A <a href="https://aratuon.com.br/saude" target="_blank" rel="noopener">Organiza&ccedil;&atilde;o Mundial da Sa&uacute;de (OMS)</a> emitiu um alerta sobre o crescimento r&aacute;pido dos casos e mortes por c&oacute;lera em diversas partes do mundo. Entre janeiro e abril deste ano, mais de 157 mil pessoas foram infectadas e 2.148 morreram em decorr&ecirc;ncia da doen&ccedil;a, que j&aacute; afeta 26 pa&iacute;ses.
A &Aacute;frica &eacute; a regi&atilde;o mais impactada. Segundo a OMS, &ldquo;Angola j&aacute; registrou 15.844 casos&rdquo;, sendo o pa&iacute;s africano um dos mais atingidos pela infec&ccedil;&atilde;o. O leste do Mediterr&acirc;neo e o sudeste da &Aacute;sia aparecem logo em seguida entre as &aacute;reas mais afetadas. O Brasil monitora a situa&ccedil;&atilde;o, especialmente devido &agrave; proximidade com na&ccedil;&otilde;es vizinhas onde a c&oacute;lera est&aacute; se espalhando.
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De acordo com a OMS, &ldquo;o aumento dos casos est&aacute; ligado a v&aacute;rios fatores&rdquo;. Entre eles, desastres naturais, como enchentes, e conflitos armados, que for&ccedil;am o deslocamento de popula&ccedil;&otilde;es e comprometem as condi&ccedil;&otilde;es de higiene. Al&eacute;m disso, a organiza&ccedil;&atilde;o afirma que &ldquo;as mudan&ccedil;as clim&aacute;ticas tamb&eacute;m contribuem para o problema&rdquo;.
A entidade expressou preocupa&ccedil;&atilde;o com a escassez de vacinas. &ldquo;Atualmente h&aacute; apenas 3,6 milh&otilde;es de doses, quando o ideal para emerg&ecirc;ncias seria ter pelo menos 5 milh&otilde;es&rdquo;, informou a OMS.
Somente no m&ecirc;s de abril foram registrados 37.147 novos casos e 561 mortes, indicando que a doen&ccedil;a continua a avan&ccedil;ar. A c&oacute;lera &eacute; uma infec&ccedil;&atilde;o grave que causa diarreia intensa e desidrata&ccedil;&atilde;o, podendo levar &agrave; morte se n&atilde;o for tratada.
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Com informa&ccedil;&otilde;es do SBT News

O Ministério da Saúde confirmou um registro de cólera em Salvador, na sexta-feira (19/4). O caso é considerado como "autóctone", que significa que a doença foi contraída na própria cidade, sem que o paciente tenha sido infectado em outro lugar. Esse é primeiro registro em 18 anos.

Em nota, a Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente informou que o caso foi detectado em um homem de 60 anos, morador de Salvador, que apresentou um desconforto abdominal e diarreia aquosa, em março de 2024. Duas semanas antes ele havia feito uso de antibiótico para tratamento de outra patologia. Segundo exames laboratoriais, a bactéria causadora da doença foi Vibrio cholerae O1 Ogawa.

Desde 2006 não são registrados casos de cólera autóctone, com os últimos incidentes registrado entre 2004 (21 casos) e 2005 (5 casos). Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, trata-se de um caso isolado, uma vez que não há outros registros identificados, após a investigação epidemiológica realizada pelas equipes de saúde locais junto às pessoas que tiveram contato com o paciente.

O período de transmissão da doença é de um a dez dias após a infecção. Entretanto, para as investigações epidemiológicas, no Brasil, está padronizado o período de até 20 dias por margem de segurança

Dessa forma, segundo a pasta, o paciente não transmite mais o agente etiológico desde o dia 10 de abril.

CÓLERA

Segundo o Ministério da Saúde, a cólera é uma doença infecciosa intestinal aguda, transmitida por contaminação fecal-oral direta ou ingestão de água e alimentos contaminados. Ela é causada pela ação da toxina liberada por dois sorogrupos específicos da bactéria Vibrio cholerae (sorogrupos O1 e O139). A toxina se liga às paredes intestinais, alterando o fluxo normal de sódio e cloreto do organismo, que faz com que o corpo secrete grandes quantidades de água. Os sintomas são diarreia líquida, desidratação, náuseas e até febre.

Cerca de 75% das pessoas infectadas permanece assintomática; enquanto que a maioria entre os contaminados que desenvolvem a doença, apresenta sintomas leves ou moderados. Apenas de 10% a 20% desenvolvem a forma severa, que, se não for tratada prontamente, pode levar a graves complicações e ao óbito.

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A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um alerta para o aumento de casos de cólera no mundo. De acordo com a entidade, em 2022, foram registrados mais que o dobro de casos da doença que em 2021 – 472.697 contra 223.370. Além disso, 44 países reportaram notificações da doença – um aumento de 25% em relação aos 35 países que reportaram casos em 2021. As informações são da Agência Brasil.
“Não só houve mais surtos, mas os surtos foram maiores”, destacou a OMS. Os dados mostram que sete países – Afeganistão, Camarões, República Democrática do Congo, Malawi, Nigéria, Somália, Síria e República Árabe – reportaram mais de 10 mil casos suspeitos ou confirmados no ano passado. “Quanto maior o surto, mais difícil é normalmente controlá-lo”.
Os números sugerem que, em 2023, o aumento de casos deve se manter – atualmente, 24 países já confirmaram surtos de cólera em andamento, sendo que alguns deles enfrentam o que a OMS chama de “crises agudas” provocadas pela doença.
A entidade lembrou que a cólera é uma infecção intestinal aguda que se espalha via alimentos e água contaminados com fezes contendo a bactéria Vibrio cholerae e que o quadro está intimamente ligado à falta de água potável e saneamento adequado, à pobreza e aos conflitos.
“As alterações climáticas também desempenham seu papel neste recrudescimento, uma vez que acontecimentos climáticos extremos, como inundações, secas e ciclones desencadeiam novos surtos e agravam os já existentes.”
Além disso, o aumento na procura por mecanismos de combate à cólera configura o que a entidade classifica como desafio para os esforços no controle de doenças em todo o mundo.
Desde outubro do ano passado, o Grupo de Coordenação Internacional (ICG, na sigla em inglês), organismo que gere o abastecimento de emergência de vacinas – optou por suspender o esquema padrão de vacinação em duas doses nas campanhas de resposta a surtos de cólera, utilizando, em vez disso, uma abordagem com dose única.
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