A <a href="https://aratuon.com.br/saude/oms-emite-alerta-sobre-aumento-de-casos-de-sarampo-nas-americas-em-2025">Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS)</a> emitiu um alerta sobre um surto de antraz na Rep&uacute;blica Democr&aacute;tica do Congo. Segundo a Organiza&ccedil;&atilde;o das Na&ccedil;&otilde;es Unidas (ONU), foram notificados pelo menos 16 casos suspeitos e uma morte.
Essa infec&ccedil;&atilde;o bacteriana, que afeta principalmente animais, pode ser transmitida aos seres humanos diretamente ou por meio de produtos contaminados de origem animal.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/ea14ec45-e24a-4d77-9063-b01e19fd5521.png?width=1280&amp;height=768" alt="OMS alerta para durto de doen&ccedil;a desconhecida. Foto: Wanderson Ara&uacute;jo | Trilux">
O surto foi registrado <a href="https://aratuon.com.br/mundo/tragedia-no-congo-barco-pega-fogo-e-deixa-ao-menos-148-mortos">na prov&iacute;ncia de Kivu do Norte, no leste do pa&iacute;s,</a> regi&atilde;o marcada por conflitos violentos entre tropas do governo e grupos rebeldes. Embora o antraz raramente seja contagioso entre seres humanos, a bact&eacute;ria Bacillus anthracis produz toxinas potentes resultantes em alta taxa de letalidade.&nbsp;
Para controlar a dissemina&ccedil;&atilde;o da doen&ccedil;a, a OMS autorizou uma nova campanha de vacina&ccedil;&atilde;o em rebanhos, j&aacute; que o antraz afeta principalmente ruminantes como vacas, ovelhas e cabras.
<a href="https://aratuon.com.br/cidade/locais-para-vacinacao-em-salvador-sofrem-alteracoes-veja-mais">Existem vacinas </a>contra o antraz tanto para animais quanto para humanos. A vacina veterin&aacute;ria &eacute; usada para controlar a doen&ccedil;a nos rebanhos, enquanto o estoque de vacinas para humanos &eacute; limitado e destinado a indiv&iacute;duos com poss&iacute;vel exposi&ccedil;&atilde;o ao pat&oacute;geno.
<h3>Transmiss&atilde;o</h3>
O antraz pode ser transmitido por esporos ingeridos, inalados ou atrav&eacute;s de cortes na pele, onde germinam, se multiplicam e produzem toxinas. Insetos podem transmitir a bact&eacute;ria entre animais, enquanto a ra&ccedil;&atilde;o animal pode ser contaminada com farinha de ossos infectados.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/a7fd3ece-499a-47f4-980a-8cf389600bcb.png?width=1280&amp;height=768" alt="Foto: Imagem Ilustrativa | Freepik">
&nbsp;Humanos podem ser infectados ao manusear ou abater animais doentes ou ao entrarem em contato com produtos contaminados, como carne e couro.
<h3>Sintomas</h3>
A infec&ccedil;&atilde;o pode ocorrer quando esporos entram em contato com cortes na pele, gerando uma ferida preta. Outros sintomas iniciais incluem dor de cabe&ccedil;a, muscular, febre e v&ocirc;mitos.&nbsp;O antraz gastrointestinal resulta da ingest&atilde;o de carne infectada, com sintomas como intoxica&ccedil;&atilde;o alimentar, dor abdominal intensa, v&ocirc;mito com sangue e diarreia.
A forma mais grave e rara, o antraz pulmonar, ocorre quando esporos s&atilde;o inalados, com sintomas iniciais semelhantes aos de um resfriado, podendo evoluir para dificuldades respirat&oacute;rias graves e choque.
Leia Mais: <a href="https://aratuon.com.br/saude/anvisa-volta-a-proibir-a-venda-de-creme-dental-da-colgate-entenda-">Anvisa volta a proibir a venda de creme dental da Colgate; entenda</a>

A Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS) emitiu um alerta nesta segunda-feira (28) sobre o crescimento expressivo dos casos de sarampo nas Am&eacute;ricas em 2025. Entre 1&ordm; de janeiro e 18 de abril, foram registrados 2.318 <a href="https://aratuon.com.br/saude" target="_blank" rel="noopener">casos da doen&ccedil;a</a> na regi&atilde;o, n&uacute;mero 11 vezes maior do que o observado no mesmo per&iacute;odo de 2024. Tr&ecirc;s mortes foram confirmadas.
De acordo com o relat&oacute;rio, a maioria dos casos ocorreu em pessoas entre 1 e 29 anos que n&atilde;o foram vacinadas ou cujo status vacinal &eacute; desconhecido. &ldquo;O sarampo &eacute; uma doen&ccedil;a viral altamente contagiosa, transmitida pelo ar, que pode levar a complica&ccedil;&otilde;es graves e &agrave; morte&rdquo;, refor&ccedil;a a OMS.
+ <a href="https://aratuon.com.br/saude/bebe-morre-apos-receber-vacina-em-salvador-caso-e-raro" target="_blank" rel="noopener">Beb&ecirc; morre ap&oacute;s receber vacina em Salvador; caso &eacute; raro</a>
+&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/saude/covid-19-cidade-do-amazonas-tem-alta-de-casos-e-retoma-uso-de-mascara" target="_blank" rel="noopener">Covid-19: cidade brasileira tem alta de casos e retoma uso de m&aacute;scara</a>
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/d0b1bff6-cf51-40a6-85d3-5e7318be641e.jpg?width=3000&amp;height=2000" alt="Foto: Ilustrativa/Pexels">
Apesar da disponibilidade gratuita da vacina em diversos pa&iacute;ses e da comprovada efic&aacute;cia do imunizante, a cobertura vacinal segue abaixo do recomendado. Em 2023, mais de 22 milh&otilde;es de crian&ccedil;as em todo o mundo n&atilde;o receberam sequer a primeira dose da vacina contra o sarampo, segundo a OMS.
O alerta ocorre ap&oacute;s outro dado preocupante divulgado em mar&ccedil;o: a Europa registrou em 2024 o maior n&uacute;mero de casos de sarampo desde 1997, com 127.350 infec&ccedil;&otilde;es &mdash; o dobro do total registrado em 2023.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/65b9149e-f73d-4c7d-a0af-5505a85a10d2.jpg?width=5760&amp;height=3840" alt="Foto: Ilustrativa/Pexels">

Nesta ter&ccedil;a-feira (4), &eacute; celebrado o <a href="https://aratuon.com.br/celebridades/divaldo-franco-retoma-atividades-apos-tratamento-de-cancer-na-bexiga">Dia Mundial do C&acirc;ncer,</a> e a Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS) fez um alerta preocupante: a cada minuto, 40 pessoas em todo o planeta recebem o diagn&oacute;stico da doen&ccedil;a.
Em uma publica&ccedil;&atilde;o nas redes sociais, <a href="https://aratuon.com.br/geral/oms-anuncia-corte-de-custos-apos-saida-dos-eua-da-entidade">o diretor-geral da OMS</a>, Tedros Adhanom Ghebreyesus, destacou a import&acirc;ncia do apoio coletivo no enfrentamento do c&acirc;ncer. &ldquo;Elas n&atilde;o conseguem ser bem sucedidas sozinhas. Em todo mundo, a OMS trabalha com parceiros para criar coaliz&otilde;es globais, catalisar a&ccedil;&otilde;es locais e amplificar as vozes de pessoas afetadas pelo c&acirc;ncer", afirmou.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/494dc9e8-71a1-44e5-95e2-766993ab21b9.png?width=1280&amp;height=768" alt="Dia Mundia do C&acirc;ncer &eacute; celebrado nesta ter&ccedil;a-feira.Foto: Jos&eacute; Cruz | Ag&ecirc;ncia Brasil">
Em sua mensagem, Tedros tamb&eacute;m enfatizou as v&aacute;rias frentes de atua&ccedil;&atilde;o da OMS, desde o fornecimento de medicamentos para tratamentos oncol&oacute;gicos pedi&aacute;tricos at&eacute; campanhas globais voltadas &agrave; elimina&ccedil;&atilde;o do c&acirc;ncer cervical. "Estamos trabalhando para melhorar a vida de milh&otilde;es de pessoas", acrescentou.
Tedros aproveita para destacar que a data &eacute; uma forma de honrar a coragem daqueles afetados pela doen&ccedil;a. "Celebramos o progresso cient&iacute;fico e reafirmamos nosso compromisso de promover sa&uacute;de para todos&rdquo;, concluiu o diretor-geral.
Para aproveitar a import&acirc;ncia da data, a OMS tamb&eacute;m refor&ccedil;ou recomenda&ccedil;&otilde;es para a <a href="https://aratuon.com.br/economia/sus-pode-gastar-r-784-bi-em-2040-com-tratamento-de-cancer-diz-inca">redu&ccedil;&atilde;o do risco de c&acirc;ncer,</a> que incluem:
- N&atilde;o fumar;
- Praticar atividade f&iacute;sica regularmente;
- Comer frutas e verduras;
- Manter um peso corporal saud&aacute;vel;
- Limitar o consumo de &aacute;lcool.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/9262a33f-e72c-45c0-9558-d745d2072f12.webp?width=1170&amp;height=700" alt="OMS emite alerta com maneiras de prevenir c&acirc;ncer. Foto: Marcello Casal | Ag&ecirc;ncia Brasil">
*Com informa&ccedil;&otilde;es da Ag&ecirc;ncia Brasil
Leia Mais:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/celebridades/divaldo-franco-retoma-atividades-apos-tratamento-de-cancer-na-bexiga">Divaldo Franco retoma atividades ap&oacute;s tratamento de c&acirc;ncer na bexiga</a>

O diretor-geral da Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou nesta segunda-feira (3) um conjunto de medidas para reduzir custos e priorizar programas essenciais da entidade. A decis&atilde;o veio ap&oacute;s <a href="https://aratuon.com.br/politica/nova-gestao-de-trump-gera-impactos-na-politica-e-economia-brasileiras" target="_blank" rel="noopener">o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmar a retirada do pa&iacute;s da lista de Estados-Membros da OMS</a>. &nbsp;
&ldquo;O an&uacute;ncio dos Estados Unidos tornou nossa situa&ccedil;&atilde;o ainda mais cr&iacute;tica&rdquo;, declarou Tedros durante a abertura da reuni&atilde;o anual do conselho executivo da organiza&ccedil;&atilde;o. &ldquo;Informamos um conjunto de medidas com efeito imediato para proteger ao m&aacute;ximo nossa for&ccedil;a de trabalho.&rdquo; &nbsp;
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/17c17443-b70f-412d-ad45-c663790c2481.jpg?width=1920&amp;height=1080" alt="Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus | Divulga&ccedil;&atilde;o: OMS">
Entre as a&ccedil;&otilde;es anunciadas, o diretor-geral destacou o realinhamento estrat&eacute;gico de recursos, o congelamento da contrata&ccedil;&atilde;o de novos profissionais de sa&uacute;de &ndash; salvo em &aacute;reas cr&iacute;ticas &ndash;, a redu&ccedil;&atilde;o de despesas com viagens, a renegocia&ccedil;&atilde;o de contratos para aquisi&ccedil;&atilde;o de insumos e a diminui&ccedil;&atilde;o de investimentos. &nbsp;
Tedros tamb&eacute;m defendeu as recentes <a href="https://aratuon.com.br/saude/alcool-causa-26-milhoes-de-mortes-todos-os-anos-no-mundo-alerta-oms" target="_blank" rel="noopener">reformas conduzidas pela OMS</a> e fez um apelo para que os Estados Unidos reconsiderem sua decis&atilde;o. &ldquo;Lamentamos a decis&atilde;o e esperamos que <a href="https://aratuon.com.br/politica/eleicoes-nos-eua-resultado-definira-politica-externa-mundial-tv-aratu-fara-cobertura-completa" target="_blank" rel="noopener">os Estados Unidos</a> reconsiderem. Acolher&iacute;amos com agrado um di&aacute;logo construtivo para preservar e refor&ccedil;ar a rela&ccedil;&atilde;o hist&oacute;rica entre a OMS e os Estados Unidos&rdquo;, afirmou.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/e1283d69-f2ca-47b4-9c9e-6c85af43cf35.jpg?width=1920&amp;height=1079" alt="">
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Uma pesquisa feita pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revela que, a cada hora, 12 pessoas morrem no Brasil por consumo de álcool. O estudo mostra também que bebidas alcoólicas custam R$ 18,8 bilhões por ano para o país.
A pesquisa usou como base estimativas de mortes feitas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre o consumo de álcool, levando em consideração um total de 104,8 mil mortes só em 2019. O relatório destaca um forte impacto sobre a população masculina, responsável por 86% das mortes associadas ao álcool em 2019.
Entre os homens, doenças cardiovasculares, acidentes e violências são as causas mais comuns de óbito, enquanto, nas mulheres, o álcool está fortemente associado a tipos de câncer e doenças cardíacas. A análise revela também um crescimento de 14% do consumo abusivo entre mulheres, indicando uma tendência que pode gerar problemas maiores no futuro.
Segundo o levantamento, os custos diretos ao Sistema Único de Saúde (SUS) somam R$ 1,1 bilhão, destinados principalmente a hospitalizações e atendimentos ambulatoriais. Já os custos indiretos representam R$ 17,7 bilhões e incluem a perda de produtividade, aposentadorias precoces, mortalidade prematura, perda de dias de trabalho por internação hospitalar e licença médica previdenciárias. Só o custo previdenciário atingiu R$ 47,2 milhões em 2019. Do total, R$ 37 milhões (78%) foram gastos com homens, já o custo com mulheres representa R$ 10,2 milhões (22%).
Para Pedro de Paula, diretor executivo da Vital Strategies, empresa que encomendou a pesquisa, o consumo de álcool não só tem impactos na saúde e bem-estar da população como também custa caro para os cofres públicos.
"Nesse cenário, fica clara a necessidade de adoção de medidas como o imposto seletivo sobre bebidas alcoólicas. Essa é uma das ações recomendadas pela Organização Mundial da Saúde para reduzir o consumo de álcool e, consequentemente, seu impacto negativo. Com a redução do consumo, podemos salvar vidas e reduzir os impactos sociais do álcool, poupando bilhões de reais todos os anos", afirma.
O custo do SUS com internações de mulheres por problemas ligados ao consumo de álcool representa 20% do total, ou seja, bem menor que o custo com homens. Isso acontece porque o consumo de álcool é menos comum entre as mulheres. Segundo a Pesquisa Nacional de Saúde (PNS 2019), cerca de 31% das mulheres entrevistadas haviam consumido álcool nos 30 dias anteriores à pesquisa, enquanto, entre os homens, esse número foi de 63%.
Por outro lado, nos custos com atendimentos ambulatoriais relacionados ao álcool, a diferença entre homens e mulheres é menor, com 51,6% dos custos atribuídos ao público masculino.
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou, na quinta-feira (3/10), o primeiro teste de diagnóstico de Mpox – antiga varíola dos macacos – para uso emergencial. Trata-se do teste Alinity m MPXV, fabricado pela Abbott Laboratories, que permite a detecção do vírus da doença por meio da coleta de material microbiológico em feridas.
Segundo Yukiko Nakatani, diretora-geral adjunta da OMS para Acesso a Medicamentos e Produtos de Saúde, a aprovação do teste deve expandir a capacidade de diagnóstico em países que enfrentam surtos de Mpox. Com o diagnóstico precoce, os infectados poderão receber tratamentos e cuidados, impedindo que a doença se agrave.
"Este primeiro teste de diagnóstico listado no procedimento de Lista de Uso de Emergência representa um marco significativo na expansão da disponibilidade de testes nos países afetados. Aumentar o acesso a produtos médicos de qualidade garantida é fundamental para nossos esforços em ajudar os países a conter a propagação do vírus e proteger seu povo, especialmente em regiões carentes”, disse Yukiko.
A Mpox voltou a ser classificada como emergência global pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em agosto deste ano. A decisão levou em conta o alto número de casos confirmados em mais de 12 países e a disseminação de uma nova forma do vírus. Desde janeiro, mais de 100 mil casos foram registrados no mundo, além de 229 mortes.
No Brasil, há 1.230 infecções de Mpox confirmadas ou prováveis, conforme último boletim do Ministério da Saúde. A região Sudeste é a mais afetada pela doença, concentrando 980 casos (79,7% do total de infecções no país). Tal número é liderado pelos estados de São Paulo, que contabiliza 643 casos (52,3%), e do Rio de Janeiro (268 – 21,8%).

<h2 style="text-align: justify;">O que é a Mpox?</h2>
A Mpox é uma doença causada pelo mpox vírus (MPXV). Trata-se de uma doença zoonótica viral, em que sua transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato próximo com pessoas infectadas, sobretudo por vias sexuais. O intervalo entre o contato com o vírus e o início da manifestação dos sintomas varia entre três e 16 dias.
Inicialmente, os sintomas da doença incluem febre súbita, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, adenomegalia, calafrios e exaustão. Após três dias, o paciente pode começar a desenvolver erupções cutâneas.
De acordo com a OMS, o principal meio de prevenção é evitar o contato direto com pessoas com suspeita ou confirmação da doença. No caso da necessidade de contato, como profissionais da saúde, deve-se utilizar luvas, máscaras e óculos de proteção. Também é recomendado que os infectados não compartilhem itens como toalhas, roupas e lençóis.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta sexta-feira (13/9) que pré-qualificou a vacina contra a mpox, desenvolvida pela farmacêutica Bavarian Nordic. Este é o primeiro imunizante contra a doença a integrar a lista de insumos pré-qualificados da entidade, o que permite sua distribuição a países de baixa renda que enfrentam surtos, por meio de organizações como o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Aliança Mundial para Vacinas e Imunização (Gavi).
“A aprovação da pré-qualificação deve facilitar o acesso ampliado e oportuno a um insumo essencial em comunidades com necessidades urgentes, para reduzir a transmissão e ajudar a conter surtos”, declarou a OMS em nota.
UM AVANÇO NO COMBATE À MPOX
Para o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, a pré-qualificação da vacina representa um importante passo no combate à mpox, considerando tanto os surtos atuais quanto cenários futuros. “Precisamos agora intensificar urgentemente a aquisição, as doações e a distribuição, para garantir acesso equitativo às doses onde elas são mais necessárias, juntamente a outras ferramentas de saúde pública, no intuito de prevenir infecções, interromper a transmissão e salvar vidas”, afirmou Tedros.
INDICAÇÃO E ESQUEMA VACINAL
Segundo a OMS, a vacina da Bavarian Nordic é indicada para pessoas a partir de 18 anos, administrada em duas doses com intervalo de quatro semanas. Após ser armazenada sob condições de refrigeração, o imunizante pode ser mantido entre 2°C e 8°C por até oito semanas.
USO OFF-LABEL
A OMS também destaca que, embora a vacina ainda não tenha licenciamento para menores de 18 anos, seu uso off-label é permitido em crianças, adolescentes, gestantes e imunossuprimidos em situações de surto. “Isso significa que o uso da vacina é recomendado em situações de surto onde os benefícios superam os riscos potenciais”, esclareceu a entidade.
DOSE ÚNICA EM CENÁRIOS DE ESCASSEZ
Em situações de oferta limitada, a OMS recomenda a aplicação de dose única, embora continue enfatizando a necessidade de coleta de dados sobre a segurança e eficácia nesse contexto. “Dados disponíveis mostram que uma única dose da vacina administrada previamente à exposição tem eficácia estimada de 76% na proteção contra a mpox, enquanto o esquema de duas doses atinge eficácia estimada de 82%. A vacinação após exposição ao vírus é menos eficaz do que a vacinação pré-exposição”, informou a OMS.
SEGURANÇA E EFICÁCIA
A vacina da Bavarian Nordic possui um bom perfil de segurança e desempenho, conforme demonstrado em estudos clínicos e na resposta à primeira emergência global por mpox, declarada em 2022. No entanto, a OMS ressalta que, devido às mudanças epidemiológicas e à emergência de novas variantes do vírus, é essencial continuar coletando dados sobre a eficácia do imunizante em diferentes contextos.
CENÁRIO ATUAL
De acordo com a OMS, desde 2022, mais de 103 mil casos de mpox foram confirmados em 120 países. Apenas em 2024, foram registrados 25.237 casos suspeitos e confirmados, além de 723 mortes, ocorridas em surtos distintos em 14 países africanos, causados por diferentes variantes do vírus.
*Com informações da Agência Brasil
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A Mpox, antes conhecida como 'varíola dos macacos', é considerada emergência global pela Organização Mundial da Saúde (OMS) desde o último dia 14 de agosto.
Uma nova variante do vírus causador da doença, a Clado 1b, foi identificada pela OMS este ano. Ela foi detectada originalmente na República Democrática do Congo (RDC), mas já há casos registrados em Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda, todos na África. Fora do continente africado foram confirmados dois casos: um na Suécia e outro na Tailândia.
Essa nova cepa, considerada mais agressiva, é a responsável pelo alerta da OMS.
PRIMEIROS SINTOMAS
A mpox é uma doença zoonótica viral. A transmissão para humanos pode ocorrer por meio do contato com animais silvestres infectados, com pessoas infectadas pelo vírus e com materiais contaminados. Os primeiro sintomas, principalmente, incluem erupções cutâneas ou lesões de pele, além de linfonodos inchados (ínguas), febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza.
Algumas doenças que se manifestam de forma parecida são o sarampo, a herpes e a sífilis. Mas há alguns sinais específicos da Mpox como a progressão das erupções na pele, que vão de macular (tom avermelhado em determinada região da pele), papular (quando as feridas ganham elevações na pele), vesicular (as bolhas começam a surgir) e pustulosa (lesões se tornam pústulas, com pontas brancas e arredondadas), segundo o Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC).
Depois, as feridas adquirem o caráter de crosta e da descamação.
O diagnóstico da doença é realizado por meio do exame de PCR (Reação em Cadeia da Polimerase), podendo também ser utilizado o sequenciamento do material genético presente nas lesões características da enfermidade.
TRANSMISSÃO
A transmissão da doença não mudou em relação às cepas anteriores: a Mpox é transmitida pelo contato com a pele de pessoas que estão contaminadas. No caso do Congo, a maior parte infecções foi transmitida por via sexual, forma mais comum de contágio, segundo a OMS.
ALERTA DA OMS
A OMS informa que a nova variante 1b do mpox tem uma taxa de letalidade alarmante de mais de 10% entre crianças pequenas na África Central. Em contraste, a variante 2b, responsável pela epidemia global de Mpox em 2022, apresentava uma taxa de letalidade abaixo de 1%.
A OMS decretou emergência sanitária global da doença após reunião virtual para avaliar o ressurgimento da epidemia da doença na África e o risco de sua disseminação internacional. É a primeira vez desde o fim da pandemia da Covid-19 que a entidade emite seu mais alto nível de alerta.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que o órgão está comprometido em "coordenar a resposta global nos próximos dias e semanas"
"Estamos trabalhando em estreita colaboração com cada um dos países afetados e alavancando nossa presença local para prevenir a transmissão, tratar os infectados e salvar vidas", disse Tedros Adhanom, diretor-geral da organização.
VACINA
Existem, até o momento, três vacinas contra a Mpox disponíveis globalmente. No entanto, apenas duas delas são recomendadas pela OMS e possuem aprovação em alguns países. Essas vacinas são a ACAM2000, produzida pela Sanofi Pasteur, e a Jynneos (também conhecida como Imvamune ou Imvanex), desenvolvida pela Bavarian Nordic. A vacina Jynneos já foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2023.
O imuninzante foi oferecido para pessoas imunossuprimidas, além de profissionais de laboratório que trabalham diretamente com orthopoxvírus [pertencente à família do vírus da monkeypox] e pessoas que tiveram contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas com suspeitas da doença. Mais de 29 mil doses contra a mpox foram aplicadas no Brasil.
No entanto, o Brasil não planeja vacinação em massa, segundo a ministra da Saúde, ainda que esteja sendo negociada pela pasta a aquisição emergencial de 25 mil doses de vacina contra a doença.
“No Brasil, nós vacinamos com uma licença ainda especial da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em casos muito excepcionais, para grupos muito vulneráveis, pessoas que tinham tido contato com outras pessoas doentes. Então, a vacinação nunca será uma estratégia em massa para a Mpox”, ressaltou Trindade.
A ministra destacou que os especialistas continuam a avaliar a eficácia das vacinas no combate à nova cepa do Mpox. Ela também mencionou a dificuldade na aquisição de imunizantes, devido à limitação na produção em massa das doses.
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A aquisição emergencial de 25 mil doses de vacina contra a mpox está sendo negociada pelo Ministério da Saúde com a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). O anúncio foi feito pela pasta, nesta quinta-feira (15/8). A doença foi declarada emergência em saúde pública de importância internacional pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Durante a primeira emergência global por mpox, em 2023, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou o uso emergencial da vacina Jynneos para combater a doença, já que o insumo não era licenciado no Brasil. A autorização foi renovada em fevereiro deste ano, mas venceria novamente este mês. O ministério já fez um novo pedido de renovação.
Segundo a Anvisa, o imunizante é destinado a adultos com idade igual ou superior a 18 anos e tem prazo de até 60 meses de validade, quando conservado entre -60 graus Celsius (°C) e -40°C. A prorrogação da dispensa temporária e excepcional é válida por seis meses e se aplica somente ao ministério.
PÚBLICO ALVO
Desde 2023, mais de 29 mil doses contra a mpox foram aplicadas no Brasil. O público-alvo definido à época da primeira emergência incluiu pessoas vivendo com HIV/aids de 18 a 49 anos, independentemente do status imunológico identificado pela contagem de linfócitos TCD4; e profissionais de laboratórios do tipo NB-2 com idade entre 18 e 49 anos e que trabalham com o Orthopoxvirus.
Quem teve contato direto com fluidos e secreções corporais de pacientes com suspeita de infecção por mpox também integrou o público-alvo definido pelo ministério para ser imunizado contra a doença, mas mediante avaliação da vigilância local.
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A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou, nesta quarta-feira (14/8), emergência sanitária global de Monkeypox (mpox), também conhecida como 'varíola dos macacos', após reunião virtual para avaliar o ressurgimento da epidemia da doença na África e o risco de sua disseminação internacional. É a primeira vez desde o fim da pandemia da Covid-19 que a entidade emite seu mais alto nível de alerta.
A decisão foi tomada após o registro de casos fora da República Democrática do Congo, onde as infecções estão em crescimento há mais de dois anos. A situação se agravou nos últimos meses devido a uma mutação do vírus.
Em 9 de agosto, a OMS confirmou que fabricantes de vacinas podem solicitar uma licença de emergência, permitindo que organizações como o Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) e a GAVI (em tradução livre: Aliança das Vacinas) adquiram e distribuam as vacinas de forma mais ágil nas áreas afetadas. Esta medida visa acelerar a resposta ao surto e garantir a disponibilidade das vacinas.
Em junho, uma fabricante de vacinas enviou 15.000 doses de sua vacina para o Congo, onde a maioria dos casos de mpox foi detectada. No entanto, o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da África (CDC África) alertou para a necessidade de "solidariedade global", destacando que a região precisa de 10 milhões de doses de vacina, mas atualmente tem acesso a apenas 200.000. O CDC África também considerará a declaração de uma emergência continental esta semana.
O vírus da mpox foi reportado em pelo menos 13 países africanos este ano. No último mês, quatro países – Burundi, Quênia, Ruanda e Uganda – reportaram casos de mpox pela primeira vez. Até agora, em 2024, foram registradas 517 mortes entre 17.541 casos confirmados e suspeitos de mpox.
A preocupação aumentou nas últimas semanas após a disseminação de uma nova e mais letal variante do vírus para países vizinhos.
DADOS
De janeiro de 2022 a junho de 2024, a OMS registrou 99.176 casos confirmados de mpox em 116 países, com 208 mortes. Em junho, 934 casos foram confirmados em 26 países, com as regiões mais afetadas sendo África, América, Europa, Pacífico Ocidental e Sudeste Asiático. A República Democrática do Congo respondeu por 96% dos casos confirmados na África.
No fim de junho, a OMS alertou sobre uma variante mais perigosa da mpox, com uma taxa de letalidade de mais de 10% entre crianças pequenas. A entidade solicitou que fabricantes de vacinas submetam pedidos de análise para uso emergencial, agilizando a disponibilidade de vacinas para países de baixa renda.
Em relatório publicado neste mês de agosto pela OMS, o Brasil notificou de 1º de janeiro de 2022 até 30 de junho de 2024, 11.212 casos confirmados da doença e 16 óbitos.
O QUE É A DOENÇA?
A mpox é uma doença zoonótica viral transmitida para humanos pelo contato com animais silvestres infectados, pessoas infectadas e materiais contaminados. Os sintomas incluem erupções cutâneas ou lesões de pele, linfonodos inchados, febre, dores no corpo, dor de cabeça, calafrio e fraqueza.
As lesões podem ser planas ou elevadas, preenchidas com líquido claro ou amarelado, formando crostas que secam e caem. O número de lesões varia de algumas a milhares, concentrando-se no rosto, nas palmas das mãos e nas plantas dos pés, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive na boca, nos olhos, nos órgãos genitais e no ânus.
Há duas formas de apresentação da varíola dos macacos: uma cepa que é mais grave e pode matar até 10% dos infectados e outra que é menos agressiva, responsável pelo surto global da doença em 2022, quando mais de 99% dos pacientes sobreviveram.
Dados do Ministério da Saúde apontam que, entre 2022 a 2024, o Brasil registrou quase 12 mil casos confirmados e 366 casos prováveis de mpox. Há ainda 66 casos classificados como suspeitos e um total de 46.354 casos descartados.
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