso, segundo ela, é preciso que o Poder Judiciário - assim como todos os poderes e espaços - tenham a diversidade étnico-racial do povo brasileiro. "A 'cara' do povo tem que estar refletida nos espaços de poder de decisão", afirmou a promotora.
https://www.youtube.com/watch?v=QuIRdeFRyi0&amp;ab_channel=OriginaisAratuOn
MULHER COM A PALAVRA
Na última sexta-feira (21/7), Lívia Vaz foi uma das convidadas da mesa "Antirracismo para além da hashtag", junto com a artista paraibana Bixarte e mediada pela jornalista Luana Assiz. O encontro ocorreu durante o <a href="https://aratuon.com.br/cultura/2023-07-19/julho-das-pretas-evento-com-barbara-carine-e-elisa-lucinda-tem-ingressos-esgotados-em-salvador/" target="_blank" rel="noopener">projeto "Casa Mulher Com a Palavra", realizado no Goethe-Institut, situado no Corredor da Vitória, em Salvador</a>.
No evento, a promotora de Justiça e escritora falou que as redes sociais são um reflexo da sociedade e questionou o porquê de algumas pautas gerarem comoção e outras não, citando episódios recentes. "Um navio saindo de África para a Grécia, com mais de 700 pessoas, teve menos espaço na mídia que o submarino com os milionários", pontuou. "O Holocausto gerou não só comoção, mas constituiu o substrato dos Direitos Humanos. E não houve [comoção] com o holocausto negro. Não se fala de indenização para os descendentes de pessoas escravizadas".
Para ela, é importante saber até que ponto uma pessoa é antirracista. "Quando envolve mexer nas estruturas, [dizem] 'aí já é querer demais'", exemplificou.
ABOLIÇÃO E RACISMO
Em outro momento do evento, Lívia comentou o pós-abolição da escravatura no Brasil, em 13 de maio de 1988. "O 14 de maio nunca acabou", disse, explicando que em 1889 veio a Proclamação da República, sem constituição, mas com um código criminal contendo "um capítulo inteiro proibindo a capoeiragem e a 'vadiagem'", que na prática afetava as pessoas negras. "O projeto pós abolição permitiu a perpetuação do racismo na atualidade", afirmou Lívia.
* Esta entrevista faz parte do Especial do Aratu On sobre o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, que também ouviu a <a href="https://aratuon.com.br/especiais/2023-07-25/dia-da-mulher-negra-precisamos-pensar-na-educacao-antirracista-de-meninas-negras-diz-educadora-barbara-carine/">educadora e escritora Bárbara Carine</a> e a <a href="https://aratuon.com.br/especiais/2023-07-25/dia-da-mulher-negra-maioria-da-extrema-pobreza-e-de-mulheres-negras-diz-secretaria-baiana-da-igualdade-racial/">secretária de Promoção da Igualdade Racial e dos Povos e Comunidades Tradicionas da Bahia, Ângela Guimarães</a>. 

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A educadora Bárbara Carine, fundadora da Escola Maria Felipa, e a atriz e escritora Elisa Lucinda são alguns dos nomes confirmados no projeto "Casa Mulher com a Palavra", que começa nesta quinta-feira (20/7) e vai até o fim do mês de julho, no Goethe-Institut, situado no Corredor da Vitória, em Salvador.
Serão mais de 50 atividades culturais no local. Os ingressos foram disponibilizados gratuitamente pela plataforma onine Sympla e já estão esgotados.
Além delas, a jurista Lívia Sant'Anna Vaz, as deputadas estaduais Erica Malunguinho e Olívia Santana e as jornalistas Rita Batista e Luana Assiz também participam da programação. A iniciativa marca o "Julho das Pretas", pois no dia 25 deste mês é celebrado o Dia da Mulher Negra Latina Americana e Caribenha.
Confira a programação completa:
Quinta-feira (20)
14h às 22h - Exposição das artistas Ani Ganzala e Tina Melo
14h às 18h - Oficina de direção de fotografia com Lílis Soares
17h às 22h - Feira de Empreendedoras Negras da Casa Mulher com a Palavra
19h - Palestra de abertura com Carla Akotirene - Mulheres negras intelectuais (Mediação Rita Batista)
20h30 - Show de Sued Nunes
Sexta-feira (21)
14h às 22h - Exposição das artistas Ani Ganzala e Tina Melo
14h às 18h - Oficina de direção de fotografia com Lílis Soares
17h às 22h - Feira de Empreendedoras Negras da Casa Mulher com a Palavra
18h30 - Mesa: Antirracismo para além da hashtag com Lívia Vaz + Bixarte
19h - Espetáculo teatral: Despacho Deferido
20h - Gira de Lançamentos: “Ancestralitura - Poemas com Mel e Dendê - 2022” com Slam das Minas
20h30 - Show de Slam das Minas
Sábado (22)
14h às 22h - Feira de Empreendedoras Negras da Casa Mulher com a Palavra
14h às 22h - Exposição das artistas Ani Ganzala e Tina Melo
15h - Gira de Lançamentos: “Omo-Oba: História de princesas e príncipes” com Kiusam Oliveira (Infantil)
17h - Gira de Lançamentos: “Se a cidade fosse nossa” com Joice Berth
19h - Espetáculo teatral: Medeia Negra
19h30 - Gira de Lançamentos: “A vestida” com Eliana Alves Cruz
20h30 - Sarau com Elisa Lucinda
Domingo (23)
14h às 22h - Feira de Empreendedoras Negras da Casa Mulher com a Palavra
14h - Gira de Lançamentos: “Os dengos na Moringa de voinha” com Ana Fátima (infantil)
14h às 22h - Exposição das artistas Ani Ganzala e Tina Melo
16h - Gira de Lançamentos: ‘Felipa- Maria Felipa” com Cássia Valle e Luciana Palmeira (infantil)
18h - Gira de Lançamentos: “Corpo Desfeito” com Jarid Arraes
19h - Espetáculo teatral: Medeia Negra
Segunda-feira (24)
9h às 12h e 14h às 17h - Oficina Vivência em Percussão baiana. (estudantes da rede pública de ensino)
14h às 22h - Exposição das artistas Ani Ganzala e Tina Melo
14h às 18h - Oficina de direção de arte com Bel Xavier
Terça-feira (25)
9h às 12h - Oficina Voz Empoderada com Mariana Freire
14h às 18h - Oficina de direção de arte com Bel Xavier
14h às 22h - Exposição das artistas Ani Ganzala e Tina Melo
17h às 22h - Feira de Empreendedoras Negras da Casa Mulher com a Palavra
18h30 - Mesa “Mulheres Negras: Da sociedade civil à efetivação de políticas públicas” com Olívia Santana e Erica Malunguinho
20h30 - Show de Panteras Negras
Quarta-feira (26)
9h às 12h e 14h às 17h - Oficina de teatro / jogos teatrais / improvisações com Fernanda Silva (estudantes da rede pública de ensino)
14h às 17h - Oficina Chaves da crônica com Cidinha da Silva
14h às 22h - Exposição das artistas Ani Ganzala e Tina Melo
17h às 22h - Feira de Empreendedoras Negras da Casa Mulher com a Palavra
18h30 - Gira de Lançamentos: Guia Essencial da Beleza Natural com Mona Soares
20h - Gira de Lançamentos: Exuzilhar com Cidinha Silva
21h30 - Show da Orquestra Nzinga de Berimbaus
Quinta-feira (27)
14h às 18h - Oficina de assistência de direção com Thamires Vieira
14h às 22h - Exposição das artistas Ani Ganzala e Tina Melo
17h às 22h - Feira de Empreendedoras Negras da Casa Mulher com a Palavra
18h - Gira de Lançamentos: Lesbiandade com Dedê Fatumma
19h - Show de Dedê Fatumma - Ofó
20h - Show de Jam Delas
Sexta-feira (28)
14h às 18h - Oficina de assistência de direção com Thamires Vieira
14h às 22h - Exposição das artistas Ani Ganzala e Tina Melo
17h às 22h - Feira de Empreendedoras Negras da Casa Mulher com a Palavra
18h30 - Gira de Lançamentos: O pacto da branquitude, com Cida Bento
19h - Espetáculo Ninguém sabe meu nome
19h30 - Mesa “Perspectivas indígenas antirracistas” com Geni Núñez
21h - Show de Manuela Rodrigues
Sábado (29)
10h às 13h e 14h às 18h - Oficina de projetos documentais para TV e cinema com Mariana Jaspe
14h às 22h - Exposição das artistas Ani Ganzala e Tina Melo
14h às 22h - Feira de Empreendedoras Negras da Casa Mulher com a Palavra
15h - Gira de Lançamentos: Manual de Penteados para Crianças Negras com Joana Gabriela e Mendes Mari Santos (infantil)
16h às 20h - Espetáculo Ninguém sabe meu nome
17h - Gira de Lançamentos: Como ser um educador antirracista com Bárbara Carine
19h - Gira de Lançamentos: Jamais peço desculpas por me derramar - Poemas de temporal e mansidão, com Ryane Leão
19h30 - Show de Evylin
Domingo (30)
14h às 22h - Feira de Empreendedoras Negras da Casa Mulher com a Palavra
14h às 22h - Exposição das artistas Ani Ganzala e Tina Melo
15h - Gira de Lançamentos: Eva, com Regina Luz (infantil)
18h - Mesa “Fabulando outros mundos” com Ana Maria Gonçalves e Mônica Santana
18h - Espetáculo teatral: Ninguém é de ninguém
20h - Show de encerramento com Samba das Pretas
SOBRE O PROJETO
O projeto Mulher com a Palavra é uma iniciativa que existe há seis anos e visa amplificar as vozes das mulheres brasileiras. Seu objetivo central é promover a conversa aberta e franca, por meio da palavra livre, da escuta atenta e da troca de experiências.
Inicialmente, o projeto se estabeleceu promovendo conferências e encontros no Teatro Castro Alves (TCA). Durante um período de quatro anos, foram realizadas 19 conferências, que alcançaram um público de mais de 50 mil pessoas tranto presencialmente quanto digitalmente.

Mesmo se n&atilde;o for domingo, ela n&atilde;o vai. Com compromisso marcado com Carla Perez, Anitta precisou recusar um evento com a empres&aacute;ria e influencer americana Kim Kardashian e surpreendeu alguns f&atilde;s.&nbsp;

&quot;A Anitta foi convidada pro evento da marca da Kim Kardashian pela pr&oacute;pria, mas vai deixar de ir pra ir pro carnaval da Carla P&eacute;rez&quot;, escreveu um jovem. Anitta, respondeu ao coment&aacute;rio do rapaz e explicou a decis&atilde;o, citando o apoio do casal baiano no in&iacute;cio da sua carreira.

&quot;Amore, entendo a posi&ccedil;&atilde;o de voc&ecirc;s que est&atilde;o bombardeando o Twitter com esse assunto agora. Mas, antes que vire uma coisa maior, existe uma coisa chamada &#39;palavra&#39;, que eu tenho &eacute; muita. Xanddy e Carla s&atilde;o meus amigos e me apoiaram quando eu decidi ter meu primeiro trio em Salvador&quot;, come&ccedil;ou a cantora.

&quot;Mesmo quando muita gente ainda era contra. Eles me pediram essa participa&ccedil;&atilde;o h&aacute; algum tempo e eu dei um jeitinho de estar. Eu recebi o convite dela [Kim Kardashian]&nbsp;poucos dias atr&aacute;s e expliquei a situa&ccedil;&atilde;o, que foi super compreendida (por isso ela j&aacute; enviou o kit pra minha casa antes do evento)&quot;, continuou Anitta.

&quot;O universo sempre manda de volta as oportunidades pra gente desde que a gente saiba agir com respeito e gratid&atilde;o. Acredito que o importante na vida &eacute; ter palavra e n&atilde;o se esquecer de quem esteve em nosso lado em momentos delicados&quot;, concluiu a cantora, que &eacute; f&atilde; declarada do casal e da banda Harmonia do Samba, com quem j&aacute; fez parcerias.

EM TEMPO

<img alt="&quot;Chegou lá!&quot;: Anitta é a primeira artista brasileira a entrar no Top 10 do Spotify Global, com &quot;Envolver&quot;" src="https://backend.aratuon.com.brhttps://storage.googleapis.com/aratu-backend/fotos/aratu_noticias/91700/FOTO_NOTICIA_1.jpg?v=990c9c276eada2d" style="width: 500px; height: 404px;" />

No &uacute;ltimo s&aacute;bado (19/3),&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/variedades/noticia/celebridades/chegou-la-anitta-e-a-primeira-artista-brasileira-a-entrar-no-top-10-do-spotify-global-com-envolver" target="_blank">Anitta&nbsp;fez&nbsp;o que nenhum outro artista brasileiro conseguiu: chegou ao top 10 do Spotify Global com a m&uacute;sica &quot;Envolver&quot;</a>.&nbsp;De sexta para s&aacute;bado, a&nbsp;cantora saltou nove posi&ccedil;&otilde;es e atingiu a nona coloca&ccedil;&atilde;o no top 50, com&nbsp;mais de 2,5 milh&otilde;es de&nbsp;streams&nbsp;na plataforma, at&eacute; ent&atilde;o.&nbsp;

Com a marca, diversos f&atilde;s comemoraram a conquista da cantora, e a&nbsp;hashtag&nbsp;#AnittaVoc&ecirc;Venceu ficou entre os assuntos mais comentados nas redes sociais. Em um v&iacute;deo resgatado pelos admiradores, ela fala, mais nova: &quot;vou usar esse v&iacute;deo e v&atilde;o falar &#39;caraca, olha como ela falava... chegou l&aacute;!&quot;.

<a href="https://www.aratuon.com.br/categorias/coronavirus/" target="_blank">Acompanhe todas as not&iacute;cias sobre&nbsp;o novo coronav&iacute;rus</a>.

&zwnj;Acompanhe nossas transmiss&otilde;es ao vivo e conte&uacute;dos exclusivos no&nbsp;<a href="http://www.aratuon.com.br/aovivo" target="_blank">www.aratuon.com.br/aovivo</a>. Nos mande uma mensagem pelo WhatsApp: (71) 99986-0003

O secret&aacute;rio especial de Cultura do governo de Jair Bolsonaro, M&aacute;rio Frias, usou seu Twitter para criticar o uso da palavra &quot;todes&quot; pelo perfil oficial do Museu da L&iacute;ngua Portuguesa, que reabre no pr&oacute;ximo dia 31 de julho.

&quot;O Governo Federal investiu 56 milh&otilde;es de reais nas obras do Museu da L&iacute;ngua Portuguesa para preservarmos o nosso patrim&ocirc;nio cultural, que depende da preserva&ccedil;&atilde;o da nossa l&iacute;ngua. N&atilde;o aceitarei que esse investimento sirva para que agentes p&uacute;blicos brinquem de revolu&ccedil;&atilde;o. Tomarei medidas para impedir que usem o dinheiro p&uacute;blico federal para suas piruetas ideol&oacute;gicas. Se o governo paulista se comporta como militante, vandalizando nossa cultura, n&atilde;o o far&aacute; com verba federal&quot;, escreveu Frias na &uacute;ltima sexta-feira (23/7).

<blockquote class="twitter-tweet">
O Governo Federal investiu 56 milh&otilde;es de reais nas obras do Museu da L&iacute;ngua Portuguesa, para preservarmos o nosso patrim&ocirc;nio cultural, que depende da preserva&ccedil;&atilde;o da nossa l&iacute;ngua. N&atilde;o aceitarei que esse investimento sirva para que agentes p&uacute;blicos brinquem de revolu&ccedil;&atilde;o. <a href="https://t.co/mqI0f1So9X">pic.twitter.com/mqI0f1So9X</a>
&mdash; MarioFrias (@mfriasoficial) <a href="https://twitter.com/mfriasoficial/status/1418704494460801025?ref_src=twsrc%5Etfw">July 23, 2021</a></blockquote>
<script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>

A nova forma neutra de g&ecirc;nero gramatical, sem defini&ccedil;&atilde;o de g&ecirc;nero (masculino e feminino), que busca a inclus&atilde;o de pessoas n&atilde;o-bin&aacute;rias, dividiu opini&otilde;es e recebeu cr&iacute;ticas desde que a postagem foi feita, em 12 de julho, ganhando mais repercuss&atilde;o nas redes sociais dias depois.

Nela, a institui&ccedil;&atilde;o fala sobre sua reabertura como um &quot;espa&ccedil;o aberto &agrave; reflex&atilde;o, inclus&atilde;o e um chamamento para todas, todos e todes os falantes, ou n&atilde;o, do nosso idioma&quot;.

Em outra postagem, M&aacute;rio Frias &eacute; ainda mais duro nas cr&iacute;ticas. &quot;Reafirmo: isso &eacute; vandalismo cultural! &Eacute; lastim&aacute;vel que o governo estadual n&atilde;o tenha qualquer compromisso com a preserva&ccedil;&atilde;o da nossa l&iacute;ngua. N&atilde;o permitirei que servidores estaduais brinquem de revolu&ccedil;&atilde;o com verba federal. Tomarei provid&ecirc;ncias en&eacute;rgicas&quot;.&nbsp;

LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/noticia/geral/volta-as-aulas-escolas-estaduais-recebem-dois-milhoes-de-mascaras-para-distribuicao-aos-estudantes-no-ensino-hibrido" target="_blank">Volta &agrave;s aulas: escolas estaduais recebem dois milh&otilde;es de m&aacute;scaras para distribui&ccedil;&atilde;o aos estudantes no ensino h&iacute;brido</a>

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&zwnj;Acompanhe nossas transmiss&otilde;es ao vivo e conte&uacute;dos exclusivos no&nbsp;<a href="http://www.aratuon.com.br/aovivo" target="_blank">www.aratuon.com.br/aovivo</a>. Nos mande uma mensagem pelo WhatsApp: (71) 99986-0003.

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