Uma nota t&eacute;cnica do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de confundiu os internautas ao afirmar que a cloroquina &eacute; eficaz contra a Covid-19 e a vacina, que &eacute; verdadeiramente comprovada, n&atilde;o. Em uma tabela, na p&aacute;gina 25, quando &eacute; questionado sobre se h&aacute; demonstra&ccedil;&atilde;o de efetividade e estudos de controlados e randomizados, para a cloroquina a resposta &eacute; SIM e para a vacina a resposta &eacute; N&Atilde;O. A mesma coisa acontece quando se &eacute; questionado sobre a seguran&ccedil;a do medicamento e da vacina.

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A pasta confirmou que se trata de um erro na nota publicada na sexta-feira (21/1) e assinada pelo secret&aacute;rio de Ci&ecirc;ncia, Tecnologia, Inova&ccedil;&atilde;o e Insumos Estrat&eacute;gicos em Sa&uacute;de, Helio Angotti Neto. O &oacute;rg&atilde;o alegou que a confus&atilde;o aconteceu apenas tabela, e que, observada isoladamente, &ldquo;n&atilde;o traduz o real contexto&rdquo; do que afirmava a nota t&eacute;cnica em quest&atilde;o.

Segundo a CNN, na mesma nota t&eacute;cnica, por&eacute;m na p&aacute;gina 13, em trecho sobre os elementos t&eacute;cnicos e cient&iacute;ficos das diretrizes terap&ecirc;uticas, o documento rejeita o uso da subst&acirc;ncia. &ldquo;Recomendamos n&atilde;o utilizar hidroxicloroquina/cloroquina, isolada ou em associa&ccedil;&atilde;o com azitromicina, em pacientes com suspeita ou diagn&oacute;stico de Covid-19 em tratamento ambulatorial&rdquo;, orienta o Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de.

Em outra parte do texto, a orienta&ccedil;&atilde;o &eacute; ainda mais clara: &ldquo;A cloroquina e a hidroxicloroquina n&atilde;o devem ser utilizadas, independentemente da via de administra&ccedil;&atilde;o (oral, inalat&oacute;ria ou outras)&rdquo;, acrescenta.

ERRO

Al&eacute;m do erro entre o &quot;sim&quot; e o &quot;n&atilde;o&quot;, no final da tabela h&aacute; outra infoma&ccedil;&atilde;o equivocada. &ldquo;Treze estudos controlados e randomizados com dire&ccedil;&otilde;es de efeito favor&aacute;veis &agrave; hidroxicloroquina, com efeito m&eacute;dio de redu&ccedil;&atilde;o de risco relativo de 26% nas hospitaliza&ccedil;&otilde;es, altamente promissor para o uso discricion&aacute;rio e prosseguimento dos estudos&rdquo;, afirma o &oacute;rg&atilde;o.

Depois, ao analisar as vacinas, a pasta diz que h&aacute; &ldquo;dezoito ensaios n&atilde;o finalizados, dos quais, oito ainda em fase de recrutamento, nove ainda n&atilde;o finalizaram o seguimento e um finalizado, mas ainda em fase insuficiente para a avalia&ccedil;&atilde;o de seguran&ccedil;a&rdquo;.

Diversos m&eacute;dicos e cientistas constestaram as informa&ccedil;&otilde;es, j&aacute; que todas as vacinas liberadas pela Ag&ecirc;ncia Nacional de Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria (Anvisa) s&atilde;o eficazes, ao contr&aacute;rio da cloroquina, cujos testes n&atilde;o apresentaram conclus&otilde;es favor&aacute;veis. Com o debate, o Minist&eacute;rio da S&aacute;ude divulgou uma nota esclarecendo o ocorrido.

&quot;O Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de esclarece que em nenhum momento afirmou que medicamentos contra Covid s&atilde;o seguros para tratamento da doen&ccedil;a, nem questionou a seguran&ccedil;a das vacinas, que &eacute; atestada pela ag&ecirc;ncia reguladora. A interpreta&ccedil;&atilde;o foi retirada erroneamente de uma manifesta&ccedil;&atilde;o de nota t&eacute;cnica da Secretaria de Ci&ecirc;ncia, Tecnologia, Inova&ccedil;&atilde;o e Insumos Estrat&eacute;gicos (SCTIE). [...] A interpreta&ccedil;&atilde;o de que ela afirma exist&ecirc;ncia de evid&ecirc;ncias para o medicamento cloroquina e n&atilde;o exist&ecirc;ncia de evid&ecirc;ncias para vacinas &eacute; errada e descontextualizada&quot;, explica.

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A Pfizer e a BioNTech comunicaram nesta segunda-feira (20/9) que a vacina que desenvolveram em parceria induz uma resposta imune contra Covid-19 em crian&ccedil;as de entre 5 e 11 anos. Ambas planejam pedir autoriza&ccedil;&atilde;o para que a vacina seja aplicada nesta faixa et&aacute;ria &agrave;s autoridades dos Estados Unidos, da Europa e de outros locais.

No ensaio cl&iacute;nico, as crian&ccedil;as de 5 a 11 anos receberam uma dose de 10 microgramas da vacina, um ter&ccedil;o da dose dada a pessoas com mais de 12 anos. Segundo o comunicado, &nbsp;isso gerou resposta imune no levantamento cl&iacute;nico de Fases 2 e 3 e os resultados se equivalem ao que observaram anteriormente entre pessoas de 16 a 25 anos de idade.

&ldquo;Desde julho, casos pedi&aacute;tricos de Covid-19 aumentaram em cerca de 240% nos Estados Unidos &ndash;enfatizando a necessidade de sa&uacute;de p&uacute;blica de vacina&ccedil;&atilde;o&rdquo;, disse o presidente-executivo da Pfizer, Albert Bourla,&nbsp;&agrave; imprensa.

Ainda de acordo com as empresas, o perfil de seguran&ccedil;a tamb&eacute;m foi, no geral, compar&aacute;vel ao da faixa et&aacute;ria mais elevada. &ldquo;Os resultados desse teste fornecem uma funda&ccedil;&atilde;o s&oacute;lida para buscar autoriza&ccedil;&atilde;o de nossa vacina para crian&ccedil;as de entre 5 e 11 anos, e planejamos entregar o pedido &agrave; FDA (ag&ecirc;ncia reguladora dos EUA) e outros reguladores com urg&ecirc;ncia.&rdquo;, asseguram.

Casos da doen&ccedil;a tamb&eacute;m est&atilde;o em alta, particularmente porque em crian&ccedil;as com menos de 12 anos, que ainda n&atilde;o est&atilde;o sendo vacinadas, t&ecirc;m aumentado. Entretanto, n&atilde;o h&aacute; nenhuma indica&ccedil;&atilde;o de que, al&eacute;m de ser mais transmiss&iacute;vel, a Delta seja mais perigosa para crian&ccedil;as.

As empresas disseram esperar os dados sobre como a vacina atua em crian&ccedil;as de entre 2 e 5 anos e em beb&ecirc;s de 6 meses a 2 anos at&eacute; o quarto trimestre deste ano.

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