Uma nova frente fria avan&ccedil;a sobre o Brasil neste fim de semana, interrompendo o ciclo de calor extremo que predomina desde o final de fevereiro. O sistema, que ingressa pelo<a href="https://aratuon.com.br/geral/microexplosao-fenomeno-associado-a-frente-fria-deixa-mais-de-1-200-imoveis-destelhados-no-rs" target="_blank" rel="noopener"> Rio Grande do Sul</a> na noite de s&aacute;bado (08), promete reduzir as temperaturas e trazer chuvas para diversas regi&otilde;es do pa&iacute;s. No entanto, a <a href="https://aratuon.com.br/cidade/frente-fria-chega-a-salvador-nesta-semana-previsao-e-de-90-de-chances-de-chuva" target="_blank" rel="noopener">Bahia n&atilde;o ser&aacute; afetada pelas mudan&ccedil;as clim&aacute;tica</a>.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/2599ad43-58b8-458b-b75f-de091b5e255c.jpg?width=3794&amp;height=2578" alt="Chuva no Brasil. Foto: pexels">
A mudan&ccedil;a no padr&atilde;o atmosf&eacute;rico, impulsionada pelo avan&ccedil;o do ar polar entre os dias 10 e 13 de mar&ccedil;o, ser&aacute; mais expressiva no Sul do pa&iacute;s. <a href="https://aratuon.com.br/geral/aviao-de-pequeno-porte-cai-no-rio-grande-do-sul-duas-pessoas-sao-resgatadas-com-vida" target="_blank" rel="noopener">No Rio Grande do Sul</a>, as m&aacute;ximas podem cair at&eacute; 6&deg;C, enquanto em Santa Catarina e no Paran&aacute; a redu&ccedil;&atilde;o ser&aacute; moderada, entre 3&deg;C e 5&deg;C. No Sudeste, incluindo S&atilde;o Paulo, Rio de Janeiro e sul de Minas Gerais, o impacto ser&aacute; menor, com varia&ccedil;&otilde;es t&eacute;rmicas pouco significativas.
Enquanto isso, a Bahia segue sem previs&atilde;o de altera&ccedil;&otilde;es clim&aacute;ticas relevantes. O estado, que n&atilde;o est&aacute; na rota de influ&ecirc;ncia da frente fria, manter&aacute; seu padr&atilde;o de temperatura e umidade, sem os efeitos de resfriamento ou chuvas intensas esperados em outras regi&otilde;es do pa&iacute;s.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/3cbad979-76fd-4d15-89b2-1235d851b523.jpeg?width=1491&amp;height=1491" alt="Fonte: Climatempo">
LEIA MAIS:<a href="https://aratuon.com.br/esportes/sampaio-correa-e-nautico-empatam-em-1-a-1-pela-copa-do-nordeste" target="_blank" rel="noopener"> Sampaio Corr&ecirc;a e Na&uacute;tico empatam em 1 a 1 pela Copa do Nordeste</a>

Devido à frente fria que atinge o litoral baiano, a Travessia Salvador-Morro de São Paulo opera com conexão na Ilha de Itaparica, conforme informou a Associação dos Transportadores Marítimos da Bahia (Astramab), na manhã desta terça-feira (15/10).

Inicialmente, a Travessia Salvador-Morro de São Paulo tinha previsão de operar com viagem direta entre a capital e o Morro. Sendo assim, os catamarãs saem normalmente do Terminal Náutico da Bahia, atracam no Terminal da cidade de Itaparica, de onde os passageiros seguem em ônibus dos operadores até a Ponta do Curral, em Valença, e completam o pequeno trajeto até o Morro de São Paulo em lanchas.

Os horários de saída em Salvador são 9h, 10h30 e 14h30. De Morro de São Paulo, as saídas acontecem às 11h30, 14h e 15h.

Com conexão, o tempo da viagem fica em 3h e 20m, ou seja, uma hora a mais em relação à viagem direta.

Travessia Salvador-Mar Grande segue operando normalmente

Por sua vez, a Travessia Salvador-Mar Grande segue operando normalmente e cumprindo horários de saída de meia em meia hora nos terminais de Vera Cruz, na Ilha de Itaparica, e no Terminal Náutico, na capital.

Também operam sem restrições nesta terça-feira as escunas de turismo que fazem o passeio pelas ilhas da Baía de Todos-os-Santos. As escunas começaram a deixar o Terminal Náutico às 8h e retornam a Salvador às 17h. No roteiro do passeio estão previstas duas paradas: a primeira em Ilha dos Frades e a segunda em Itaparica.

LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/cidade/2024-10-14/frente-fria-chega-a-salvador-nesta-semana-previsao-e-de-90-de-chances-de-chuva/" target="_blank" rel="noopener">Frente fria chega a Salvador nesta semana; previsão é de 90% de chances de chuva</a>

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O evento de encerramento do Projeto Resiliências Climáticas: Boas Práticas de Adaptação à Mudança do Clima acontece em Salvador, nos dias 18 e 19 de setembro. O projeto busca fortalecer a participação das comunidades tradicionais na promoção de políticas públicas de adaptação climática nos biomas Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga, além das áreas costeiras baianas.
A programação inclui painéis sobre gênero, juventude, políticas socioambientais e boas práticas de adaptação climática.
Criado em outubro de 2021, o Projeto Resiliências Climáticas é desenvolvido com povos e comunidades tradicionais que vivem em áreas representativas dos biomas Cerrado, Caatinga, Mata Atlântica e das zonas costeiras da Bahia. O protagonismo das comunidades locais é reforçado em três pilares: capacitação e multiplicação de agentes do conhecimento; fortalecimento dos saberes ancestrais e monitoramento das políticas públicas.
A iniciativa é desenvolvida pela ONG italiana COSPE (Cooperazione per lo Sviluppo dei Paesi Emergenti) e o Grupo Ambientalista da Bahia (Gambá), com apoio da União Europeia.
PROGRAMAÇÃO
A abertura do evento acontece nesta quarta-feira (18/9), a partir das 13h30, com o Encontro da Rede Convergência pelo Clima, um conjunto de instituições que propõe, implementa, monitora e avalia políticas públicas relacionadas às mudanças climáticas na Bahia. Em seguida, ocorrerá o painel Gênero, Juventude e Mudanças Climáticas, que discutirá a diversidade nas decisões dadas para as profundas desigualdades sociais e econômicas existentes no país.
Na sequência, ocorre a elaboração da Carta da Rede Convergência pelo Clima, com diretrizes e estratégias de adaptação climática.
No segundo dia do evento, quinta-feira (19), a programação inicia com a apresentação dos resultados do projeto ao longo dos três anos de atuação. O painel Políticas Socioambientais em um Contexto de Mudanças Climáticas trará discussões sobre transição energética e apresentação do Relatório Luz de monitoramento de políticas ambientais.
Em seguida, acontece o Lançamento da Plataforma Colaborativa dos Povos, Culturas e da Natureza, construída com o auxílio das comunidades participantes do projeto.
À tarde, o painel Planejamento Local para Adaptação às Mudanças Climáticas discute a necessidade de abordar as especificidades de cada bioma, seguido do painel A Visão Territorial para a Resiliência Climática, que fala sobre como essas ações podem ser coordenadas a partir de uma perspectiva macro.
O evento encerra com uma troca de experiências sobre Boas Práticas de Adaptação às Mudanças Climáticas, um momento de reafirmação da meta do projeto: “Valorizar o saber ancestral para pertencer. Pertencer para decidir coletivamente. Decidir por resiliência climática”.
SERVIÇO:
Evento de Encerramento do Projeto Resiliências Climáticas: Boas Práticas de Adaptação à Mudança do Clima em Áreas Costeiras e nos Biomas Mata Atlântica, Cerrado e Caatinga
Quando: 18 e 19 de setembro de 2024
Onde: Grande Hotel da Barra, Salvador
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Uma ação realizada no semiárido baiano está mobilizando mulheres da região para lutar pela causa ambiental local. O projeto “Mulheres do Jacuípe: construindo justiça socioambiental e resiliência climática no semiárido” tem como objetivo contribuir para a construção de um mundo mais sustentável e equitativo, tendo mulheres e jovens como protagonistas das mudanças sociais.

Iniciativa da Rede Pintadas, através da Plataforma de Mulheres de Base Praticantes de Resiliência e com apoio da Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE), o projeto está atuando para fortalecer as capacidades das mulheres do Território Bacia do Jacuípe.

Mais de 60% do território baiano está localizado na região semiárida, com imensas áreas vulneráveis à desertificação e a ausência de políticas públicas. Vale lembrar que Pintadas foi o primeiro município do Nordeste a universalizar a cobertura hídrica na zona rural por meio de tecnologias sociais.

Marcado pela escassez hídrica e altos índices de desigualdades sociais, o semiárido perdeu 300 mm de chuva nos últimos anos, o que afeta cada vez mais a produção de alimentos, indicadores econômicos, a qualidade de vida das pessoas e favorece a violação de direitos humanos. O resultado é a migração e perda de jovens com capacidade produtiva para as grandes cidades, prejudicando a possibilidade de respostas para esses problemas.

A jovem Ranielle Lima dos Santos, de 22 anos, optou por ajudar a construir ações de resiliência e continua vivendo no semiárido. Orgulha-se de fazer parte da terceira geração de Lameiro, situada na cidade de Pintadas. A comunidade assentada é marcada pela luta pelo direito à terra e pela resiliência de mulheres agricultoras por melhores condições de vida e de trabalho através de movimento social local no embate à grilagem de terras.

Ranielle está participando dos encontros presenciais e remotos e tirando aprendizados importantes. “O diálogo é fundamental para discutir estratégias para futuras intervenções e execução de ações urgentes para mitigar os efeitos da seca”, avalia a estudante de Licenciatura em Letras/Literaturas pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB).

Foi a atuação na Rede Pintadas, através do Programa Cadenas de Valores, que viabilizou o primeiro emprego da jovem quilombola. “Tive a oportunidade de ecoar minha voz em prol do pertencimento de movimentos sociais, a garantia de direitos coletivos e individuais”, destaca. Preocupada com a escassez de jovens nos espaços de debate e transformação social, Rannielle aposta na visibilidade e valorização das mulheres e jovens para a construção de diálogo e proposição de soluções com órgãos públicos e sociedade civil. “Projetos como esses me permitem rememorar de forma mais consciente a luta de minha comunidade e das minhas matriarcas, minha vozinha e minha mainha, a partir da compreensão das possibilidades de construção coletiva”, atesta.

O projeto Mulheres do Jacuípe está alinhado com a Agenda 2030, da Organização das Nações Unidas (ONU), a qual estabelece um conjunto de objetivos para o desenvolvimento sustentável para promover um mundo justo e igualitário para todos e todas.

“Foram mais de 300 organizações de todo Brasil inscritas, sendo que 24 foram contempladas. A Rede Pintadas é uma delas. Nosso foco é empoderar as mulheres para atuar a favor da pauta climática”, explica Neia Bastos, que integra a coordenação da Plataforma de Base de Mulheres da Rede Pintadas.

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Salvador foi a quinta cidade do país com maior alta de temperatura entre dezembro de 2023 e fevereiro de 2024. No período, a cidade ficou 0,84°C mais quente, de acordo com um estudo feito pela organização estadunidense "Climate Central", de monitoramento meteorológico. A pesquisa analisou 175 países e 678 cidades em todo o mundo, entre elas, 15 são brasileiras.

No <a href="https://assets.ctfassets.net/cxgxgstp8r5d/1MIMyO7isC5mLwnx5jvGil/51784bf8aff2c6b18ba166d395fa59ae/Climate_Central_Seasonal_Attribution_Report__Dec_2023_-_Feb_2024_.pdf">relatório do estudo</a>, publicado pela organização, são evidenciados alguns destaques do estudo referente à América do Sul, que, de alguma maneira, explica a posição de Salvador no ranking. "O padrão mostra uma exposição muito maior a temperaturas climáticas alteradas ao longo do equador, com muitos lugares no norte da América do Sul, África Central e o Arquipélago Malaio tendo mais de 60 dias de Índice de Mudança Climática nível 2 ou superior".

No ranking apontado pelo estudo climático, quem domina o topo da lista é a cidade Vila Velha (ES), com aquecimento de 1,15ºC, Goiânia (GO), com aumento de 0,99ºC na temperatura, e Campinas (SP), que registrou alta de 0,93ºC na temperatura média. A nível mundial, Minneapolis, nos Estados Unidos, foi a que mais sofreu com as mudanças, com mais 5,59ºC de alta entre dezembro de 2023 e fevereiro deste ano.

Ranking de cidades brasileiras com maiores altas de temperatura nos últimos meses: 

1. Vila Velha: 1,15°C

2. Goiânia: 0,99°C

3. Campinas: 0,93°C

4. Recife: 0,90°C

5. Salvador: 0,84°C

6. Maceió: 0,77°C

7. Manaus: 0,70°C

8. Belém: 0,63°C

9. Curitiba: 0,60°C

10. Brasília: 0,59°C

11. Guarulhos: 0,56°C

12. São Paulo: 0,54°C

13. Rio de Janeiro: 0,47°C

14. Porto Alegre: 0,46°C

15. São Gonçalo: 0,17°C

LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/politica/2024-03-20/cientista-politico-da-dicas-a-candidatos-para-formacao-de-propostas-nas-eleicoes-municipais/">Cientista político dá dicas a candidatos para formação de propostas nas eleições municipais</a>

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Diante da epidemia de dengue, na qual a maior parte do Brasil é impactada, a secretária da Saúde da Bahia, Roberta Santana, alertou a população para influência direta que as mudanças climáticas no planeta podem ter na proliferação do mosquito Aedes aegypti, vetor de transmissão de dengue, zika e chikungunya.
Questionada se a epidemia poderia promover mudanças de hábito como nos dois anos de pandemia de Covid-19, ela disse que a população precisará se atentar às mudanças climáticas proporcionadas pela ação humana. “Primeiro que parte do processo de conscientização. Eu acho que tem que realmente acontecer uma mudança de hábito, mas, sobretudo, nas condições climáticas. Parte desse dessa epidemia vem da condição climática adversa”, avaliou, em entrevista ao Aratu On.
Até a manhã desta sexta-feira (1/3), oito pessoas morreram em decorrência da dengue, de acordo com informações oficiais divulgadas pela Sesab. “Acho que a gente precisa refletir sobre isso e, sim, provocar a população numa mudança, não só de comportamento para não proliferação do vetor, mas, sobretudo nas questões ambientais para que a gente não tenha um impacto tão grande e provoque situações como o crescimento exponencial de circulação de casos de dengue”, concluiu.
A Bahia registra um aumento significativo de casos de Dengue, com 16.771 casos prováveis até 24 de fevereiro de 2024, quase o dobro em comparação ao mesmo período do ano anterior. Atualmente, 64 cidades estão em estado de epidemia, com a região Sudoeste sendo a mais afetada. Além disso, foram confirmados cinco óbitos decorrentes da doença nas localidades de Ibiassucê, Jacaraci, Piripá e Irecê.
LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/saude/2024-02-28/bahia-adere-ao-dia-d-de-mobilizacao-nacional-contra-a-dengue/">Bahia adere ao Dia D de mobilização nacional contra a Dengue</a>
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*Publieditorial

Durante a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), realizada no começo de dezembro em Dubai, a Acelen apresentou ao mundo seu projeto “Acelen Renováveis”. A empresa anunciou um aporte de US$ 2,5 bilhões para investimentos em combustíveis renováveis, SAF (Combustível Sustentável de Aviação) e o Diesel Renovável, a partir da macaúba brasileira.

O objetivo da ação foi apresentar globalmente o projeto da empresa “que colocará o Brasil um passo adiante na transição energética mundial”. No evento, a Acelen Renováveis reforçou o compromisso de apoiar o planeta a reduzir significativamente suas emissões de CO2, integrando e apoiando o desenvolvimento social e ambiental.

“Vamos produzir no Brasil o combustível do futuro, em um projeto ‘fully sustainable’: econômico, social e ambientalmente. Muito feliz em poder dizer que a Acelen Renováveis já faz parte da semente do futuro”, comentou Luiz de Mendonça, CEO da empresa.

LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/mundo/2023-12-11/brasil-e-oficialmente-anunciado-como-sede-da-cop30-em-2025/" target="_blank" rel="noopener">Brasil é oficialmente anunciado como sede da COP30 em 2025</a>

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*Agência Brasil

Os riscos apresentados pelas mudanças climáticas no Brasil podem levar à proliferação de vetores, como o mosquito Aedes aegypti e, em consequência, ao agravamento de arboviroses, como dengue, zika e chikungunya. O alerta é de levantamento na área da saúde feito pela plataforma AdaptaBrasil, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). As projeções indicam também expansão da malária, leishmaniose tegumentar americana e leishmaniose visceral.

O trabalho levou em conta as temperaturas máxima e mínima, a umidade relativa do ar e a precipitação acumulada para associar a ocorrência do vetor, que são os mosquitos transmissores das diferentes doenças em análise. A AdaptaBrasil avalia também a vulnerabilidade e a exposição da população a esses vetores.

“Uma temperatura maior, com uma precipitação maior, pode levar a uma maior proliferação de diferentes mosquitos, insetos que são transmissores dessas doenças, conhecidas como arboviroses”, explicou à Agência Brasil o coordenador científico da plataforma, Jean Ometto. “Normalmente, a gente tem ocorrência maior de dengue e chikungunya no verão”, observou.

Outro elemento analisado na plataforma é o quanto a população está exposta e o quão vulnerável ela é à ocorrência dessas doenças. “A gente percebe que, em determinadas regiões, pode haver um aumento da ocorrência dessas enfermidades e populações mais vulneráveis e expostas ficam mais suscetíveis a adoecerem por essas diferentes doenças”,disse Ometto, acrescentando que a identificação de que regiões poderão ser mais atingidas depende do tipo da doença.

PROBLEMA SOCIAL
O coordenador científico da AdaptaBrasil esclareceu que, normalmente, essas doenças acontecem quando há uma pessoa ou outro organismo animal que possa estar infectado. Em geral, populações mais vulneráveis, que apresentem condições de saúde e habitação mais precárias, tendem a ficar mais suscetíveis a uma ocorrência maior da doença.

“Hoje já é assim. Mas a tendência é que isso se agrave. A gente vê hoje que muitas dessas doenças não são exclusivas de populações menos favorecidas. Mas a ocorrência maior é nessas populações. E isso tende a se agravar”, explicou.

Ometto alertou que se trata de um problema social “super dramático”, que precisa ser resolvido.

De acordo com Ometto, condições melhores de vida, saúde e infraestrutura ajudam e contribuem bastante para que a população fique menos exposta a essas doenças, de modo a que possam ser atacadas de forma sistêmica, a partir do planejamento territorial, de atendimento e de emergência em saúde.

O Brasil, segundo Ometto, tem uma estrutura de apoio à saúde muito importante, que é o Sistema Único de Saúde (SUS), bastante singular no mundo. “Só que a gente não está preparado para situações emergenciais. Quando ocorre um pico de doença, o país não tem estrutura física que possa atender a todos que estão doentes. Os postos de atendimento ficam sobrecarregados. Isso tende a se agravar”.

ATUAÇÃO AMPLIADA
O coordenador da AdaptaBrasil defende que essa estrutura precisa ser pensada dentro de um contexto de amplitude de atuação e de acesso, e melhorada em termos de infraestrutura, capacidade de atendimento, qualificação das pessoas que estão atendendo nesses locais, além de planos para que situações emergenciais possam ser atendidas.

“É preciso olhar para o sistema de saúde de forma sistêmica, desde a população em si até os sistemas de atendimento”.

Outra coisa importante para Ometto, é olhar de maneira preventiva todo o processo, de modo a identificar quais são os elementos em que pode atuar, seja no controle de proliferação dos insetos, seja na infraestrutura e qualidade das habitações, até a situação de atendimento às ocorrências.

“Esse olhar sistêmico para a saúde é superimportante. E o que vai acabar acontecendo com as mudanças climáticas é o agravamento. A gente está caminhando para um outro nível de impacto associado às mudanças do clima”, alertou.

O coordenador da Adapta Brasil lembra da falta de estrutura observada recentemente durante a pandemia da covid-19. “Era algo que as pessoas diziam que podia acontecer mas, quando aconteceu, não tinha infraestrutura, nem capacitação dos profissionais, dos equipamentos. Essa analogia é muito importante e muito válida”, ponderou Ometto.

Ele chama a atenção que, durante a covid-19, as populações mais impactadas e que mais sofreram foram as menos favorecidas de alguma forma, as mais carentes. “Estratos da sociedade que são mais vulneráveis realmente pelas condições sociais e econômicas”.

O pesquisador informou que a plataforma está trabalhando, no momento, dados referentes à dengue e à zika. Os resultados deverão ser divulgados no início de 2024. Já os dados da chikungunya estão previstos para lançamento ao longo do próximo ano.

IMPACTO
Ometto explicou que a plataforma apresenta um risco de impacto. “Ela não apresenta uma situação emergencial nem de ocorrência efetiva. Aponta as condições de infraestrutura, sociais, econômicas e ambientais em determinado município em que, em um evento associado às mudanças climáticas, a ocorrência de determinada arbovirose possa ser maior ou não”.

A AdaptaBrasil pretende ser uma ferramenta para o planejamento territorial de ações setoriais, como saúde, considerando a mudança climática como algo que já está afetando a sociedade brasileira. A plataforma permite ver o risco de que isso possa acontecer. Dentro dos elementos que compõem, na realidade, o risco de impacto, como vulnerabilidade e exposição, o gestor municipal pode identificar os indicadores que levam a um potencial agravamento da situação de ocorrência de determinada enfermidade. Também a sociedade civil pode se basear nos dados da plataforma para tomar decisões sobre ações, ou seja, tomar atitudes para reduzir o nível de risco.

A AdaptaBrasil trabalha junto com o MCTI e o Ministério do Meio Ambiente (MMA) para que a plataforma seja uma das ferramentas de apoio ao Plano Nacional de Adaptação, de planejamento de ações de adaptação, em decorrência das mudanças climáticas no país.

EXPANSÃO
Jean Ometto esclareceu que, no momento, nesse trabalho feito em parceria com a Fiocruz, o foco são as arboviroses. A ideia, porém, é ampliar a pesquisa para ondas de calor, que afetam sistemas cardiovascular e respiratório. “Estamos entrando esta semana em mais uma onda de calor e devemos passar 70 dias com temperatura acima da média para o período e que pode afetar, sem dúvida, a saúde das pessoas”.

O tema será trabalhado ao longo de 2024, anunciou Ometto.

O objetivo é trazer informação científica mais atualizada sobre a temática. A plataforma se baseia em informações científicas para que possa ter um lastro importante a fim de que as decisões sejam tomadas com base na melhor ciência existente no país.

Jean Ometto é pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), onde atua na Divisão de Impactos, Adaptações e Vulnerabilidades, que estuda a questão das mudanças climáticas em diversos setores, e um dos maiores especialistas em impacto e vulnerabilidade de adaptação atualmente no Brasil. Ele também é membro do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) nessa temática.

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Foi oficializada nessa segunda-feira (11/12), durante a 28ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP28), que o Brasil será a sede da trigésima edição da COP, realizada em 2025. Após votação plenária, realizada no encontro que acontece em Dubai, indicou que Belém receberá a reunião sobre o clima.
Será a primeira vez que a região da Amazônia, tema central das discussões climáticas da cúpula, sediará uma edição de COP, que acontece entre 10 e 21 de novembro de 2025. Também foi decidido que a edição de 2024 (COP29) será no Azerbaijão.
O anúncio foi feito pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e a candidatura para sediar a COP30 em Belém havia sido endossada pelo Grupo dos Estados da América Latina e do Caribe em maio de 2023. Confira o momento do anúncio:

<blockquote class="twitter-tweet" data-media-max-width="560">
<a href="https://twitter.com/hashtag/COP28?src=hash&amp;ref_src=twsrc%5Etfw">#COP28</a> | “É com grande satisfação que informo a nossa decisão de realizar a COP de 2025 na Amazônia brasileira, um bioma essencial para conter o aquecimento global.” Marina Silva, do <a href="https://twitter.com/mmeioambiente?ref_src=twsrc%5Etfw">@mmeioambiente</a>, durante oficialização da COP30 no Brasil. <a href="https://t.co/OBpabKJMac">pic.twitter.com/OBpabKJMac</a>
— SecomVc (@secomvc) <a href="https://twitter.com/secomvc/status/1734254809916547191?ref_src=twsrc%5Etfw">December 11, 2023</a></blockquote>
<script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>
A COP 28, ainda em curso, deverá concluir o primeiro balanço global do Acordo de Paris. Caberá à COP29, em, 2024, definir o novo objetivo quantificável de financiamento do clima. Até a COP 30, em 2025, os países apresentarão a segunda rodada de contribuições nacionalmente determinadas (NDCs).
A emergência climática exige de todos os países que, nos dois anos até a COP 30, redobrem esforços para implementar as NDCs já assumidas. E que, em Belém do Pará, com os meios de implementação necessários, todos os países possam anunciar NDCs mais ambiciosas.
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A cidade de Belém, no Pará, deve ser a segunda mais quente em todo planeta até o ano de 2050, de acordo com um levantamento feito pela ONG Carbon Plan, em parceria com o jornal The Washington Post. A pesquisa afirma que a capital paraense pode ter 222 dias de calor altíssimo, como consequências do aquecimento global.

O estudo aponta que mais de dois bilhões de pessoas estarão expostas a temperaturas superiores a 32°C. A cidade mais quente do globo será Pekambaru, na Indonésia, que deve ter 344 dias de temperaturas altas no ano em questão. Completam a lista de cidades mais atingidas pelo calor Dubai, nos Emirados Árabes e Calcutá, na Índia.

Parte do Brasil sofrerá com uma onda de calor nos próximos dias, com temperaturas entre 40 °C e 45 °C. Isso se deve à presença de uma massa de ar extremamente quente no país, de acordo com a MetSul meteorologia.

Diversos estados serão afetados, como Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro e até mesmo a Bahia. Porém, em Salvador, as temperaturas deverão permanecer na média histórica para o mês de setembro, que varia entre 28°C a 30°C. A informação é do Centro de Monitoramento de Alerta e Alarme da Defesa Civil de Salvador (Cemadec).

A temperatura mais alta registrada em Salvador neste ano foi em 20 de abril de 2023, quando os termômetros bateram a casa de 32,3 °C.

*Informações do SBT News

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