Dois dos tr&ecirc;s principais circuitos do Carnaval de Salvador levam os nomes deles: Dod&ocirc; e Osmar, conhecidos como os pais do trio el&eacute;trico, um dos maiores s&iacute;mbolos do Carnaval de Salvador. E neste ano de 2025, que marca os 40 anos de ax&eacute; music, a folia momesca tamb&eacute;m celebra os 75 anos dessa inven&ccedil;&atilde;o ic&ocirc;nica. &nbsp;
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/23ad4313-d619-4877-b17c-76c32f92e9d5.JPG?width=615&amp;height=470" alt="Fobica foi o primeiro trio el&eacute;trico. Foto: Acervo | Armandinho Dod&ocirc; e Osmar">
H&aacute; controv&eacute;rsias, no entanto, quanto a esse anivers&aacute;rio. Isso porque a Fobica &ndash; o Ford T modificado que ficou conhecido como o primeiro trio el&eacute;trico &ndash; desfilou pela primeira vez no Carnaval de Salvador no ano de 1951. Assim, s&atilde;o 74 anos, e n&atilde;o 75. &nbsp;
Para saber mais sobre a hist&oacute;ria do trio el&eacute;trico, o Aratu On ouviu o jornalista Nelson Cadena, especialista em Carnaval e autor do livro "Hist&oacute;ria do Carnaval da Bahia: 130 anos do Carnaval de Salvador"; o m&uacute;sico Armandinho, filho de Osmar Macedo e mestre da guitarra baiana; e Carlos Jos&eacute;, mais conhecido como Carlinhos de Dod&ocirc;, neto de Ant&ocirc;nio Adolfo do Nascimento, o Dod&ocirc;, respons&aacute;vel pela engenhosidade do primeiro trio el&eacute;trico. &nbsp;
<h3 style="text-align: justify;">O in&iacute;cio &nbsp;</h3>
Segundo Carlinhos, Dod&ocirc; era "pupilo e mestre" de Osmar. Dod&ocirc; tinha 25 anos e j&aacute; tocava com Dorival Caymmi quando conheceu o virtuoso Osmar, ent&atilde;o com 15. Resumidamente, o primeiro, que era luthier (constr&oacute;i instrumentos), fez a r&eacute;plica de um viol&atilde;o para si mesmo e um cavaquinho para Osmar. Ficaram conhecidos como "Dupla El&eacute;trica".
Em 1951, ent&atilde;o, a dupla adaptou um Ford 1929 da fam&iacute;lia Macedo, colocando instrumentos "eletrificados". Os paus el&eacute;tricos (antecessores da guitarra baiana) foram ligados na bateria do carro que desfilou pelas ruas de Salvador, atraindo diversas pessoas. Quando um terceiro amigo, Tem&iacute;stocles Arag&atilde;o, se juntou a Dod&ocirc; e Osmar, eles ficaram conhecidos como "Trio El&eacute;trico". Ou seja, o nome do grupo simbolizou, posteriormente, a inven&ccedil;&atilde;o e suas atualiza&ccedil;&otilde;es.
Segundo o jornalista Nelson Cadena, Dod&ocirc; e Osmar trouxeram duas grandes inova&ccedil;&otilde;es: a amplifica&ccedil;&atilde;o do som e a cria&ccedil;&atilde;o da guitarra baiana. &ldquo;Eles quebraram um viol&atilde;o e fizeram adapta&ccedil;&otilde;es tecnol&oacute;gicas para criar o som que seria amplificado pelas cornetas. A partir da&iacute;, surgiram outros trios, j&aacute; n&atilde;o mais na Fobica. Os pr&oacute;prios Dod&ocirc; e Osmar passaram a sair numa caminhonete e, posteriormente, em caminh&otilde;es&rdquo;, explica Cadena. &nbsp;
A vis&atilde;o comercial do trio el&eacute;trico veio na d&eacute;cada de 1970, com Orlando Campos, mais conhecido como Orlando Tapaj&oacute;s. De acordo com Cadena, ele foi respons&aacute;vel por expandir os trios el&eacute;tricos para al&eacute;m da Bahia. &ldquo;Ele come&ccedil;ou a adaptar caminh&otilde;es para a festa, criando os trios em ve&iacute;culos maiores, muitas vezes contratados por pol&iacute;ticos do interior da Bahia e de outros estados para divulgar seus nomes. Os trios el&eacute;tricos passaram a circular por S&atilde;o Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Curitiba e Recife, tornando-se um fen&ocirc;meno nacional.&rdquo; &nbsp;
No entanto, o trio el&eacute;trico n&atilde;o teve, de imediato, grande repercuss&atilde;o na m&iacute;dia. &ldquo;Fazia sucesso na avenida, o p&uacute;blico gostava, mas a cobertura dos jornais era voltada para escolas de samba e clubes. Isso come&ccedil;ou a mudar com Caetano Veloso, que comp&ocirc;s m&uacute;sicas espec&iacute;ficas para o trio, como 'Atr&aacute;s do Trio El&eacute;trico', e atraiu a aten&ccedil;&atilde;o da imprensa nacional&rdquo;, acrescenta o jornalista.&nbsp;
Ap&oacute;s o ex&iacute;lio em Londres, Caetano voltou ao Brasil como uma personalidade de destaque e foi um "grande promoter" do Carnaval da Bahia, na &eacute;poca. Tanto que um dos mais de 40 trios constru&iacute;dos por Orlando Campos foi a famosa Caetanave, em homenagem ao filho de Dona Can&ocirc;. "Orlando ganhou muito dinheiro com essa inova&ccedil;&atilde;o, mas tamb&eacute;m gastou tudo", comenta Cadena. &nbsp;
<h3 style="text-align: justify;">As vozes do trio el&eacute;trico</h3>
Mais novidade estava por vir. Tamb&eacute;m nos anos 70, Moraes Moreira e Baby (ent&atilde;o Consuelo, hoje 'do Brasil'), da banda Novos Baianos, tornaram-se os primeiros cantores de trio el&eacute;trico. "Moraes trouxe a inova&ccedil;&atilde;o do c&acirc;ntico. Antes, o trio el&eacute;trico era puramente instrumental. As pessoas compravam os discos, decoravam as m&uacute;sicas e at&eacute; cantavam, mas no trio el&eacute;trico ainda n&atilde;o era poss&iacute;vel cantar", explica Nelson Cadena. "Eles utilizaram um equipamento especial para isso, permitindo que, pela primeira vez, os baianos ouvissem vozes saindo dos trios el&eacute;tricos. Foi um sucesso que n&atilde;o parou mais", acrescenta o jornalista, destacando ainda a sa&iacute;da de Moraes do grupo e se juntando a Dod&ocirc; e Osmar.&nbsp;
Cabe ressaltar que a m&uacute;sica cantada j&aacute; existia nos blocos afro, mas n&atilde;o no trio el&eacute;trico. Os outros blocos, como Internacionais e Coruja, eram formados por orquestras de m&uacute;sica instrumental.&nbsp;
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/e4908c24-55c0-4990-9749-09e7049976ef.jpeg?width=1600&amp;height=739" alt="Dod&ocirc; e Osmar, os inventores do trio el&eacute;trico. Foto: Reprodu&ccedil;&atilde;o Document&aacute;rio &ldquo;60 anos de trio el&eacute;trico&rdquo; ">
<h3 style="text-align: justify;">O orgulho de Armandinho &nbsp;</h3>
Ser filho de um dos inventores do trio el&eacute;trico &eacute; motivo de orgulho para Armandinho, que seguiu os passos do pai e se tornou o maior expoente da guitarra baiana. "Eu fui movido pela m&uacute;sica e criado tendo como mestre o meu velho Osmar, por isso o orgulho e a satisfa&ccedil;&atilde;o s&atilde;o imensas", afirma. Ele refor&ccedil;a que o pai e Dod&ocirc; tiveram uma import&acirc;ncia fundamental na vida dele. "Me ensinaram a criar instrumentos, a desenvolver esse instrumento criado por eles, que originou o trio el&eacute;trico. Instrumento tocado por meu pai de uma forma contagiante e que dei o nome de guitarra baiana", conta. "Valorizou muito mais a m&uacute;sica que a gente faz aqui, que &eacute; a m&uacute;sica 'trieletrizada'", completa.
Armandinho lembra que, na inf&acirc;ncia, adorava contar para os colegas de escola que seu pai era um dos criadores do trio el&eacute;trico, embora poucos acreditassem. At&eacute; quando trabalhou na Rede Tupi de Televis&atilde;o e quis levar o trio el&eacute;trico para o Rio de Janeiro, desdenhavam. "Que! Seu pai inventou nada. Vai dizer que inventou a baiana de acaraj&eacute; tamb&eacute;m?", lembra.
"N&atilde;o era uma coisa entendida, ainda, historicamente. E a gente fez isso. A gente conseguiu levar, a partir da m&uacute;sica de Caetano Veloso, 'Atr&aacute;s do Trio El&eacute;trico s&oacute; n&atilde;o vai quem j&aacute; morreu'. Caetano era a grande revela&ccedil;&atilde;o da m&uacute;sica jovem nesse momento, em 1969. Isso da&iacute; deu for&ccedil;a pra gente", acrescenta.
Em 1974, Osmar conseguiu patroc&iacute;nio para o trio el&eacute;trico, para que os filhos se apresentassem, agora como banda, que teve como parceiro Moraes Moreira. "Abre esse portal para os outros seguidores que j&aacute; acompanhavam a gente", conta.
<h3 style="text-align: justify;">A evolu&ccedil;&atilde;o do trio</h3>
"O trio era o que havia de mais novo na tecnologia sonora desses instrumentos criados por Dod&ocirc; e Osmar, esses instrumentos maci&ccedil;os que projetavam o som &agrave; dist&acirc;ncia. Dod&ocirc;, o g&ecirc;nio da eletr&ocirc;nica, que fazia amplifica&ccedil;&atilde;o e a capta&ccedil;&atilde;o, e meu pai sempre elaborando com ele, com a m&uacute;sica. Dois caras geniais", declara Armandinho. "A partir da&iacute; o trio s&oacute; cresce. Agora os trios t&ecirc;m leds, sons e tudo o que tem de mais moderno. At&eacute; a minha guitarra, n&atilde;o paro de reformar e adicionar elementos novos da tecnologia", revela.
"O trio el&eacute;trico &eacute; a grande escola de todos esses artistas que est&atilde;o a&iacute; hoje", completa o m&uacute;sico. Por isso, para ele, a ess&ecirc;ncia do Carnaval baiano deve ser preservada. "O Carnaval tem que vir do ch&atilde;o da Bahia, do povo. N&atilde;o podemos perder essa identidade trazendo atra&ccedil;&otilde;es que n&atilde;o representam nossa cultura", defende. &nbsp;
<h3 style="text-align: justify;">Dod&ocirc;: o preto inventor</h3>
"Dod&ocirc; era um g&ecirc;nio da eletr&ocirc;nica. Foi uma sumidade. Salvador tem um preto inventor. Ele foi o respons&aacute;vel por desenvolver as inova&ccedil;&otilde;es que permitiram a amplifica&ccedil;&atilde;o do som", destaca Carlinhos. "Sem a musicalidade e a inventividade deles, o trio el&eacute;trico n&atilde;o teria se tornado o que &eacute; hoje. Precisamos valorizar essa hist&oacute;ria e garantir que as novas gera&ccedil;&otilde;es a conhe&ccedil;am", frisa o neto.
Para Carlinhos, "o trio el&eacute;trico &eacute; um dos maiores presentes que Salvador deu para o entretenimento mundial" e, por isso, a hist&oacute;ria de Dod&ocirc; precisa ser contada com relev&acirc;ncia. "Dod&ocirc; era luthier, artes&atilde;o, constru&iacute;a m&oacute;veis, engenhocas, era metal&uacute;rgico, inventor, m&uacute;sico. Um negro multifacetado", conclui.

A Lavagem do Horto promove a 5&ordf; edi&ccedil;&atilde;o no pr&oacute;ximo domingo (9). O evento acontece a partir das 14h, em frente ao Bar De Passagem, no <a href="https://aratuon.com.br/cidade/elevadores-de-edificio-no-horto-florestal-passaram-por-manutencao-5-dias-antes-de-acidente-diz-condominio">Horto Florestal</a>, e vai contar com os shows de&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/especiais/banda-armandinho-dodo-e-osmar-comemora-50-anos-de-carreira-confira-curiosidades-sobre-iconico-grupo">Armandinho, Dod&ocirc; e Osmar</a>, Faust&atilde;o, Afrodis&iacute;aco e Pierrinho.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/880084ec-ec48-4a69-9e0a-4473c0cb2007.png?width=1280&amp;height=768" alt="Dod&ocirc; e Osmar s&atilde;o uma das atra&ccedil;&otilde;es da Lavagem do Horto.Foto: Fernando Vivas/GovBA">
A Lavagem mant&eacute;m os elementos tradicionais que garantem o sucesso do evento, como a fanfarra da &lsquo;Gravata Doida&rsquo; e o cortejo das baianas. Os ingressos para a festa j&aacute; est&atilde;o dispon&iacute;veis nas plataformas <a href="https://www.ingresse.com/lavagem-do-horto/">Ingresse</a>, <a href="https://vendas.ticketmaker.com.br/?ct=4253&amp;amp;cl=11">Ticketmaker</a> e <a href="https://www.sympla.com.br/evento/lavagem-do-horto/2811157?referrer=www.google.com">Sympla.</a>
Parte da renda <a href="https://aratuon.com.br/interior/prefeitura-de-serrinha-autoriza-abate-de-animais-abandonados">ser&aacute; destinada &agrave; institui&ccedil;&atilde;o Amo Animal</a>, que acolhe animais resgatados das ruas e os encaminha para abrigos. A organiza&ccedil;&atilde;o do evento refor&ccedil;a que, al&eacute;m de promover encontros e celebrar a cultura baiana, a festa tamb&eacute;m busca incentivar a solidariedade entre os participantes.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/9ddbb9c5-8c5f-47eb-810c-d96313e2f182.jpg?width=740&amp;height=493" alt="Parte da renda da Lavagem do Horto ser&aacute; destinada para institui&ccedil;&atilde;o Amo Animal, que acolhe animais resgatados das ruas. Foto: Freepik">
Servi&ccedil;o: Lavagem do Horto (5&ordf; Edi&ccedil;&atilde;o) Atra&ccedil;&otilde;es: Armandinho, Dod&ocirc; e Osmar, Faust&atilde;o, Afrodis&iacute;aco e Pierrinho Data: 09/02, a partir das 14h Local: Horto Florestal (em frente ao Bar De Passagem) Vendas: Ingresse, Ticketmaker e Sympla Valor: R$ 100,00 (1&ordm; lote) + 1kg de alimento n&atilde;o perec&iacute;vel

*Por Lucas Pereira e Matheus Caldas

Com o lançamento das programações de Carnaval por parte da prefeitura de Salvador e do governo do estado, a ausência da primeira banda de trio elétrico, Armandinho, Dodô e Osmar, nas listas divulgadas preocupou foliões e fãs. Além de desfilar no Furdunço (4/2), o grupo dos Irmãos Macêdo está entre as atrações garantidas pelo governo estadual.

"Trio Armandinho e Irmãos Macêdo está entre as atrações garantidas para a folia deste ano", diz parte da nota divulgada pela assessoria estadual. Em 2024, o grupo celebra 50 anos de existência.

LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/especiais/2024-01-09/nao-publicar-prestes-a-celebrar-50-anos-de-banda-armandinho-compartilha-historias-da-jornada/" target="_blank" rel="noopener">Prestes a celebrar 50 anos de banda, Armandinho compartilha histórias da jornada</a>

Por sua vez, a Empresa Salvador Turismo (Saltur), afirmou, através de nota, que a banda Armandinho, Dodô e Osmar se apresentará, para além do Furdunço, no Carnaval do Centro, na sexta-feira de Carnaval (9/2).

LEIA MAIS

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A comemoração dos 50 anos do grupo 'Armandinho, Dodô e Osmar' trouxe clima de Carnaval antecipado para a Concha Acústica do Teatro Castro Alves, nesta quarta-feira (10/1). Primeira banda de trio elétrico no formato que conhecemos hoje, o quarteto dos Irmãos Macêdo celebrou o meio século de existência com grandes nomes da música baiana.

Ana Mametto, a banda BaianaSystem, Bell Marques, Carlinhos Brown, Daniela e seu filho Gabriel Mercury, Durval Lelys, Gerônimo Santana e Luiz Caldas, participaram da apresentação, que foi marcada por grandes hits do Carnaval, como “Chame Gente”, “100% Você”,"Haja Amor" e “Ashansu”.

LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/cultura/2024-01-10/fas-destacam-importancia-da-banda-armandinho-dodo-e-osmar-grupo-comemora-50-anos-em-show-nesta-quarta-11/" target="_blank" rel="noopener">Fãs destacam importância da banda Armandinho, Dodô e Osmar; grupo comemora 50 anos em show nesta quarta (11)</a>

O SHOW

Foi com as guitarras de Armandinho e Aroldo, o baixo de Betinho e a voz de André que a apresentação começou ao som de “Chame Gente” e “Zanzibar”. Após “Pessoal do Aló” e “Lua dos Amantes”, a banda convidou Gerônimo Santana, a quem André Macêdo anunciou carinhosamente como "o nosso querido pajé". Além de cantarem o sucesso "É D 'Oxum", Gerônimo ainda participou da carnavalesca "Dodô e Osmar". Em seguida, o hit Baianidade Nagô, ganhou a voz da cantora Ana Mametto, que ainda participou da faixa “Cidadão”.

[gallery columns="2" size="full" ids="283726,283727"]

Pai do Axé Music, Luiz Caldas foi o terceiro a participar da festa, na canção "Dodô no Céu e Osmar na Terra", seguida por "Haja Amor", grande sucesso dos anos 80 e 90, que voltou a viralizar recentemente na plataforma TikTok.

[caption id="attachment_283729" align="alignnone" width="726"]<img class="wp-image-283729" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2024/01/WhatsApp-Image-2024-01-10-at-22.30.44-1.jpeg" alt="" width="726" height="631" /> Luiz Caldas[/caption]

Guitarrista da BaianaSystem, Roberto Barreto participou da instrumental "Rock de Caicó", ganhando a companhia de Russo Passapusso e os demais membros da banda, na música seguinte, "Lucro". Antes de tocar "Forasteiro", Russo ressaltou a importância e a contribuição de Armandinho, Dodô e Osmar: "Sem a existência da guitarra baiana não existiria o BaianaSystem."

[caption id="attachment_283730" align="alignnone" width="727"]<img class="wp-image-283730" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2024/01/WhatsApp-Image-2024-01-10-at-22.31.39.jpeg" alt="" width="727" height="718" /> O vocalista Russo Passapusso e o guitarrista Roberto Barreto[/caption]

Durval Lelys chegou tocando "Dia dos Namorados" e botou a Concha abaixo com a música "Bota Pra Ferver", canção dos tempos da banda Asa de Águia. Na sequência, outro grande puxador de trios elétricos, o cantor Bell Marques, se apresentou com os Irmãos Macêdo, tocando "100% Você" e "Fogaréu". O ex-vocalista do Chiclete com Banana ainda falou sobre a importância da banda nos Macêdo para sua formação enquanto artista:

"A minha história de artista começou quando eu ouvi eles, ou melhor, quando eu vi eles no trio, e pensei: eu quero ser igual a eles” Então, eu devo minha carreira toda a essa família"

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<blockquote>&nbsp;</blockquote>
Acompanhada do filho Gabriel, "A Rainha" Daniela Mercury participou nas músicas: "Bloco do Prazer", "Chão da Praça" e "Trio Metal". O "Cacique" Carlinhos Brown também marcou presença nos 50 anos de Armandinho, Dodô e Osmar, cantando "Mandinga de Pajé", "Muito Obrigado Axé" e "Ashansú", grande sucesso da Timbalada.

[gallery columns="2" size="full" ids="283734,283733"]

Para fechar a comemoração dos 50 anos, Armandinho, André, Aroldo e Betinho tocaram "Vassourinha Elétrica" e fecharam a noite com "Chame Gente", cantada em conjunto com todos os convidados da noite. Numa espécie de bis, vieram as músicas "Água Mineral", "Atrás do Trio Elétrico", "Chuva, Suor e Cerveja", "Um Frevo Novo" e "A Filha da Chiquita Bacana", além do "Hino do Senhor do Bonfim" e Zanzibar, que foi cantada à capela, para fechar esse show de meio século da primeira banda de trio elétrico: “Armandinho, Dodô e Osmar”.

<img class="alignnone size-full wp-image-283735" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2024/01/WhatsApp-Image-2024-01-10-at-22.46.16.jpeg" alt="" width="1024" height="768" />

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No aguardo pelo show comemorativo da banda Armandinho, Dodô e Osmar na Concha Acústica do Teatro Castro Alves (TCA), fãs do grupo declararam a expectiva para a apresentação em entrevista ao Aratu On. O show desta quarta-feira (11/1), às 19h, comemora 50 anos de carreira da banda e terá como convidados os cantores Bell Marques, Luiz Caldas e Daniela Mercury e a banda BaianaSystem.

Fã do músico Armandinho Macêdo, guitarrista e vocalista da banda, dona Ana Rita Barros afirma que sempre admirou o artista e escolheu comemorar no show o aniversário de 73 anos, nesta quarta-feira. Junto com marido, filho e nora, Ana diz que foi ela quem apresentou a banda ao neto, que também está na Concha com a família. "Conhece quase todas as músicas", conta.

Ana também está animada para ver os convidados. "Mas a expectativa maior é Armandinho", pondera a fã, que espera ouvir as marchinhas que curtia na juventude: "As que acompanhava no trio de Armandinho, Dodô e Osmar".

Já preparado para assistir ao show, seu Ramon Vieira levou a neta Hanna Vieira para curtir o pré-Carnaval. "Esse momento fica marcado para todos que estão aqui", conta Ramon. "Me sinto honrada de estar com meu avô, que me apresentou [a banda]. As expectativas [para o show] são elevadíssimas de curtir essa prévia [do Carnaval]", afirma Hanna.

[caption id="attachment_283658" align="alignnone" width="1024"]<img class="wp-image-283658 size-large" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2024/01/WhatsApp-Image-2024-01-10-at-19.00.00-1024x768.jpeg" alt="" width="1024" height="768" /> Ramon e a neta Hannah no show de Armandinho, Dodô e Osmar | Foto: Lucas Pereira[/caption]

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A turista paranaense Aline Mishelin também está no aguardo do show. "É um pré-Carnaval". Ela veio a Salvador com os amigos para comemorar o aniversário, na última quarta-feira (9/1) e aproveitou para assistir à apresentação de Armandinho, Dodô e Osmar e convidados. "Metade dos melhores artistas do Brasil estarão aqui hoje". Aline já lamenta que a viagem termina na quinta-feira (12/1). "Salvador é a melhor cidade do país".

A BANDA

Formada em 1974, Armandinho, Dodô e Osmar é a banda de Trio Elétrico mais antiga do país. Na composição, além de Armandinho, estão André (vocais), Betinho (baixo) e Aroldo (guitarra baiana), todos filhos de Osmar Macêdo. Ele foi um dos inventores do trio elétrico, ao lado do amigo Adolfo do Nascimento, o Dodô. O grupo começou como banda de apoio de Moraes Moreira, primeiro cantor de trio elétrico.

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Um dos mais tradicionais grupos do carnaval baiano, a banda Armandinho, Dodô e Osmar comemora 50 anos de carreira em 2024, no ano em que o Trio Elétrico chega ao seu 74º aniversário. Para celebrar tal marca, vai acontecer nessa quarta-feira (10/1) um show na Concha Acústica do TCA, que contará com vários convidados, como os cantores Bell Marques e Daniela Mercury, além da banda BaianaSystem.

O Aratu On reuniu cinco curiosidades sobre a banda dos Irmãos Macêdo, herdeiros direto da essência carnavalesca baiana. Confira:

https://www.youtube.com/watch?v=hCNoaOn9zHk

1- Armandinho, Dodô e Osmar

Partindo do começo, a banda é formada pelos filhos de Osmar Macêdo, um dos inventores do trio elétrico, ao lado do amigo Adolfo do Nascimento, o Dodô. Em cima do trio, Armandinho (guitarra baiana e vocais), André (vocais), Betinho (baixo) e Aroldo (guitarra baiana). Formada em 1974, os Irmãos Macêdo formam a banda de Trio Elétrico mais antiga do país.

Uma curiosidade é que, inicialmente, Armandinho, Dodô e Osmar eram banda de apoio de Moraes Moreira, primeiro cantor de trio elétrico, e revolucionaram o formato do carnaval baiano, que deixou de ser apenas de charangas e marchinhas instrumentais, para ganhar o modus operandi que conhecemos agora. Depois, mesmo seguido um caminho "solo", o grupo seguiu se apresentando em cima do trio, sem abandonar as parcerias com Moraes.

E após 50 anos de carreira, subir ao trio "por amor" é o que move os Macêdo. Ao Aratu On, Armandinho ainda revelou o momento mais bacana das apresentações no Carnaval: "A gente vai subir [no trio] com a mesma emoção da primeira vez. É sempre emocionante, principalmente o começo, a largada [das apresentações]".

2- Guitarra Baiana

Marcando presença nos carnavais desde então, em cima do Trio Dodô e Osmar, uma invenção da dupla que foi atualizada por Armandinho revolucionou a música da Bahia: a guitarra baiana.

Se a Dodô e Osmar fizeram o “protótipo”, batizado de pau elétrico, lá nos anos 40, foi apenas na década de 1980 que Armandinho deu ao instrumento o formato que conhecemos hoje. Confira o especial do quadro <a href="https://aratuon.com.br/carnaval/2023-02-20/guitarra-baiana-o-aratu-on-explica-conta-a-historia-do-instrumento-que-reverbera-dos-acordes-da-familia-macedo-ao-som-da-baianasystem/" target="_blank" rel="noopener">Aratu On Explica</a> sobre a origem da guitarra baiana.

https://aratuon.com.br/carnaval/2023-02-20/guitarra-baiana-o-aratu-on-explica-conta-a-historia-do-instrumento-que-reverbera-dos-acordes-da-familia-macedo-ao-som-da-baianasystem/

Segundo Armandinho, a invenção, bem como a ideia de montar uma banda para tocar em cima do trio, seguia o exemplo de uma importante banda de rock. "A gente bota bateria, contrabaixo, porque a minha ideia, a fusão com tudo isso, era virar uma banda, Beatles", contou descontraindo.

3- Música e Futebol

Os irmãos Macêdo também são apaixonados por futebol. Fanático pelo Tricolor de Aço, Armandinho, sempre que pode, demonstra sua paixão pelo Bahia, inclusive tocando o hino do clube em sua inconfundível guitarra. Outro tricolor da família, Betinho, um dos mais velhos, equilibra o saldo de torcedores do Bahia no grupo. Mas também há rubro-negros entre os Macêdo, torcedores do Vitória de coração e com emoção: o vocalista Aroldo e o guitarrista André, são o outro lado da moeda, algo que, segundo o próprio Armandinho, permite que a banda abrace "todos os torcedores, tanto do Bahia, quanto do Vitória. É um Ba-Vi!".

Confira o hino do Bahia gravado por Moraes Moreira e o Trio Dodô e Osmar

https://youtu.be/0Yzi8wg4u1g

4 - Armandinho ‘Honoris Causa’

Além de grande referência com uma guitarra baiana nas mãos, Armandinho Macêdo também pode ostentar o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal da Bahia. A honraria foi concedida após sugestão das Escolas de Música, de Direito e da Faculdade de Medicina da universidade baiana.

O título de honoris causa é dado de maneira honorária para personalidades que tenham contribuído, de modo notável, para o progresso das Ciências, das Letras ou Artes ou da Cultura em geral.

5 - Músicas mais tocadas

Fechando nossa lista de curiosidades sobre os 50 anos de Armandinho, Dodô e Osmar, trouxemos algumas das músicas mais tocadas dos artistas. Dentre as canções mais tradicionais do grupo estão as versões de “Pombo Correio”, “Frevo do Trio Elétrico” e “Chame Gente”. Além disso, “Zanzibar”, da banda A Cor do Som, da qual Armandinho foi fundador, também aparecem nas composições mais tocadas, de acordo com o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição. Confira lista:

MAIS TOCADAS NOS ÚLTIMOS 10 ANOS

1- Chame Gente (Moraes Moreira e Armandinho Macêdo)

2- Zanzibar (Fausto Nilo e Armandinho Macêdo)

3- Vida Boa (Fausto Nilo e Armandinho Macêdo)

4- Zero (Fausto Nilo e Armandinho Macêdo)

5- Pororocas (Luiz Brasil e Armandinho Macêdo)

Sobre a trajetória do grupo, Armandinho conta que, apesar de receber de Dodô e Osmar essa "herança" do Carnaval, e honrar ela, a banda Armandinho, Dodô e Osmar também buscou repassar esse legado para outros artistas. Sobre o show na Concha, o tricolor comenta que: "Um show desses, comemorativo, com esses artistas que também representam e continuam essa história [do Carnaval] maravilhosamente. Vai ser um grande show, grande evento."

SERVIÇO - Armandinho, Dodô e Osmar - 50 anos

O que: show em comemoração aos 50 anos da banda Armandinho, Dodô e Osmar, com participação de Ana Mametto, BaianaSystem, Bell Marques, Carlinhos Brown, Daniela e Gabriel Mercury, Durval Lelys e Gerônimo 
Quando: quarta-feira (10/1), a partir das 19h
Onde: Concha Acústica do Teatro Castro Alves
Quanto: R$ 50 (meia) e R$ 100 (inteira)
Onde comprar: no site <a href="https://bileto.sympla.com.br/event/89917/d/232406/s/1579202" target="_blank" rel="noopener">Sympla</a>

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A banda Armandinho, Dodô &amp; Osmar, pioneira na revolução da música baiana, está pronta para comemorar cinco décadas de trajetória musical com uma apresentação histórica na Concha Acústica do Teatro Castro Alves. A apresentação acontece no dia 10 de janeiro de 2024, às 19h. Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do teatro ou através do site da Sympla.

Ao longo dos anos, a banda construiu essa "Música Popular Trieletrizada" que conhecemos, levando a percussão e a bateria para cima do trio, o baixo de 5 cordas, o diálogo das guitarras baianas e a voz para o desfile, com Moraes Moreira. "Dodô e Osmar nos ensinaram a inventar, em música e sonoridade. Nós seguimos tocando o mundo em cima do trio" - destaca Armandinho Macedo, sobre o trabalho que ele e seus irmãos continuaram criativamente e que se espalhou por todo o país. A celebração será uma jornada musical única, destacando sucessos memoráveis como "Pombo Correio", "Frevo do Trio Elétrico", "Viva Dodô &amp; Osmar", "Vida Boa", "Zanzibar" e o hino eterno "Chame Gente", repertório matriz da música baiana.

A pipoca original do carnaval da Bahia, onde tudo começou, vai viver um verdadeiro festival de alegria, memória e história ao som dos meninos que cresceram brincando de trio, desde a infância e continuam transformando seu público em crianças encantadas, a cada carnaval que vivem ao lado dos ídolos.

O legado da banda Armandinho, Dodô &amp; Osmar transcende o Carnaval de Salvador, estendendo-se por mais de cinco décadas de carreira. Os irmãos Macedo, herdeiros do Trio Elétrico, moldaram a sonoridade trieletrizada e deixaram uma marca indelével na música baiana, influenciando gerações e levando seu som único para os palcos de todo o mundo.

Serviço:

Armandinho, Dodô e Osmar – 50 Anos

Data: 10 de Janeiro de 2024

Horário: 19h

Local: Concha Acústica do Teatro Castro Alves

Valor: 1º Lote – R$100 (inteira) e R$50 (meia)

Vendas: Sympla e Bilheteria do Teatro

Classificação: 14 anos

Realização: Carambola Produções e Terra do Som Produções

LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/cidade/2024-01-03/expresso-salvador-comeca-a-venda-de-bilhetes-para-servico-de-transporte-no-carnaval/">Expresso Salvador: começa a venda de bilhetes para serviço de transporte no Carnaval</a>

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