Relat&oacute;rio da Pol&iacute;cia Federal aponta que o ex-comandante da Marinha e&nbsp;do 2&ordm; Distrito Naval de&nbsp;Salvador, Almir Garnier Santos, indiciado pela pr&oacute;pria PF, teria disponibilizado tanques de guerra para aplica&ccedil;&atilde;o do plano golpista que, segundo a investiga&ccedil;&atilde;o, foi liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).&nbsp;

A PF confirma a ades&atilde;o de Garnier ao movimento golpista, que tinha intuito de assassinar o presidente Luiz In&aacute;cio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).&nbsp;

<a href="https://aratuon.com.br/politica/pf-indicia-bolsonaro-e-mais-36-pessoas-por-envolvimento-em-tentativa-de-golpe" target="_blank">+ PF indicia Bolsonaro e mais 36 pessoas por envolvimento em tentativa de golpe</a>

O relat&oacute;rio da PF tamb&eacute;m indica que Garnier estava alinhado ao movimento golpista, embora as For&ccedil;as Armadas, como o Ex&eacute;rcito e a Aeron&aacute;utica, n&atilde;o tenham se juntado &agrave; tentativa de ruptura institucional aderida pela Marinha.

O indiciamento de Garnier baseia-se em mensagens enviadas pelo tenente-coronel S&eacute;rgio Cavaliere, que, em conversas com o ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, o tamb&eacute;m tenente-coronel Mauro Cid, revela o envolvimento de Garnier com a tentativa de golpe.&nbsp;

Em uma das mensagens, Cavaliere relata que um contato identificado como &quot;Riva&quot; confirmou o apoio de Garnier ao plano, dizendo: &ldquo;O Alte Garnier &eacute; PATRIOTA. Tinham tanques no Arsenal prontos.&rdquo; (VEJA ABAIXO)

<img alt="" src="https://storage.googleapis.com/aratu-backend/fotos/aratu_noticias/127800/mg/garnier.jpg" style="width: 536px; height: 553px;" />

Imagem: Pol&iacute;cia Federal

Em outra troca de mensagens, Cavaliere afirma que um &ldquo;amigo da Presid&ecirc;ncia&rdquo; (presumivelmente Mauro Cid) lhe informou sobre o envolvimento da Marinha, enquanto outras for&ccedil;as militares se mantiveram leais &agrave; legalidade.

Al&eacute;m do indiciamento pela participa&ccedil;&atilde;o no golpe, Garnier tamb&eacute;m &eacute; acusado de envolvimento no plano para o assassinato do presidente Lula, parte de uma trama mais ampla de desestabiliza&ccedil;&atilde;o do governo.&nbsp;

O caso foi encaminhado &agrave; Procuradoria-Geral da Rep&uacute;blica (PGR) para os devidos encaminhamentos legais.&nbsp;

<h2>Rela&ccedil;&atilde;o com a Bahia</h2>

Em contraste com seu papel em a&ccedil;&otilde;es antidemocr&aacute;ticas, Garnier &eacute; uma figura conhecida por suas condecora&ccedil;&otilde;es e t&iacute;tulos na Bahia, enquanto comandou o 2&ordm; Distrito Naval, respons&aacute;vel pela divis&atilde;o da Marinha na Bahia e em Sergipe.

O atual vice-almirante da Marinha recebeu diversas honrarias, incluindo a Medalha de M&eacute;rito Policial-Militar do Estado da Bahia, a Medalha Devocional do Senhor Bom Jesus do Bonfim <a href="http://Indiciado com Bolsonaro em inquérito sobre tentativa de golpe recebeu título de Cidadão Baiano">e o t&iacute;tulo de Cidad&atilde;o Baiano, concedido em 2018.</a>

Em 2017, foi agraciado com o t&iacute;tulo de cidadania soteropolitana pela C&acirc;mara Municipal de Salvador e a Medalha Thom&eacute; de Souza, a mais alta honraria da Casa.

Garnier trabalhou no Minist&eacute;rio da Defesa entre junho de 2014 e janeiro de 2017 como assessor especial militar do ministro, tendo servido aos ministros Celso Amorim, Jaques Wagner, Aldo Rebelo e Raul Jungmann. Ap&oacute;s deixar o governo, assumiu o 2&ordm; Distrito Naval, em Salvador.

LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/politica/bolsonaro-sabia-de-plano-parar-matar-lula-e-liderava-plano-golpista-aponta-pf" target="_blank">Bolsonaro sabia de plano para matar Lula e liderava plano golpista, aponta PF</a>

Tudo sobre: garnier

Ex-chefe da Marinha na Bahia ofereceu tanques para aplicar plano golpista, diz PF