A Ag&ecirc;ncia Nacional de Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria (Anvisa) aprovou a <a href="https://aratuon.com.br/saude" target="_blank" rel="noopener">primeira insulina semanal do mundo</a>, chamada Awiqli, para o tratamento de pacientes adultos com <a href="https://aratuon.com.br/saude/ministerio-da-saude-anuncia-acordo-para-garantir-abastecimento-de-insulina-no-sus" target="_blank" rel="noopener">diabetes</a> tipo 1 e tipo 2 no Brasil. A medica&ccedil;&atilde;o &eacute; produzida pela farmac&ecirc;utica Novo Nordisk, mas ainda n&atilde;o h&aacute; uma data prevista para seu lan&ccedil;amento no pa&iacute;s.
A aprova&ccedil;&atilde;o foi baseada nos resultados do programa de ensaios cl&iacute;nicos Onwards, que demonstraram a efic&aacute;cia da insulina icodeca no controle dos n&iacute;veis de glicose em pacientes com diabetes tipo 1. Os resultados indicaram que a insulina proporcionou controle glic&ecirc;mico compar&aacute;vel ao da insulina basal de aplica&ccedil;&atilde;o di&aacute;ria. Segundo a farmac&ecirc;utica, "pacientes que utilizaram icodeca mantiveram n&iacute;veis adequados de glicemia ao longo da semana com uma &uacute;nica inje&ccedil;&atilde;o".
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/7bd55341-1110-4e3d-b603-ccde74620ca6.webp?width=1170&amp;height=700" alt="A aprova&ccedil;&atilde;o foi baseada nos resultados do programa de ensaios cl&iacute;nicos. | Foto: Awiqli/Divulga&ccedil;&atilde;o">
Os estudos tamb&eacute;m mostraram que a insulina icodeca foi eficaz e segura para pacientes com diabetes tipo 2, com um controle glic&ecirc;mico compar&aacute;vel ao das insulinas di&aacute;rias. A medica&ccedil;&atilde;o proporcionou um controle est&aacute;vel da glicemia ao longo da semana com apenas uma aplica&ccedil;&atilde;o semanal, sendo eficaz at&eacute; mesmo para pacientes com disfun&ccedil;&atilde;o renal. Al&eacute;m disso, Awiqli n&atilde;o apresentou aumento significativo de eventos adversos graves, incluindo hipoglicemia.
A insulina icodeca j&aacute; foi aprovada para adultos com diabetes tipo 1 e tipo 2 pela Ag&ecirc;ncia Europeia de Medicamentos (EMA) e em v&aacute;rios pa&iacute;ses, como Austr&aacute;lia, Su&iacute;&ccedil;a, Alemanha, Jap&atilde;o e Canad&aacute;. Na China, a medica&ccedil;&atilde;o foi aprovada para o tratamento de diabetes tipo 2 em adultos. A farmac&ecirc;utica tamb&eacute;m informou que os pedidos de aprova&ccedil;&atilde;o para a insulina foram submetidos ao FDA (Food and Drug Administration) dos Estados Unidos.
A Novo Nordisk ressaltou que todos os medicamentos, incluindo Awiqli, devem ser vendidos sob prescri&ccedil;&atilde;o m&eacute;dica e o tratamento deve ser sempre acompanhado por um m&eacute;dico habilitado.
<img src="https://adm.aratuon.com.br/assets/eba8ef90-0b19-4ec5-afb2-513d6cf5ef82.jpg?width=3220&amp;height=2096" alt="A aprova&ccedil;&atilde;o foi baseada nos resultados do programa de ensaios cl&iacute;nicos. | Foto: Ag&ecirc;ncia Brasil">

O Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de anunciou um acordo para antecipar a entrega de 1,8 milh&atilde;o de unidades de insulina ao Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS) at&eacute; o fim de dezembro. A medida busca garantir o abastecimento e a continuidade do tratamento de pacientes atendidos pela rede p&uacute;blica.

Segundo comunicado da pasta, o acordo firmado com a fabricante Novo Nordisk prev&ecirc; a entrega de 93% do volume contratado at&eacute; dezembro, superando a previs&atilde;o inicial de 50% para este ano. A empresa, respons&aacute;vel por 15% da produ&ccedil;&atilde;o mundial de insulina, possui uma unidade em Montes Claros (MG), considerada a maior f&aacute;brica do insumo no Brasil e na Am&eacute;rica Latina, empregando cerca de dois mil funcion&aacute;rios.

At&eacute; outubro, foram distribu&iacute;das 49,9 milh&otilde;es de unidades de insulina NPH e 10,7 milh&otilde;es de insulina regular (frascos e canetas) em todo o pa&iacute;s. O minist&eacute;rio destaca que mant&eacute;m aquisi&ccedil;&otilde;es regulares para assegurar o fornecimento ininterrupto do medicamento, apesar da restri&ccedil;&atilde;o mundial na oferta do insumo.

A pasta orienta que pessoas com dificuldade de acesso &agrave; insulina em farm&aacute;cias privadas, incluindo o programa Farm&aacute;cia Popular, procurem uma Unidade B&aacute;sica de Sa&uacute;de (UBS) para obter a medica&ccedil;&atilde;o.

Com informa&ccedil;&otilde;es da Ag&ecirc;ncia Brasil

LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/cidade/temporal-suspende-funcionamento-de-planos-inclinados-e-brt-em-salvador" target="_blank">Temporal suspende funcionamento de planos inclinados e BRT em Salvador</a>

Acontece neste sábado (9/11) um mutirão gratuito de atendimentos de saúde voltados para paciente diabéticos, entre às 7h e às 12h, em Feira de Santana. A ação visa atender pessoas que já possuem diagnóstico de diabetes e para aquelas que podem apresentar fatores de riscos da doença, como pressão alta e obesidade.

Promovido pelo Hospital de Olhos de Feira, o mutirão terá exames do fundo do olho, testes de glicemia, aferição da pressão arterial, orientação nutricional, fisioterápica, odontológica, jurídica, avaliação oftalmológica e cirúrgica, caso necessite e aferição da pressão.

Os atendimentos acontecem Rua Barão do Rio Branco, 892, no Centro, por ordem de chegada. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (75) 2102 2000.

O mutirão do diabético tem o apoio da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs), Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), ANAD – Associação Nacional de Atenção ao Diabetes (Anad), Federação Nacional das Associações e Entidades de Diabetes (Fenad) e Centro Universitário de Excelência (Unex).

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Uma mulher chinesa de 25 anos, diagnosticada com diabetes tipo 1, forma mais rara da doença, foi curada por um transplante de células-tronco reprogramadas em laboratório. Coordenado por Deng Hongkui, do Centro de Ciências da Saúde da Universidade de Pequim, os resultados foram publicados na revista científica Cell.

Além dela, outros dois participantes também passaram pelo procedimento, com resultados considerado promissores. A equipe planeja expandir o teste para um grupo de até 20 pacientes até o final deste ano.

No caso da paciente chinesa, as células foram implantadas em seus músculos abdominais e, em menos de três meses, ela começou a produzir insulina de forma natural, sem a necessidade de injeções diárias.

Caso o feito seja replicado com sucesso em outros pacientes, este avanço pode se tornar um dos maiores na luta contra a doença, que atualmente requer o uso contínuo de insulina.

COMO FOI FEITO O ESTUDO?

As células usadas pelos cientistas replicam a função das células do pâncreas, responsáveis pela produção de insulina em pessoas saudáveis.

Na diabetes tipo 1, o sistema imunológico ataca e destrói essas células, impedindo a regulação adequada dos níveis de glicose no sangue.

A única forma de tratamento é com o uso de insulina humana, que é fornecido pela Sistema Único de Saúde (SUS), já que os medicamentos, conhecida como "canetas", não são eficazes para quem tem o diagnóstico (veja mais detalhes abaixo).

No caso da paciente chinesa, as células foram implantadas em seus músculos abdominais e, em menos de três meses, ela começou a produzir insulina de forma natural, sem a necessidade de injeções diárias.

A inovação do estudo está no uso das células iPS (células-tronco pluripotentes induzidas), que são células adultas reprogramadas para um estado semelhante ao de células embrionárias, capazes de se transformar em qualquer tipo de célula do corpo, como as beta, produtoras de insulina.

O trabalho faz parte da fase 1 dos testes clínicos, que visa comprovar a segurança do procedimento.

Essa abordagem inovadora ainda não foi testada para a diabetes tipo 2, que afeta cerca de 90% das pessoas com diabetes no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes. Nesse caso, a doença envolve tanto a falta de insulina quanto a resistência do organismo ao hormônio produzido.

TRATAMENTO DA DIABETES TIPO-2

O medicamento que vem sendo mais falado para o tratamento de diabetes tipo-2 é o Ozempic. Produzido pela farmacêutica Novo Nordisk, tem como princípio ativo a semaglutida, que age no cérebro, aumentando a sensação de saciedade e diminuindo a fome, o que colabora com o emagrecimento.

Além disso, a droga age sob o pâncreas, melhorando o controle do diabetes e tem sido usada para controlar a obesidade. Para especialistas ouvidos pelo SBT News, o Ozempic, inclusive, representa uma "revolução" no tratamento das duas doenças.

No entanto, vem sendo usada também por pessoas que não possuem indicação, o que vem gerando a falta do medicamento nas farmácias.

De acordo com o endocrinologista Paulo Rosenbaun, do Hospital Albert Einstein, o uso prolongado do Ozempic, pode trazer efeitos colaterais significativos, daí a necessidade de acompanhamento especializado. Rosenbaun afirma, porém, que o uso não deve ser descontinuado em caso de efeitos colaterais. Cabe ao especialista apresentar soluções e alternativas no decorrer do tratamento.

Segundo Fabio Moura, diretor da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), esses medicamentos foram feitos para terem uma utilização prolongada – mas isso reforça a necessidade de indicação e acompanhamento médicos adequados.

LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/saude/2024-10-04/revalida-inep-divulga-pontuacao-final-do-exame-de-diplomas-medicos/">Revalida: Inep divulga pontuação final do exame de diplomas médicos</a>


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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Saúde, Nísia Trindade, participaram nesta sexta-feira (23/8) da inauguração de fábrica de polipeptídeo sintético, em Hortolândia, voltada para a produção de medicamentos para diabetes e obesidade.<img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1609077&amp;o=node" /><img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1609077&amp;o=node" />
Em nota, o ministério informou que a fábrica vai produzir a liraglutida sintética, “produto inovador que foi submetido para registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e está na fila prioritária para avaliação”.
Operada pela farmacêutica EMS, a fábrica também deve produzir a semaglutida, insumo do medicamento Ozempic, cuja patente vigora até março de 2026 e cujo pedido de registro já foi submetido à Anvisa.
“Com um investimento de R$ 60 milhões, o espaço representa um marco histórico, pois é considerado o primeiro do tipo no país e faz parte das iniciativas do governo federal relacionadas ao Complexo Econômico-Industrial da Saúde”, avaliou o ministério, em nota.
Durante a inauguração, Nísia destacou benefícios para pacientes com diabetes. “É o primeiro medicamento produzido no país para tratamento de diabetes e obesidade, de forma inovadora, utilizando peptídeos, a liraglutida e também a semaglutida”.
“É motivo de muito orgulho e de muita expectativa”, disse. “A produção de polipetídeos sintéticos vai reduzir os efeitos colaterais para pacientes e também o custo, além de garantir avanço na autonomia do nosso país”, completou.
Em sua fala, a ministra citou a importância de “esforços conjugados” e avaliou a inauguração da nova fábrica como “o encontro da competência e da qualidade do setor privado com as políticas públicas do governo federal”.
Durante a cerimônia, Lula avaliou o momento como “auspicioso” para a saúde no Brasil. “Muito me alegra voltar a esse complexo industrial 17 anos depois da primeira visita”, disse, ao citar o poder de compra do Estado como “fator muito importante para o desenvolvimento da indústria nacional”.
ENTENDA
A inauguração da fábrica atende às diretrizes da estratégia nacional para o desenvolvimento do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, lançada em setembro de 2023 e com previsão de investimento de R$ 57,4 bilhões do setor público e da iniciativa privada até 2026.
A proposta é expandir a produção nacional de itens classificados como prioritários para o Sistema Único de Saúde (SUS), além de reduzir a dependência do Brasil no que diz respeito a insumos, medicamentos, vacinas e outros produtos estrangeiros.
Na matriz de desafios produtivos e tecnológicos em saúde, o diabetes, segundo o ministério, foi identificado como prioridade, tornando a inovação e o desenvolvimento tecnológico de plataformas e produtos relacionados a essa condição relevantes no âmbito do complexo.

Tremedeira, confusão mental, tontura ou vertigem, sonolência, visão embaçada, são alguns dos sintomas de hipoglicemia. Bastante comum de acontecer, a condição pode ocorrer em pessoas que possuem ou não diabetes, precisando ser controlado corretamente, de acordo com a professora Rute Lima, do curso de Nutrição da Uninassau Salvador.
Segundo a nutricionista, é possível controlar a hipoglicemia apenas com a alimentação, quando se sabe o motivo desse desnivelamento da glicose no sangue. "É preciso entender se a pessoa tem hipoglicemia porque é diabética e se dedica intensamente e sem controle a manter o valor da glicemia no nível normal, se a pessoa é diabética e toma insulina, mas não mede a glicemia o suficiente, ou se é diabético e faz uso incorreto de medicamentos utilizados no tratamento da doença”, explica.
Rute acrescenta que "ainda tem os casos das que não possuem diabetes, mas fazem muita atividade física e não se alimentam o suficiente, ou, ainda, os que ingerem uma quantidade muito grande de álcool".
Em todos os casos, é importante que a pessoa busque um nutricionista para adequar a ingestão de carboidratos à sua necessidade, rotina, e ingestão de insulina, mas a professora também destaca alguns alimentos que ajudam a evitar uma crise de hipoglicemia: "Deve-se dar preferência aos alimentos que o açúcar é mais rapidamente absorvido pelo corpo como doces, sorvetes, bolos e sucos com açúcar e refrigerantes. Alimentos que não vão retirar o indivíduo do estado hipoglicêmico devem ser evitados, a exemplo de frutas, carnes, leite e derivados".
DURANTE A CRISE
"Após constatada a crise, a pessoa deve consumir 15g a 20g de carboidratos de rápida absorção. Isso equivale a uma colher de sopa de mel, ou um copo de 200 ml de suco de laranja (ou de refrigerante não dietético), ou uma colher de sopa de açúcar (branco, demerara ou mascavo) dissolvido em meio copo de água. Lembrando que o efeito (de restabelecer e manter a glicemia normal) será mais prolongado se esses alimentos forem ingeridos junto com carboidratos de absorção mais lenta, como batatas, milho, aipim ou inhame", orienta a nutricionista.
Nos casos de diabéticos, é recomendado medir a glicemia 15 minutos após a ingestão desses alimentos e, se ela continuar baixa, deve-se consumir mais uma porção de algum desses alimentos. "A orientação é, quando a glicemia se restabelecer, fazer um lanche saudável (como uma tapioca ou pão integral com queijo magro) se a próxima refeição principal estiver muito distante (1 ou 2 horas). Se o nível de consciência estiver comprometido, a pessoa deve ser encaminhada para atendimento médico a fim de receber a medicação adequada", finaliza Rute.
LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/especiais/2023-03-24/conheca-a-historia-de-elano-passos-artista-que-iniciou-a-carreira-com-uma-postagem-no-facebook/">Conheça a história de Elano Passos, artista que iniciou a carreira com uma postagem no Facebook</a>

A aprova&ccedil;&atilde;o, pela Ag&ecirc;ncia Nacional de Vigil&acirc;ncia Sanit&aacute;ria (Anvisa), de um&nbsp;<a href="https://agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2023-01/anvisa-aprova-injecao-para-tratamento-da-obesidade" target="_blank">novo medicamento para tratamento da obesidade</a>, trouxe uma esperan&ccedil;a para pacientes que buscam tratamento para perda de peso. A semaglutida j&aacute; era utilizada no Brasil para tratamento do diabetes tipo 2 e agora pode ser usada tamb&eacute;m no tratamento de sobrepeso e obesidade, em forma de medicamento injet&aacute;vel.<img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.png?id=1502416&amp;o=node" /><img src="https://agenciabrasil.ebc.com.br/ebc.gif?id=1502416&amp;o=node" />

H&aacute;, no entanto, diferen&ccedil;a de dosagem. Enquanto que para o controle da glicose a semaglutida aplicada &eacute; de 0,5 miligrama a 1 miligrama, para redu&ccedil;&atilde;o do peso corporal a subst&acirc;ncia &eacute; de 2,4 miligramas. A semaglutida &eacute; da mesma fam&iacute;lia da liraglutida, tamb&eacute;m utilizada nos dois tratamentos. Mas o diferencial do medicamento aprovado pela Anvisa no in&iacute;cio deste ano &eacute; sua efic&aacute;cia.

A semaglutida &eacute; vista entre os m&eacute;dicos como um avan&ccedil;o no tratamento da obesidade. Isso porque os outros medicamentos existentes possibilitam uma perda de peso de, no m&aacute;ximo, 10%. &ldquo;Quando o paciente tem uma indica&ccedil;&atilde;o de perda de peso inferior a 5% do peso corporal, a melhor indica&ccedil;&atilde;o &eacute; mudan&ccedil;a de h&aacute;bito alimentar. Quando tem a necessidade de perda de peso de mais de 5%, at&eacute; 15%, aliam-se as mudan&ccedil;as de h&aacute;bitos de vida e a terapia farmacol&oacute;gica. A novidade &eacute; que a semaglutida pode reduzir mais de 15%&rdquo;, explica o m&eacute;dico Paulo Miranda, presidente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

FUNCIONAMENTO&nbsp;

&nbsp;

O medicamento age no c&eacute;rebro do paciente, em uma regi&atilde;o chamada hipot&aacute;lamo, e aumenta a percep&ccedil;&atilde;o de saciedade. Assim, o paciente tem seu apetite diminu&iacute;do e, consequentemente, come menos. De acordo com a endocrinologista do Hospital Universit&aacute;rio de Bras&iacute;lia (HUB) Monalisa Azevedo, a semaglutida reproduz efeitos de subst&acirc;ncias presentes no nosso corpo.

&ldquo;Em nosso organismo existe a produ&ccedil;&atilde;o de algumas subst&acirc;ncias, pelo nosso trato digestivo, que s&atilde;o subst&acirc;ncias que agem no nosso sistema nervoso central, diminuindo o apetite, aumentando a saciedade e diminuindo o gasto energ&eacute;tico. Esse medicamento imita o que essas subst&acirc;ncias, que j&aacute; existem no organismo, fazem&rdquo;, explica.

INDICA&Ccedil;&Atilde;O&nbsp;

&nbsp;

O tratamento com esse medicamento &eacute; indicado para pacientes com obesidade ou sobrepeso. O paciente deve ter um &Iacute;ndice de Massa Corporal (IMC) a partir de 30 ou um IMC a partir de 27 aliado a problemas de sa&uacute;de relacionados &agrave; obesidade, como hipertens&atilde;o, diabetes, doen&ccedil;as cardiovasculares ou apneia obstrutiva do sono. O IMC &eacute; calculado dividindo o peso corporal (kg) pela altura (m) ao quadrado. Ou seja, IMC = kg/m&sup2;.

Segundo a endocrinologista do HUB, a semaglutida pode ser usada como primeira estrat&eacute;gia para perda de peso, desde que sejam atendidos os crit&eacute;rios de indica&ccedil;&atilde;o j&aacute; mencionados. Ela lembra, no entanto, que o uso do medicamento deve vir acompanhado de outras provid&ecirc;ncias, como mudan&ccedil;a de h&aacute;bitos alimentares e exerc&iacute;cios f&iacute;sicos. E todo o tratamento deve ser supervisionado por um m&eacute;dico.

O m&eacute;dico Paulo Miranda acrescenta que a semaglutida surge para preencher uma lacuna nos n&iacute;veis de tratamento poss&iacute;veis at&eacute; a cirurgia bari&aacute;trica, usada para casos mais severos de obesidade. &ldquo;A bari&aacute;trica fica indicada para pacientes com indica&ccedil;&atilde;o de perda de peso de a partir de 30% do peso corporal. A semaglutida n&atilde;o substitui a bari&aacute;trica, porque tem resultados diferentes. Ela auxilia os pacientes a terem perda de peso, com mudan&ccedil;a de h&aacute;bitos e terapia, antes de recorrerem &agrave; bari&aacute;trica. E se a resposta for adequada, ent&atilde;o n&atilde;o h&aacute; necessidade de cirurgia&rdquo;, disse.

CUSTO&nbsp;

&nbsp;

A semaglutida de 2,4 mg foi aprovada no Brasil recentemente, por isso ainda n&atilde;o est&aacute; sendo comercializada. Dessa forma, n&atilde;o &eacute; poss&iacute;vel dizer quanto custaria um tratamento com a subst&acirc;ncia. No entanto, a expectativa dos m&eacute;dicos &eacute; que n&atilde;o seja um tratamento acess&iacute;vel a todos. Para o tratamento de diabetes, &eacute; poss&iacute;vel encontrar semaglutida com pre&ccedil;os de variam entre R$ 800 e R$ 1 mil, pre&ccedil;o de um tratamento mensal.

&ldquo;Como essa subst&acirc;ncia j&aacute; &eacute; aprovada e comercializada no Brasil para tratamento do diabetes, para controle da glicose, a gente j&aacute; tem uma ideia em rela&ccedil;&atilde;o a custos. Por&eacute;m, as doses para tratamento da obesidade s&atilde;o maiores que as doses para o controle do diabetes, que j&aacute; tem um custo elevado. Ent&atilde;o a expectativa &eacute; que o custo ser&aacute; mais alto&rdquo;, disse a endocrinologista.

*&nbsp;Informa&ccedil;&otilde;es da Ag&ecirc;ncia Brasil&nbsp;

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Dados analisados pelo Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO), a partir de registros do Minist&eacute;rio da Sa&uacute;de, revelam um crescimento de 95% na realiza&ccedil;&atilde;o de exames para diagn&oacute;stico de retinopatia diab&eacute;tica no Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS) este ano em rela&ccedil;&atilde;o a 2020, per&iacute;odo mais cr&iacute;tico da pandemia de covid-19.

De janeiro a agosto de 2020, foram realizados 3,3 milh&otilde;es de exames como esse, contra 6,4 milh&otilde;es no mesmo per&iacute;odo de 2022. O n&uacute;mero supera, inclusive, o desempenho pr&eacute;-pandemia, j&aacute; que, em 2019, foram computados 5,1 milh&otilde;es de testes para diagn&oacute;stico de retinopatia diab&eacute;tica.

&ldquo;Ap&oacute;s per&iacute;odo de queda significativa no volume de consultas, exames e procedimentos oftalmol&oacute;gicos pelo Sistema &Uacute;nico de Sa&uacute;de (SUS), em virtude do impacto no atendimento causado pela pandemia de covid-19, uma nova tend&ecirc;ncia se instala na rede p&uacute;blica&rdquo;, destacou o conselho.

Para a entidade, os efeitos da vacina&ccedil;&atilde;o contra a covid-19 e a queda dos indicadores de morbidade e mortalidade pela doen&ccedil;a motivaram os pacientes a buscar os servi&ccedil;os p&uacute;blicos para fazer o diagn&oacute;stico e a preven&ccedil;&atilde;o de doen&ccedil;as que afetam a vis&atilde;o, como &eacute; o caso da retinopatia diab&eacute;tica.

Detalhamento 
O relat&oacute;rio avaliou, ao todo, registros de quatro tipos de exames para diagn&oacute;stico da doen&ccedil;a dispon&iacute;veis no SUS: biomicroscopia de fundo de olho, mapeamento de retina, retinografia colorida binocular e retinografia fluorescente binocular. O detalhamento mostra que todos os procedimentos registraram aumento em 2022 em rela&ccedil;&atilde;o a 2020.

De janeiro a agosto de 2019, foram realizados cerca de 645 mil exames desses quatro tipos por m&ecirc;s. No mesmo per&iacute;odo do ano seguinte, quando foi decretada a pandemia, o total baixou para 413 mil mensais. Em 2022, a m&eacute;dia, de acordo com o conselho, j&aacute; ultrapassa 805 mil procedimentos, n&uacute;mero superior ao registrado antes da crise sanit&aacute;ria.

Perfil 
Os dados mostram que as mulheres representam a maioria dos pacientes submetidos a exames de diagn&oacute;stico para retinopatia. Nos per&iacute;odos de janeiro a agosto dos anos de 2019, 2020, 2021 e 2022, foram feitos 8,3 milh&otilde;es de testes na popula&ccedil;&atilde;o feminina contra 5,3 milh&otilde;es em homens.

Com rela&ccedil;&atilde;o &agrave; idade, a maior parte dos procedimentos ocorreu na popula&ccedil;&atilde;o com mais de 40 anos. Esse segmento somou, apenas em 2022, 3,7 milh&otilde;es de exames.

Retinopatia diab&eacute;tica 
A retinopatia diab&eacute;tica &eacute; uma complica&ccedil;&atilde;o ocular que, sem diagn&oacute;stico e tratamento precoces, pode evoluir rapidamente e levar &agrave; perda parcial ou total da vis&atilde;o. O diabetes melittus &eacute; o fator desencadeante da doen&ccedil;a.&nbsp;

Pessoas com diabetes apresentam risco de perder a vis&atilde;o 25 vezes mais do que as n&atilde;o diab&eacute;ticas, sendo que a retinopatia diab&eacute;tica atinge mais de 75% das pessoas com diabetes h&aacute; mais de 20 anos.

O controle do diabetes por meio de dieta adequada, do uso de p&iacute;lulas hipoglicemiantes, de insulina ou de uma combina&ccedil;&atilde;o desses tratamentos, prescritos pelo m&eacute;dico endocrinologista, s&atilde;o a principal forma de evitar a doen&ccedil;a.

*As informa&ccedil;&otilde;es s&atilde;o da Ag&ecirc;ncia Brasil

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O Atlas da Federa&ccedil;&atilde;o Internacional de Diabetes (IDF) diz que o Brasil &eacute; o 5&ordm; pa&iacute;s em incid&ecirc;ncia desta doen&ccedil;a&nbsp;em todo o mundo. Al&eacute;m de ficar atento &agrave;s complica&ccedil;&otilde;es da enfermidade e, em alguns casos, tomar medica&ccedil;&atilde;o como parte do tratamento, o portador da diabetes precisa fazer alguns ajustes na alimenta&ccedil;&atilde;o para viver de forma segura com esse problema.&nbsp;

Apesar de ser uma doen&ccedil;a bastante presen&ccedil;a na popula&ccedil;&atilde;o mundial, muitas d&uacute;vidas e mitos ainda est&atilde;o presentes na sociedade, como a cren&ccedil;a de a dieta de um diab&eacute;tico n&atilde;o precisa ser t&atilde;o restritiva como se sup&otilde;e. Para esclarecer algumas das principais d&uacute;vidas sobre a dieta desta doen&ccedil;a, a professora do curso de Nutri&ccedil;&atilde;o do&nbsp;Centro Universit&aacute;rio Maur&iacute;cio de Nassau Salvador (UNINASSAU)&nbsp;Salvador, Priscilla Moreira, respondeu algumas perguntas sobre os principais mitos e verdades da alimenta&ccedil;&atilde;o de um diab&eacute;tico. Confira abaixo:

A diabetes &eacute; causada pela m&aacute; alimenta&ccedil;&atilde;o?

Depende. Existem alguns tipos de diabetes, os mais comuns s&atilde;o diabetes tipo 1 e 2. O tipo 1 n&atilde;o tem rela&ccedil;&atilde;o com a alimenta&ccedil;&atilde;o. Neste caso, o p&acirc;ncreas n&atilde;o consegue produzir a insulina que &eacute; respons&aacute;vel por retirar o a&ccedil;&uacute;car do sangue e colocar dentro da c&eacute;lula.&nbsp;

O diabetes tipo 2 tem rela&ccedil;&atilde;o com a alimenta&ccedil;&atilde;o, embora a m&aacute; alimenta&ccedil;&atilde;o n&atilde;o seja a causa direta. Uma pessoa que se alimenta com uma dieta rica em a&ccedil;&uacute;car e pobre em fibras tem maior risco de desenvolver diabetes ao longo dos anos, pois h&aacute; um processo de insensibilidade das c&eacute;lulas a a&ccedil;&atilde;o da insulina.&nbsp;

Quem tem diabetes n&atilde;o pode comer a&ccedil;&uacute;car?

Mito. Pode comer sim, mas em quantidades mais limitadas. &Eacute; poss&iacute;vel usar estrat&eacute;gias nutricionais para reduzir o efeito do a&ccedil;&uacute;car no aumento da glicemia. Para isso, deve-se consultar um nutricionista.&nbsp;

Os ado&ccedil;antes est&atilde;o liberados?&nbsp;

Depende. Tudo em excesso n&atilde;o &eacute; bom. Os ado&ccedil;antes podem at&eacute; ser usados, mas com modera&ccedil;&atilde;o. O ideal &eacute; utilizar os mais naturais, como aqueles derivados da folha da Stevia.&nbsp;

Alimentos diet ou light podem ser consumidos indiscriminadamente?

Depende. N&atilde;o &eacute; recomendado o consumo indiscriminado de produtos diet e light, por se tratar de alimentos industrializados. O consumo deve ser limitado. A prefer&ecirc;ncia sempre s&atilde;o alimentos in natura.&nbsp;

As frutas est&atilde;o liberadas?&nbsp;

Verdade. As frutas podem ser consumidas diariamente, por&eacute;m, &eacute; recomendado o consumo de pequenas por&ccedil;&otilde;es ao longo do dia e de prefer&ecirc;ncia acompanhadas por fontes de fibra como aveia, linha&ccedil;a e chia.

Quem tem diabetes tem mais facilidade de pegar outras doen&ccedil;as?

Verdade. Infelizmente, sim. A diabetes pode aumentar o risco de doen&ccedil;as card&iacute;aca, circulat&oacute;ria, renal, ocular e nervosa. Por isso, &eacute; muito importante manter os n&iacute;veis de a&ccedil;&uacute;car controlados.&nbsp;

A alimenta&ccedil;&atilde;o de um diab&eacute;tico precisa ser muito diferente de uma pessoa que n&atilde;o possui a doen&ccedil;a?

Mito. A alimenta&ccedil;&atilde;o de uma pessoa com diabetes &eacute; igual a alimenta&ccedil;&atilde;o de qualquer pessoa que busca uma alimenta&ccedil;&atilde;o saud&aacute;vel. As refei&ccedil;&otilde;es devem ter baixo consumo de a&ccedil;&uacute;car e a presen&ccedil;a de ra&iacute;zes, tub&eacute;rculos, frutas, verduras e fibras todos os dias e em todas as refei&ccedil;&otilde;es (se poss&iacute;vel). Al&eacute;m disso, &eacute; importante priorizar o consumo de carnes brancas.

Essa &eacute; a base de uma alimenta&ccedil;&atilde;o que mant&eacute;m n&atilde;o apenas os n&iacute;veis de a&ccedil;&uacute;car normais no sangue, mas auxilia na redu&ccedil;&atilde;o de doen&ccedil;as cardiometab&oacute;licas como um tempo. Al&eacute;m de se alimentar adequadamente, &eacute; muito importante praticar exerc&iacute;cios f&iacute;sicos regularmente.

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No dia 14 de novembro &eacute; celebrado o Dia Mundial do Diabetes, uma condi&ccedil;&atilde;o cl&iacute;nica causada pelo excesso de glicose no sangue, que atinge 16,5 milh&otilde;es de brasileiros, de acordo com &uacute;ltimo levantamento da Federa&ccedil;&atilde;o Internacional de Diabetes, divulgado em 2019.

Para alertar sobre a doen&ccedil;a, a data representa uma oportunidade para conscientizar a popula&ccedil;&atilde;o para a preven&ccedil;&atilde;o e cuidados com o diabetes, principalmente porque ainda existem muitas pessoas que vivem com o problema e n&atilde;o sabem. Quem faz o alerta &eacute; a endocrinologista e diretora m&eacute;dica do Leme, marca de medicina diagn&oacute;stica da Dasa, a maior rede de sa&uacute;de integrada do Brasil, Dra. Marla Cruz. &ldquo;Quanto mais cedo ocorrer o diagn&oacute;stico com in&iacute;cio do tratamento adequado, menor o efeito da glicose nos &oacute;rg&atilde;os alvo, diminuindo o desenvolvimento das complica&ccedil;&otilde;es&rdquo;.

A doen&ccedil;a &eacute; diagnosticada atrav&eacute;s de um exame de sangue que mostra se h&aacute; altera&ccedil;&atilde;o na taxa de glicemia e, para ter certeza do resultado &eacute; necess&aacute;rio a realiza&ccedil;&atilde;o de outros exames mais aprofundados como hemoglobina glicada e o teste oral de toler&acirc;ncia &agrave; glicose, mais conhecido como Curva Glic&ecirc;mica. &ldquo;A hemoglobina glicada &eacute; a m&eacute;dia da glicemia nos &uacute;ltimos 3 meses, j&aacute; no teste oral de toler&acirc;ncia &agrave; glicose, o paciente ingere uma quantidade de a&ccedil;&uacute;car para vermos a resposta dessa sobrecarga com a glicemia&rdquo; afirma a especialista.&nbsp;

A doen&ccedil;a &eacute; dividida em dois tipos: gen&eacute;tica (tipo 1) e adquirida ao longo da vida (tipo 2). O diabetes tipo 1 &eacute; uma doen&ccedil;a autoimune tratada com uso de insulina, planejamento alimentar e atividades f&iacute;sicas para controlar o n&iacute;vel de glicose no sangue. J&aacute; o diabetes tipo 2 &eacute; definido quando o organismo n&atilde;o consegue usar devidamente a insulina que produz ou a produ&ccedil;&atilde;o &eacute; insuficiente. No tipo 2, a doen&ccedil;a pode ser controlada com atividade f&iacute;sica e planejamento alimentar, mas, em alguns casos, &eacute; necess&aacute;rio o uso de insulina e/ou outros medicamentos orais.

&ldquo;&Eacute; muito importante fazermos exames peri&oacute;dicos para detec&ccedil;&atilde;o de doen&ccedil;as, principalmente quando a pessoa apresentar sintomas como perda de peso, excesso de ingest&atilde;o de &aacute;gua, sede excessiva e aumento do n&uacute;mero de vezes de querer urinar&rdquo;, alerta Dra. Marla.&nbsp;

A especialista afirma que manter um estilo de vida saud&aacute;vel &eacute; fundamental para que a doen&ccedil;a seja controlada, incluindo uma rotina ativa, alimenta&ccedil;&atilde;o com dieta equilibrada, acompanhamento m&eacute;dico regular. &ldquo;A manuten&ccedil;&atilde;o do peso adequado atrav&eacute;s de uma dieta balanceada e exerc&iacute;cios f&iacute;sicos previne muitas doen&ccedil;as, incluindo a diabetes&rdquo; orienta a m&eacute;dica.

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