Após um cortejo que começou na manhã deste domingo (2/7), o Fogo Simbólico e os carros do Caboclo e da Cabocla chegaram na Praça 2 de Julho, no Campo Grande, em Salvador, em comemoração ao bicentenário da Independência do Brasil na Bahia. O encerramento do desfile cívico foi acompanhado pelo prefeito Bruno Reis (UB) e pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT), que participaram do hasteamento da bandeira e da colocação de flores no Monumento ao 2 de Julho, também conhecido como Monumento ao Caboclo.
Também estiveram presentes na cerimônia a vice-prefeita Ana Paula Matos e o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Adolfo Menezes. Na ocasião, houve a execução do Hino Nacional pelas bandas de Música da Marinha, Exército e Aeronáutica, além de uma nova apresentação da Esquadrilha da Fumaça.
Pela primeira vez na história, uma atleta paralímpica, a campeã na natação Verônica Almeida, acendeu a pira do Fogo Simbólico. O momento solene aconteceu sob os acordes do Hino ao 2 de Julho executado pelo Coral da Polícia Militar e pela Banda de Música Wanderley da Polícia Militar da Bahia.
Distrito Naval
Antes, no início da tarde, segundo informações da Secretaria de Comunicação de Salvador (Secom), o prefeito Bruno Reis participou, ao lado do comandante do 2º Distrito Naval, vice-almirante Antônio Carlos Cambra, da cerimônia alusiva aos 200 anos da Independência do Brasil na Bahia, celebrada na sede do 2º DN, no Comércio.
O evento, que contou com o hasteamento das bandeias do Brasil, da Bahia e de Salvador, segue o mesmo feito ocorrido em 2 de julho de 1823, quando os homens liderados pelo segundo-tenente João Francisco de Oliveira, mais conhecido como João das Botas, comemoraram a retirada das forças portuguesas na Bahia.
Presença de Lula
Na manhã deste domingo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) compareceu ao cortejo do 2 de Julho na Lapinha, no Centro de Salvador. Em vídeo gravado durante o festejo, o presidente diz que a comemoração do bicentenário da Independência do Brasil a Bahia consagra o estado baiano como “capital histórica do Brasil”.
O registro da fala do presidente foi publicado pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT), no Instagram. O presidente fez o percurso do cortejo em um carro aberto ao lado do governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues.
Depois do 2 de Julho, Lula <a href="https://aratuon.com.br/politica/2023-07-02/depois-de-cortejo-do-2-de-julho-lula-vai-participar-de-reuniao-sobre-fiol-e-porto-de-ilheus-na-segunda-feira-3/">cumpre agenda na Bahia</a> na segunda (3/7) e terça-feira (4/7), segundo o governador. Na segunda, os dois fazem reunião em Ilhéus sobre o porto da cidade e as obras da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol). Na terça, Lula participa de exposição de automóveis no Farol da Barra, em Salvador.
Confira a fala completa do presidente sobre a Bahia e o 2 de Julho: 

“A Bahia recuperou a alegria, recuperou a democracia, e eu acho que isso faz bem para a alma do povo brasileiro. Aqui na Bahia, tudo é especial. De vez em quando, me pergunto porque o sucesso da Bahia. O sucesso da Bahia se deve à generosidade do povo baiano. Portanto, esse 2 de Julho é a consagração da Bahia como capital histórica do Brasil”.

O deputado estadual J&uacute;nior Muniz (PT) solicitou ao Governo do Estado a inser&ccedil;&atilde;o da cidade de Cama&ccedil;ari, na Regi&atilde;o Metropolitana de Salvador, no circuito da passagem do fogo simb&oacute;lico das comemora&ccedil;&otilde;es do 2 de Julho, que esse ano celebra os 200 anos da Independ&ecirc;ncia da Bahia.&nbsp;

Atrav&eacute;s de indica&ccedil;&atilde;o apresentada na Assembleia Legislativa (AL-BA) e endere&ccedil;ada ao governador Jer&ocirc;nimo Rodrigues (PT) e ao secret&aacute;rio estadual de Cultura (Secult), Bruno Monteiro, o parlamentar defendeu que o munic&iacute;pio tem, entre os s&iacute;mbolos da data magna, a chamada &ldquo;Estradas das Boiadas&rdquo; como um dos marcos da luta.&nbsp;

Segundo o petista, em conte&uacute;do enviado pela assessoria de comunica&ccedil;&atilde;o &agrave; imprensa, poucos sabem da import&acirc;ncia hist&oacute;rica e comercial da Estrada Real das Boiadas, que era uma trilha de terra que unia a cidade do Salvador a outras capitanias do Brasil. &ldquo;Essa imemorial estrada, que corta Cama&ccedil;ari na regi&atilde;o do bairro do Tri&acirc;ngulo at&eacute; o bairro de Santa Maria, conserva um trecho que servia para passagem do gado bovino criado nos sert&otilde;es do Brasil, destinados &agrave; comercializa&ccedil;&atilde;o na Feira de Capuame, atual munic&iacute;pio de Dias d&rsquo;&Aacute;vila. Esse gado seguia para o abate na cidade do Salvador&rdquo;, ressaltou.&nbsp;

J&uacute;nior Muniz afirma que o trecho remanescente da Estrada Real das Boiadas foi a via de acesso das tropas brasileiras que, no dia 2 de julho de 1823, seguiram vitoriosas com destino a Salvador. Por conta disto, o deputado reivindica a inclus&atilde;o de Cama&ccedil;ari no circuito do fogo simb&oacute;lico, que sai de Cachoeira, passando por Saubara, Santo Amaro, S&atilde;o Francisco do Conde, Candeias, Sim&otilde;es Filho, at&eacute; chegar na capital baiana, na Igreja de S&atilde;o Bartolomeu de Piraj&aacute;, onde est&atilde;o os restos mortais do general franc&ecirc;s Pierre Labatut.&nbsp;

Para justificar o pleito, o parlamentar citou como registro hist&oacute;rico a edi&ccedil;&atilde;o do dia 16 de julho de 1930 do &ldquo;Jornal do Commercio&rdquo;, do Rio de Janeiro: a publica&ccedil;&atilde;o noticiou o reconhecimento do Estado com rela&ccedil;&atilde;o &agrave; import&acirc;ncia de Cama&ccedil;ari na Independ&ecirc;ncia da Bahia. &ldquo;Naquela altura, foi inaugurado pela diretoria do Arquivo do Museu Estadual da Bahia, um marco comemorativo na cidade de Cama&ccedil;ari referente sua presen&ccedil;a e import&acirc;ncia no processo que resultou na entrada das tropas libertadoras na cidade do Salvador, em 1823&rdquo;, completou.&nbsp;

Uma grande festa est&aacute; sendo preparada para comemorar o 2 de julho, data da Independ&ecirc;ncia da Bahia, que foi fundamental para a independ&ecirc;ncia do Brasil. Mas nem todo mundo sabe que tudo come&ccedil;ou em Cachoeira.

Apesar de D. Pedro I ter declarado a independ&ecirc;ncia brasileira no dia 7 de setembro de 1822, &agrave;s margens do Rio Ipiranga, em S&atilde;o Paulo, o pa&iacute;s s&oacute; se tornou livre da coroa portuguesa, de fato, com o movimento revolucion&aacute;rio iniciado na Vila de Cachoeira, em 25 de junho de 1822, que teve o desfecho em Salvador, no dia 2 de julho de&nbsp;1823.

E, para celebrar, as comemora&ccedil;&otilde;es da Independ&ecirc;ncia, bem cedinho, foi realizada em Cachoeira uma missa na igreja matriz onde o fogo simb&oacute;lico foi aceso, aben&ccedil;oado e segue para Salvador.

Estavam presentes na celebra&ccedil;&atilde;o pessoas da comunidade e autoridades locais. O padre H&eacute;lio Vilas Boas explicou que a luz da chama &quot;&eacute; uma homenagem aos guerreiros da independ&ecirc;ncia e representa liberdade&quot;.

Depois do fogo simb&oacute;lico aceso na igreja, homens e mulheres cachoeirenses, oficiais e atletas sa&iacute;ram pelas ruas da cidade acompanhados pelo corpo de bombeiros.

E foi seu Z&eacute; de Zuza, de 80 anos, a pessoa que saiu primeiro com a tocha nas m&atilde;os. Ele j&aacute; faz isso h&aacute; 30 anos e se diz emocionado em participar desse ritual. O aposentado que tinha o of&iacute;cio de pedreiro diz que pretende continuar todo 30 de julho, carregando o fogo simb&oacute;lico pelas ruas at&eacute; quando puder.

A prefeita de Cachoeira, Eliana Gonzaga (Republicanos), tamb&eacute;m correu com a tocha na m&atilde;o pela cidade. E, emocionada, falou com a TV Aratu sobre a import&acirc;ncia da cidade para as independ&ecirc;ncias da Bahia e do Brasil.

E &eacute; por isso que Cachoeira celebra com festa este momento. Estudantes e banda de fanfarra tamb&eacute;m estavam nas ruas animando e comemorando o 199&ordm; ano da Independ&ecirc;ncia da Bahia.

A estudante J&uacute;lia Albergaria, que participa da banda de fanfarra, disse que se sente honrada em homenagear os guerreiros da independ&ecirc;ncia

O grupo de atletas que leva a tocha vai passar por v&aacute;rias cidades como Saubara, Santo Amaro da Purifica&ccedil;&atilde;o, S&atilde;o Francisco do Conde, Candeias, Sim&otilde;es Filho, at&eacute; chegar ao bairro de Piraj&aacute;, em Salvador, onde tamb&eacute;m est&aacute; sendo preparada uma grande festa no pr&oacute;ximo s&aacute;bado (2/7).&nbsp;

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