No Brasil, cerca de 1,2 milhão de pessoas sofrem com alguma demência. Segundo estimativas da Alzheimer’s Disease International, os números poderão chegar a 74,7 milhões em 2030. O diagnóstico, que está se tornando cada vez mais recorrente, é o grande medo de muitas pessoas ao redor do mundo que temem perder suas funções racionais e motoras, principalmente quando há predisposição genética.

A Doença de Alzheimer (DA) é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se manifesta por deterioração cognitiva iniciando por distúrbio da memória e alterações comportamentais (sintomas neuropsiquiátricos), que podem evoluir até o comprometimento de atividades diárias.

O médico Italo Almeida, que é também diretor da clínica Neuro Integrada, explica que os sintomas da Doença de Alzheimer se apresentam gradativamente, já que a doença progride no decorrer dos anos. "Perda de memória sobre acontecimentos recentes, repetições na fala, irritabilidade, agressividade, perda de habilidade para dirigir e chegar até locais conhecidos são alguns sinais que podem se apresentar no início da evolução no paciente", alerta.

As pessoas com predisposição para alguma doença, não só o Alzheimer, precisam tomar essa consciência e decidir cuidar da saúde o quanto antes. Manter o cérebro saudável e prevenir doenças como Alzheimer e outros tipos de demência exige uma abordagem multifacetada que envolve hábitos de vida saudáveis, nutrição adequada, controle de fatores de risco e estímulo mental contínuo.

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Um estudo liderado por cientistas do Centro para Envelhecimento Saud&aacute;vel do C&eacute;rebro, da Universidade de New South Wales, na Austr&aacute;lia, revelou que o consumo di&aacute;rio de at&eacute; duas de cervejas por pessoas com mais de 60 anos pode prevenir contra a dem&ecirc;ncia, s&iacute;ndrome que se caracteriza pela deteriora&ccedil;&atilde;o progressiva das fun&ccedil;&otilde;es cognitivas. Os resultados foram publicados na revista cient&iacute;fica brit&acirc;nica&nbsp;Addiction.

Para realiza&ccedil;&atilde;o da pesquisa, foram utilizadas cerca de 25 mil pessoas, que fizeram parte de 15 estudos epidemiol&oacute;gicos conduzidos em na&ccedil;&otilde;es localizadas em todos os continentes. Foi observado durante a an&aacute;lise que a taxa de dem&ecirc;ncia era 38% menor entre os indiv&iacute;duos que bebiam moderadamente, quando comparados com os participantes que n&atilde;o ingeriam nada de &aacute;lcool.

Durante a an&aacute;lise, os pesquisadores observaram que entre aqueles que bebiam moderadamente, em compara&ccedil;&atilde;o com os participantes que n&atilde;o ingeriam nada de &aacute;lcool, houve uma incid&ecirc;ncia de casos de dem&ecirc;ncia at&eacute; 38% menor, dependendo da quantidade.

Os pesquisadores compararam tamb&eacute;m aqueles que bebiam, mas largaram o &aacute;lcool, com os que nunca tiveram o h&aacute;bito de consumir as bebidas. Por&eacute;m n&atilde;o houve diferen&ccedil;as significativas na incid&ecirc;ncia de quadros de dem&ecirc;ncia entre esses dois grupos.

Os cientistas conclu&iacute;ram que beber uma quantidade de at&eacute; 40 gramas por dia de &aacute;lcool, acima dos 60 anos, de fato est&aacute; associado a um risco menor para o comprometimento cognitivo. Por&eacute;m, embora uma lata de cerveja tenha, em m&eacute;dia, 10 gramas, outros estudos apontam que uma quantidade al&eacute;m de duas unidades pode levar na realidade a um aumento do risco.

Conduzido por pesquisadores da Fran&ccedil;a e do Reino Unido, um trabalho publicado no British Medical Journal (BMJ) analisou dados de quase 10 mil pessoas e observou que beber at&eacute; 14 unidades por semana &ndash; cerca de duas latas ou ta&ccedil;as de vinho por dia &ndash; levou a uma incid&ecirc;ncia 47% menor de dem&ecirc;ncia em compara&ccedil;&atilde;o aos que n&atilde;o ingeriam &aacute;lcool. No entanto, quando avaliado o consumo maior que 14 unidades por semana, foi constatado um efeito inverso: o risco aumentou 17%.

Os cientistas acreditam que os efeitos positivos de doses moderadas podem estar ligados &agrave; capacidade de diminuir a inflama&ccedil;&atilde;o do c&eacute;rebro e modular a concentra&ccedil;&atilde;o de prote&iacute;na beta-amiloide no &oacute;rg&atilde;o, fator que &eacute; ligado ao Alzheimer, por exemplo.

Outra hip&oacute;tese &eacute; que baixas concentra&ccedil;&otilde;es de &aacute;lcool ativam o sistema glinf&aacute;tico, que funciona limpando as toxinas do c&eacute;rebro e como uma esp&eacute;cie de protetor dos neur&ocirc;nios, as c&eacute;lulas cerebrais.

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A Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS) emitiu nesta quinta-feira (2/9) um alerta sobre o aumento do n&uacute;mero de casos de dem&ecirc;ncia em todo o mundo nas pr&oacute;ximas d&eacute;cadas. A s&iacute;ndrome, que j&aacute; &eacute; a s&eacute;tima causa de mortes no mundo em 2019, afeta 55 milh&otilde;es de pessoas, deve triplicar at&eacute; 2050.

A condi&ccedil;&atilde;o geralmente &eacute; de natureza cr&ocirc;nica ou progressiva, resulta de les&otilde;es ou de doen&ccedil;as que afetam o c&eacute;rebro. Assim como o Alzheimer, a s&iacute;ndrome atinge a mem&oacute;ria, o pensamento, a orienta&ccedil;&atilde;o, a compreens&atilde;o, a capacidade de aprendizagem e linguagem, entre outras fun&ccedil;&otilde;es.

A dem&ecirc;ncia leva &agrave; deteriora&ccedil;&atilde;o da fun&ccedil;&atilde;o cognitiva al&eacute;m do esperado em circunst&acirc;ncias normais de envelhecimento. &quot;Apenas um quarto dos pa&iacute;ses de todo o mundo tem uma pol&iacute;tica, uma estrat&eacute;gia ou um plano nacional para apoiar as pessoas com dem&ecirc;ncia e suas fam&iacute;lias&quot;, diz o relat&oacute;rio da OMS que analisa a resposta global de sa&uacute;de p&uacute;blica &agrave; dem&ecirc;ncia.

Metade desses pa&iacute;ses est&atilde;o localizados na Europa, mas muitos planos e estrat&eacute;gias nacionais para a dem&ecirc;ncia necessitam ser atualizados e renovados por parte dos respectivos governos, conforme o documento.

Ainda segundo o relat&oacute;rio da OMS, o n&uacute;mero de pessoas com dem&ecirc;ncia cresce em todo o mundo, estimando-se que atualmente 55 milh&otilde;es de pessoas com mais de 65 anos sofram da s&iacute;ndrome, valor que deve aumentar para 78 milh&otilde;es em 2030 e para os 139 milh&otilde;es em 2050.

&quot;O crescimento populacional e a maior longevidade, combinados com o aumento de certos fatores de risco de dem&ecirc;ncia, levaram a um crescimento dram&aacute;tico do n&uacute;mero de mortes causadas pela s&iacute;ndrome nos &uacute;ltimos 20 anos. Em 2019, 1,6 milh&atilde;o de mortes ocorreram em todo o mundo devido &agrave; dem&ecirc;ncia, tornando-se a s&eacute;tima causa de morte&quot;, destaca o documento.

Vale lembrar que pessoas com doen&ccedil;as neurol&oacute;gicas, incluindo dem&ecirc;ncia, s&atilde;o mais vulner&aacute;veis &agrave; infec&ccedil;&atilde;o pelo v&iacute;rus SARS-CoV-2, correndo maior risco de interna&ccedil;&otilde;es prolongadas e de sofrerem uma forma grave de Covid-19 e de morte. Para a organiza&ccedil;&atilde;o, &nbsp;&eacute; urgente refor&ccedil;ar o apoio a n&iacute;vel nacional, tanto &agrave;s pessoas com dem&ecirc;ncia, que precisam de cuidados prim&aacute;rios e especializados de sa&uacute;de, de servi&ccedil;os sociais, de reabilita&ccedil;&atilde;o e de cuidados a longo prazo e paliativos, quanto no apoio aos seus cuidadores formais e informais.

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Os filhos do jornalista e apresentador Cid Moreira, de 93 anos, acreditam que o pai apresenta sintomas de dem&ecirc;ncia e entraram com um processo na vara de fam&iacute;lia de Petr&oacute;polis, Rio de Janeiro, pedindo a sua interdi&ccedil;&atilde;o e a pris&atilde;o da madrasta, F&aacute;tima Sampaio Moreira.

Roger e Rodrigo Moreira alegam que a liberdade do pai &eacute; limitada pela cadastra, Fatima Sampaio Moreira, que controla at&eacute;, segundo os enteados, as publica&ccedil;&otilde;es do jornalista nas redes sociais e pediram a pris&atilde;o dela.

O processo cita ainda a necessidade de uma tutela de urg&ecirc;ncia pois Cid Moreira n&atilde;o teria &quot;m&iacute;nimas condi&ccedil;&otilde;es&quot; de administrar os pr&oacute;prios bens, segundo os filhos. Roger e Rodrigo apontam ainda que F&aacute;tima Moreira mant&eacute;m o marido em &quot;c&aacute;rcere privado&quot;. No processo os jovens contam que ela, 40 anos mais jovem que Cid Moreira, teria se casado com o apresentador motivada por &quot;interesses econ&ocirc;micos&quot;.

Al&eacute;m de estelionato, o documento tamb&eacute;m aponta outras acusa&ccedil;&otilde;es contra F&aacute;tima, como apropria&ccedil;&atilde;o ind&eacute;bita e forma&ccedil;&atilde;o de quadrilha. A a&ccedil;&atilde;o com assinatura do advogado &Acirc;ngelo Carbone tamb&eacute;m pede bloqueio imediato dos bens de Cid durante a investiga&ccedil;&atilde;o.

O processo ocorre dias depois de Cid deserdar o&nbsp;&nbsp;filho adotivo,&nbsp;&nbsp;Roger Felipe, que &eacute; sobrinho biol&oacute;gico da ex-esposa de Cid e foi adotado em 1991, quando tinha 14 anos.

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