<p style="text-align: justify;">A 27ª Bienal do Livro de São Paulo foi palco do aguardado lançamento do livro interativo "Como Quem Muda de Cor", do pernambucano - radicado na Bahia - Maviael Melo. O evento, realizado na segunda-feira (9/9), no Espaço Cordel e Repente, foi promovido pela Editora Imeph e reuniu amantes da literatura, da arte e da música.</p>
<p style="text-align: justify;">A obra conta com ilustrações de Silvana de Menezes, que participou do lançamento ao lado de Maviael, proporcionando aos presentes uma imersão no universo visual e poético do livro. Para enriquecer ainda mais a experiência, a apresentação contou os talentosos músicos Rodrigo Sestrem, na flauta, e Marcelo Fonseca, no violino, criando uma atmosfera de harmonia entre palavra e som.</p>
<p style="text-align: justify;">"Como Quem Muda de Cor" surge no ano em que o Cubo Mágico completa 50 anos de criação. O poeta, escritor, cantor e compositor pernambucano Maviael Melo transformou o objeto em poesia, moldando um universo de novos formatos de interação com o Cubo: compôs música, cordel, animação, gravou clipe e escreveu livro, tudo isso tendo o brinquedo como ponto de partida.</p>
<strong>Assista ao clipe:</strong>

https://youtu.be/O3wWeH9vVU0?si=i3Rp1ASGTqX-BSO_
<p style="text-align: justify;">Além do livro, será vendido também um kit que conta com uma linguagem repleta de encantamento e poesia, a história do objeto e um tutorial em cordel. A caixa traz também um cubo 3x3, para garantir a imersão nesta viagem repleta de cores, muita diversão e desafios.</p>
<p style="text-align: justify;">“Como Quem Muda de Cor’ já desponta como um dos grandes destaques da Bienal, reafirmando a versatilidade e a força criativa de Maviael Melo na literatura brasileira.</p>
<p style="text-align: justify;"><strong>Sobre Maviael Melo</strong></p>
<p style="text-align: justify;">Poeta e cantador pernambucano, radicado na Bahia a mais de 18 anos, já se apresentou em diversas cidades de Pernambuco, Bahia, Paraíba, Rio de Janeiro, São Paulo e outros estados do Brasil. Suas apresentações, sempre recheadas de poesias e cordéis, além de belas músicas, já lhe renderam diversas premiações e participações em Festivais de diversos estados do Brasil,</p>
<p style="text-align: justify;">Pedagogo em formação e apaixonado por poesia e cordel, Maviael é pai de quatro filhos e viaja Brasil afora apresentando a sua arte, aprendendo e ensinando. Em suas andanças, além dos shows, festivais e eventos culturais também ministra oficinas de cordel e construção poética para professores, educadores e alunos, mostrando como a arte pode ser uma importante ferramenta pedagógica.</p>
<p style="text-align: justify;">Maviael Melo realizou 04 edições do projeto Edu Cordel nas cidades de Juazeiro, Petrolina e Nova Redenção, através de prêmios do MINC/FUNARTE, em mais de dez cidades da Bahia e Pernambuco.</p>
<p style="text-align: justify;">Tem a inquietude dos “arteiros” que buscam fazer da arte sua fala e sua contribuição enquanto parte de um todo cultural. Com dois CDs, um DVD e um vinil, o artista transporta nas canções e poesias versos de um Brasil atual. Com a chegada da obra “Caminhos da Liberdade”, Maviael agora soma sete livros publicados, cinco de poesia e cordel e dois romances.</p>


<p style="text-align: justify;"><em>"E se a gente fizer um bloco só de negão?"</em>. Esse foi o questionamento feito por Antonio Carlos dos Santos, mais conhecido como "Vovô do Ilê", na década de 1970, inspirado pelos apaches e blocos de índios no Carnaval da capital baiana. A história do primeiro bloco afro do Brasil, o Ilê Aiyê - "o mais belo dos belos" -, foi o tema do último painel do espaço "Café Literário" da Bienal do Livro da Bahia 2024, no Centro de Convenções de Salvador.</p>
<p style="text-align: justify;">"O Ilê surgiu como uma proposta minha e de Apolônio [amigo e cofundador do bloco, falecido em 1992]. Nós curtíamos o bairro da Liberdade, o Gandhy, desfiles de blocos de samba... e percebemos que não tinha participação de pessoas negras", iniciou Vovô.</p>
<p style="text-align: justify;">Nessa época, a dupla já se inspiravava no movimento negro americano, da ideologia às roupas coloridas, algo até então incomum para pessoas negras. "A gente tinha esse orgulho de ser negão da Liberdade, mas a juventude negra desfilava em blocos de índios... Por que não fazer um bloco só de negão?", lembrou.</p>
<p style="text-align: justify;">Ao comentar sobre a ideia com a mãe, Mãe Hilda de Jitolu, ela indagou: "mas não vai sair só homem não, né? Porque eu também vou sair".</p>
<p style="text-align: justify;">Segundo Vovô, a matriarca queria orientar o filho e amigos, e foi assim que fez. O terreiro Acé Jitolu, na casa dela, na Liberdade, foi a primeira casa do Ilê. "Se não fosse Mãe Hilda, não estaríamos comemorando os 50 anos do Ilê Aiyê", afirmou.</p>
<p style="text-align: justify;">Ainda de acordo com o fundador, o diferencial do Ilê, além da matriarca, foi socializar as ideias do Movimento Negro nas músicas.</p>
<p style="text-align: justify;"><strong>IDENTIFICAÇÃO</strong></p>
<p style="text-align: justify;">Também convidada do painel, a historiadora, professora e articulistra Luciana da Cruz Brito falou sobre seu primeiro contato com o Ilê, no final da década de 1990, ainda como estudante de História na Universidade Federal da Bahia (Ufba), e como isso a marcou.</p>
<p style="text-align: justify;">"Venho de uma família de maioria de pessoas negras, mas de muitas cores, cujo ideal dessas pessoas era embranquecer. Não foi um caminho familiar [encontrar o Ilê]. A negritude era um peso", contou. "Nunca tive dúvida [da sua negritude], mas era um peso. Até que um dia, na universidade, me falaram 'vai ter o ensaio do Ilê'. Devia ser 1999... Fiquei impactada! A negritude ali não era um peso. Foi um mundo que se abriu", revelou.</p>
<p style="text-align: justify;">Alguns anos se passaram até Luciana sair como foliã do bloco, em 2008. Ali, disse, entendeu que "sair no Ilê" era um megaevento de celebração da negritude individual. "Em três dias de desfile, as pessoas celebram o que elas são", destacou.</p>
<p style="text-align: justify;">Rememorando o sentimento, afirmou que desfilar no Ilê, para ela, é celebrar ser uma mulher negra e a beleza do povo de Salvador, quando é possível passar por qualquer lugar "que o caminho se abre".</p>
<p style="text-align: justify;">"Não há nenhuma hipocrisia nisso. É celebração e respeito da alegria e da negritude da cidade de Salvador. Foi uma suspensão de qualquer sentimento de fardo. Foi uma reconciliação com quem eu sou. Isso que significou para mim", concluiu.</p>
<p style="text-align: justify;"><strong>LEIA MAIS: </strong><a href="https://aratuon.com.br/cultura/2024-05-01/literatura-infantil-e-destaque-na-bienal-do-livro-bahia-forca-ancestral-diz-escritora-regina-luz/" target="_blank" rel="noopener"><strong>Literatura infantil é destaque na Bienal do Livro Bahia; ‘força ancestral’, diz escritora Regina Luz</strong></a></p>
<p style="text-align: justify;"><strong>LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/cultura/2024-05-01/e-a-bahia-interpretes-de-inacia-em-renascer-discutem-esterotipos-baianos-em-bienal-do-livro/" target="_blank" rel="noopener">‘É a Bahia’: intérpretes de Inácia em ‘Renascer’ discutem esterótipos baianos, em Bienal do Livro</a></strong></p>
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<p style="text-align: justify;">Não tem como olhar para a atriz Edvana Carvalho sem pensar no bordão "É a Bahia!", que tanto faz sucesso nas redes sociais. Mas a artista não se resume a esse recorte, ainda que o estado tenha te dado norte, régua e compasso para exercer seu trabalho.</p>
<p style="text-align: justify;">Nesta quarta-feira (1/5), Edvana se juntou à também atriz - e escritora - Rita Santana e ao cineasta Sérgio Machado na mesa redonda "Meu trabalho é te traduzir", com mediação da jornalista Denny Fingergut, para conversar sobre a representação da Bahia em produções audiovisuais.</p>
<p style="text-align: justify;">De acordo com Rita, que interpretou Inácia na primeira versão da novela "Renascer", da TV Globo,<strong> "o texto [da novela] tem uma marca que já sai com estereótipos"</strong>, mas é algo que vem se lapidando com o tempo, como o público pode ver com Edvana, intérprete da mesma personagem, 30 anos depois, no <em>remake</em> da trama.</p>
<p style="text-align: justify;">Segundo Edvana, existe diferença no tratamento dos estereótipos nessa segunda versão, levando em conta, ainda, outas questões sociais abordadas com outro olhar, como a transgeneridade e estigmas das religiões de matriz africana. "As coisas já vêm escritas e você tem que reproduzir, mas eu não sou muito obediente", brincou. "Coloco coisas minhas, da minha vivência, e combato certas atitudes", acrescentou a atriz.</p>
<p style="text-align: justify;">"<strong>A Inácia, de novo, tem o estereótipo de empregada doméstica, mas ela não é subalternizada.</strong> Muitas vezes, é ela que 'tá' mandando na casa toda. É uma mulher que manda. Todas essas coisas me fizeram querer estar nessa novela. É uma obra que está no imaginário do Brasil", completou.</p>
<p style="text-align: justify;">Edvana afirmou, ainda, que às vezes sente que serve de canal para sua ancestralidade e o quanto a cultura negra é importante para o país. Ela, então, coloca em cena, algumas vezes, coisas que não estão no texto. "Porque são coisas da minha infância, lembranças da minha família de mulheres, da Bahia, e dessa vivência que a gente já tem aqui", concluiu.</p>
<p style="text-align: justify;"><strong>FUGA DE ESTEREÓTIPOS</strong></p>
<p style="text-align: justify;">Para Sérgio Machado, que dirigiu "Cidade Baixa", primeira obra do cineasta, e trabalhou ao lado de Walter Sales em "Central do Brasil", seu projeto de vida sempre foi "fugir de estereótipos".</p>
<p style="text-align: justify;">"Queria um filme com cara e cheiro de Salvador, com azeite de dendê", declarou na Bienal. "Conheci os 'puteiros' da Bahia, fui fazendo amizade, conheci uma figura histórica, 'Dois Murros', que me apresentou o submundo da cidade", disse sobre "Cidade Baixa".</p>
<p style="text-align: justify;">À época da produção do longa, Sérgio queria atores negros para o trio de protagonistas. Um deles era Lázaro Ramos, que insistiu para que Machado escalasse o amigo Wagner Moura. "Eles ainda não eram tão conhecidos", disse o cineasta, que também escalou Alice Braga.</p>
<p style="text-align: justify;">Mesmo diferente do planejado, o filme fez enorme sucesso. "Eu queria uma sexualidade baiana, onde o sexo não fosse um problema, mas sim uma solução", complementou o cineasta.</p>
<p style="text-align: justify;"><strong>EM TEMPO</strong></p>
<p style="text-align: justify;">Nesta quarta-feira (1/5), Rita Santana também lança, na Bienal do Livro Bahia 2024, seu livro mais recente, "Borrasca", composto por poemas.</p>
<p style="text-align: justify;">A programação da Bienal segue até a noite, com a última mesa redonda - "O Mais Belo dos Belos: Ilê Aiyê faz 50 anos" - às 18h.</p>
<p style="text-align: justify;">Confira a programação completa no site oficial do evento literário (<strong><a href="https://bienaldolivrobahia.com.br/programacao/?espaco=&amp;data=2024-05-01" target="_blank" rel="noopener">clique aqui</a></strong>).</p>
<p style="text-align: justify;"><strong>LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/cultura/2024-04-27/estudante-ganha-r-1-mil-em-livros-de-influenciador-durante-a-bienal-do-livro/">Estudante ganha R$ 1 mil em livros de influenciador durante a Bienal do Livro</a></strong></p>
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O final de semana foi de muitos encontros, vendas e autógrafos na Bienal do Livro Bahia 2024, no Centro de Convenções Salvador, no bairro da Boca do Rio. Seguindo até a quarta-feira (1/5), o evento terá ainda dois dias com uma programação de bate-papos, brincadeiras e até show de mágica.

Nesta terça-feira (30/4), o destaque vai para uma mesa com a cantora Alice Caymmi, que vai abordar as vivências ao lado do avô, o cantor e compositor Dorival Caymmi, e a cronista Paloma Amado, que vai falar sobre as parcerias do cantor com o pai dela, o escritor Jorge Amado.

Já na quarta-feira (1/5), quem deve fechar o evento com chave de ouro é a jornalista Rita Batista, a escritora, cantora e compositora Zélia Duncan e o líder do bloco Ilê Aiyê, Vovô do Ilê.

<strong>Veja a programação dos últimos dias da Bienal:</strong>

<strong>TERÇA-FEIRA (30/4) </strong>

<strong>10h:</strong> Programação infantil com Tanila Amorim e Camila Alemany
<strong>11h:</strong> Arena Jovem com Larissa Siriane, Igor Pires e Schneider Carpeggiani
<strong>11h:</strong> Espetáculo infantil com José Rebouças
<strong>13h:</strong> Arena Jovem com Bruno Monteiro, Rowena Brito, Ordep Serra
<strong>13h:</strong> Programação infantil com Palhaço Tiziu
<strong>14h:</strong> Café Literário com Amós Santos, Cláudio Rafael, Marina Martinelli e Saulo Dourado

<strong>QUARTA-FEIRA (1/4) </strong>

<strong>11h:</strong> Programação infantil com Adilson Passos
<strong>11h:</strong> Arena Jovem com Rita Batista, Allan Dias Castro e Gabriela Almeida
<strong>14h:</strong> Café Literário com Sérgio Machado, Rita Santana e Dennu Fingergut
<strong>15h:</strong> Arena Jovem com Heloisa Murgel Starling, Zélia Duncan e Edma de Góis
<strong>16h:</strong> Café Literário com Kaká Werá
<strong>18h:</strong> Café Literário com Vovô do Ilê, Luciana Brito e Alex Simões

<strong>Veja a programação completa no site <a href="https://bienaldolivrobahia.com.br/programacao/?espaco=&amp;data=2024-05-01">bienaldolivrobahia.com.br</a></strong><strong>.</strong>

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No primeiro dia de evento, na última sexta-feira (26), o influenciador Rodrigo Roque, mais conhecido como Digão, famoso por fazer sucesso entre o Book Tok - subcomunidade do aplicativo TikTok, voltada para livros e literatura, surpreendeu uma estudante da rede estadual Ana Paula, com R$ 1 mil reais em livros.

Com mais de 731 mil seguidores no TikTok e mais de 224 mil no Instagram, o criador de conteúdo literário desembarcou em Salvador no último dia 23 para participar da Bienal do Livro Bahia 2024 e promete não faltar nenhum dia da Bienal, que permanece até a próxima quarta-feira (1/5).

O influencer compartilhou o desafio proposto à jovem, que concordou em trocar os R$ 50 fornecidos pelo governo para a compra de livros durante o evento pelos R$ 1.000 em livros oferecidos por Digão. Entre as obras que a baiana escolheu estão a coleção “O Príncipe Cruel”, de Holly Black; o box de “Os Tons de Magia”, de V. E. Schwab; a trilogia “Reino das Bruxas”, de Kerri Maniscalco; “O Amor Não é Óbvio”, de Elayne Baeta; a série “Cidade da Lua Crescente”, de Sarah J. Maas; e “Heartstopper”, de Alice Oseman.

<strong>Confira o momento em que Ana Paula é surpreendida pela proposta de Digão: </strong>
<blockquote class="instagram-media" style="background: #FFF; border: 0; border-radius: 3px; box-shadow: 0 0 1px 0 rgba(0,0,0,0.5),0 1px 10px 0 rgba(0,0,0,0.15); margin: 1px; max-width: 540px; min-width: 326px; padding: 0; width: calc(100% - 2px);" data-instgrm-captioned="" data-instgrm-permalink="https://www.instagram.com/reel/C6PX54fvQJx/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" data-instgrm-version="14">
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</div>
</div>
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<div style="color: #3897f0; font-family: Arial,sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-weight: 550; line-height: 18px;">Ver essa foto no Instagram</div>
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<p style="color: #c9c8cd; font-family: Arial,sans-serif; font-size: 14px; line-height: 17px; margin-bottom: 0; margin-top: 8px; overflow: hidden; padding: 8px 0 7px; text-align: center; text-overflow: ellipsis; white-space: nowrap;"><a style="color: #c9c8cd; font-family: Arial,sans-serif; font-size: 14px; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: 17px; text-decoration: none;" href="https://www.instagram.com/reel/C6PX54fvQJx/?utm_source=ig_embed&amp;utm_campaign=loading" target="_blank" rel="noopener">Uma publicação compartilhada por Rodrigo Roque (@roquedigao)</a></p>

</div></blockquote>
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No mesmo dia, outra jovem publicou nas redes sociais que também ganhou uma surpresa de Digão. Dessa vez, o presente foi um leitor digital.
<blockquote class="twitter-tweet" data-media-max-width="560">
<p dir="ltr" lang="pt">GENTEEEEEEEEEEE
HOJE EU ENCONTREI O QUERIDO DO <a href="https://twitter.com/DigaoRoque?ref_src=twsrc%5Etfw">@DigaoRoque</a> E GANHEI UM KINDLE NOVOOOOOOO 😭😭😭🥰🥰🥰🥰😍😍😍😍 EU AINDA ESTOU EM ÊXTASE <a href="https://t.co/s68djlSsGU">pic.twitter.com/s68djlSsGU</a></p>
— 𝑆𝑎𝑚𝑠. 🪐 (@readingfavs) <a href="https://twitter.com/readingfavs/status/1783985678956519778?ref_src=twsrc%5Etfw">April 26, 2024</a></blockquote>
<script async src="https://platform.twitter.com/widgets.js" charset="utf-8"></script>

<strong>LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/pets-on/2024-04-27/cao-da-raca-shih-tzu-morre-apos-ser-deixado-em-petshop-animal-teria-sido-esquecido-dentro-de-um-carro/">Cão da raça shih-tzu morre após ser deixado em petshop; animal teria sido esquecido dentro de um carro</a></strong>

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Neste primeiro dia de Bienal do Livro da Bahia, a escritora e doutora em Letras baiana Luciany Aparecida trouxe um pedacinho dos recantos do estado para Salvador. Autora de obras como “Macala”, “Florim”, “Contos Ordinários de Melancolia”, “Joanna Mina” e “Mata Doce”, que se passa em um pequeno vilarejo rural no interior da Bahia, a escritora conta que, <strong>fora da capital baiana, há centenas de histórias esquecidas que precisam ser contadas</strong>.

Este ano, o tema a Bienal, que é “as histórias que a Bahia conta”, dialoga com o trabalho da baiana, natural do Vale do Rio Jiquiriçá, na região Centro Sul da Bahia. Luciany afirma que apresentar o trabalho dela no evento é uma forma de dar visibilidade para obras do interior do estado.
<blockquote><em>“Nasci e me criei na comunidade rural do Charco. Então, para mim, como escritora, é importante [estar na Bienal], porque o meu livro está circulando. E, para a criança e a adolescente que eu fui, é importante. Imagina, uma criança ou uma adolescente aqui vai pensar: 'Posso ser escritora'. <strong>É importante para essas pessoas verem pessoas como elas nesses espaços, e lembrar que a literatura foge de lugares mais centrais e ocupa outras zonas</strong>”, destacou a escritora.</em></blockquote>
Luciany aponta que há muito do interior para se contar, seja de beleza, de tradição, de matriarcalismo, ou de abandono e violência:
<blockquote><em>“O interior da Bahia tem histórias de mulheres para contar, de mulheres valentes, mulheres que se conectam com o meio ambiente, a partir de um lugar religioso, a partir de um lugar de esperança na vida, que fundam territórios, que são lideranças ali nos seus povoados. E isso diz de lugares e de situações de violência, de abandono, de lugares de exclusão, mas diz de uma ressignificação do jeito de viver. <strong>Essas pessoas também são intelectuais do nosso tempo, também podem pensar a sociedade, pensar a dinâmica do mundo</strong>”.</em></blockquote>
Nesta sexta-feira (26/4), a autora participou da mesa “Qual Bahia?”, ao lado do escritor Itamar Vieira Jr e da mediadora Edna Góes.

[caption id="attachment_322630" align="alignnone" width="700"]<img class="wp-image-322630" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2024/04/WhatsApp-Image-2024-04-26-at-17.42.35-300x225.jpeg" alt="" width="700" height="525" /> Bienal do Livro Bahia 2024 segue até quarta-feira (1/5) | Foto: Bruna Castelo Branco[/caption]

<strong>MAIS AUTORAS</strong>

Pela primeira vez, a escritora baiana Maria Rita Prudente, autora de livros infanto-juvenis como “O Menino e seus Botões” e “O Menino que Conversava com o Pinto”, está na Bienal do Livro, no estande “Vixe Bahia Literária”.

[caption id="attachment_322611" align="alignnone" width="700"]<img class="wp-image-322611" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2024/04/WhatsApp-Image-2024-04-26-at-17.40.56-300x225.jpeg" alt="" width="700" height="525" /> Escritora Maria Rita Prudente participará de contação de história na Bienal | Foto: Bruna Castelo Branco[/caption]

“É a primeira vez que estou participando, e estou com uma expectativa muito positiva. É um sonho realizado. Eu sempre tive uma relação muito afetiva com a literatura, principalmente a infantil. <strong>Trabalhar com literatura infantil para mim é como trazer para o mundo concreto a imaginação da criança</strong>, e também fazer com que desperte o desejo de leitura, do autocuidado e da afetividade”, contou ela.

Maria Rita participará de uma roda de contação de histórias neste domingo (28/4), às 15h, no palco do governo do estado.

Quem também está no expositor “Vixe Bahia Literária” é a professora de artes e escritora Paula Brito, que, nesta Bienal, está lançando o livro “Será que as Mães Viram Estrelas?”, que trata de luto e maternidade para crianças. Ela, que também escreve para o público infantil, reforça a importância de escrever protagonistas pretos nas histórias.

[caption id="attachment_322612" align="alignnone" width="700"]<img class="wp-image-322612" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2024/04/WhatsApp-Image-2024-04-26-at-17.41.36-300x225.jpeg" alt="" width="700" height="525" /> Escritora Paula Brito lança livro com protagonismo preto para crianças | Foto: Bruna Castelo Branco[/caption]

“<strong>É necessário falar de literatura infanto-juvenil preta, com protagonismo preto, ocupar esses espaços</strong>, para que as nossas crianças pretas, em especial, das escolas públicas, se sintam vistas. Estar em contato com essas crianças é muito importante, para que elas entendem que podem invadir esses espaços da literatura e da imaginação”, apontou a Paula.

A Bienal do Livro da Bahia vai até o dia a próxima quarta-feira (1/5), no Centro de Convenções Salvador, no bairro da Boca do Rio.

<strong>LEIA MAIS: <a href="https://aratuon.com.br/cultura/2024-04-26/estudantes-vao-pela-primeira-vez-a-uma-bienal-do-livro-evento-em-salvador-segue-ate-quarta-feira-1o/">Estudantes vão pela primeira vez a uma Bienal do Livro; evento em Salvador segue até quarta-feira (1º)</a></strong>

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Com espaço infantil, feiras de livros e mesas redondas com autores renomados da literatura brasileira, o primeiro dia da Bienal do Livro 2024, nesta sexta-feira (26/4), lotou o Centro de Convenções Salvador, no bairro da Boca do Rio. Para muitos jovens, essa foi a primeira vez numa Bienal.

Para incentivar a leitura entre jovens, colégios de Salvador levaram a sala de aula para a Bienal, numa excursão pelo evento, que segue até a próxima quarta-feira (1/5). Quem gostou dessa experiência foi a estudante Giovanna Moreira, 15 anos.

Estreante numa Bienal, a aluna, do Colégio Nossa Senhora da Luz, no bairro da Pituba, confessou ter vontade de viver todas as experiências oferecidas pelo evento. "Estou conhecendo escritores e livros que não tinha contato. Está sendo muito legal, estou gostando bastante", relatou a aluna.

[caption id="attachment_322596" align="alignnone" width="700"]<img class="wp-image-322596" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2024/04/WhatsApp-Image-2024-04-26-at-17.18.38-300x225.jpeg" alt="" width="700" height="525" /> Estudante Giovanna Moreira está pela primeira vez numa Bienal | Foto: Ananda Costa[/caption]

A professora de línguas Karen Ayeska, que frequenta a Bienal desde criança, explicou a importância de eventos literários como a Bienal e as festas e feiras literárias para jovens, principalmente com o avanço do meio digital. Formanda em Letras pela Universidade Federal da Bahia (Ufba), Karen reforça a necessidade de colocar esses estudantes em contato com os livros.

<strong>"Eu acho que as crianças estão perdendo esse amor pela leitura, então, eventos como este colocam crianças frente a frente com os livros, com capas chamativas e com autores presentes"</strong>, disse a professora.

[caption id="attachment_322594" align="alignnone" width="700"]<img class="wp-image-322594" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2024/04/WhatsApp-Image-2024-04-26-at-17.19.06-300x225.jpeg" alt="" width="700" height="525" /> Professora de línguas Karen Ayeska sente que crianças estão perdendo amor pelos livros | Foto: Ananda Costa[/caption]

<strong>MAIS EVENTOS</strong>

Quem também reforça essa ideia é a bibliotecária Mariana Moreira, que trabalha diretamente com crianças e, claro, com livros. A bibliotecária reforçou que a Bahia precisa dar mais atenção aos eventos literários.

<strong>"A cidade precisa desses eventos. Sinto que outras cidades recebem mais atenção e a Bienal daqui precisa ser mais vista, ela fortalece a comunidade leitora do estado. É perceptível como os stands estão cheios e como tem muitos jovens comprando vários livros"</strong>, observou.

[caption id="attachment_322595" align="alignnone" width="700"]<img class="wp-image-322595" src="https://aratuon.com.br/wp-content/uploads/2024/04/WhatsApp-Image-2024-04-26-at-17.19.05-300x225.jpeg" alt="" width="700" height="525" /> Bibliotecária Mariana Moreira pede por mais atenção a Bienal baiana | Foto: Ananda Costa[/caption]

A Bienal baiana sofreu, inclusive, um hiato de dez anos sem ser realizada. Foi retomada em 2022, quando bateu recorde de público em um dia de evento. E retornou após dois anos, como é a proposta do evento.

<strong>APAIXONADA</strong>

A estudante Sulamita Ágata, 16 anos, é um exemplo disso. Aluna do Colégio Estadual Oliveira Britto, no bairro de Cajazeiras, ela visita uma Bienal pela primeira vez na vida, em uma excursão da escola. Sulamita já saiu com três livros do seu gênero favorito, o romance.

As obras foram compradas com o vale-livro que alunos da rede estadual receberam do governo da Bahia. "É a minha primeira vez na Bienal e eu estou apaixonada porque tem muito livro que quero pegar. O governo me deu R$ 50 e já acabou, mas por mim eu pegava mais", disse a estudante.

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Em meio às polêmicas envolvendo o campeão do Big Brother Brasil 24, Davi Brito, e a ex-namorada, a empreendedora Mani Rego, a cunhada do vencedor do programa vai lançar um livro na Bienal do Livro Bahia, que acontece no Centro de Convenções Salvador, no bairro da Boca do Rio, entre sexta-feira (26/4) e quarta (1/4).

A pedagoga Fabiana Rego tem evitado se envolver publicamente na repercussão do término de Davi e Mani e se prepara para o lançamento do livro infantil "Contos para Erê", no stand da livraria Mostarda. A obra terá pré-venda na Bienal e, segundo a pedagoga, busca fortalecer a literatura afro-brasileira. "Contos de Erê" faz parte de uma iniciativa do Coletivo Liga do Dendê,  com escritores e pesquisadores da literatura preta infantojuvenil.

Em entrevista para a revista "Contigo!", Fabiana disse que Mani deverá participar do evento. "Pretende ir! Estará ao meu lado, assim como sempre estive ao lado dela".

<strong>O CONTO</strong>

De acordo com a autora, o livro é um convite ao leitor para refletir sobre as narrativas ancestrais, e também das raízes culturais brasileiras e da diáspora africana. "Podem esperar uma literatura de memória afetiva. É uma forma de mostrar a diversidade, de valorizar a cultura afro-brasileira e fortalecer a literatura preta infanto-juvenil", disse Fabiana em para "Contigo!".

Animada com a conquista, a pedagoga deu detalhes do livro à revista: "O meu conto fala sobre a história de um elemento muito importante da cultura brasileira, por meio da culinária baiana, o dendê. Ele está presente em quase todos os lares baianos, se desenvolve na Ilha de Itaparica e tem como personagem principal o Zuri, que ao lado do seu avô Barack, descobrirá os segredos desse óleo tão especial, o azeite de dendê".
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O escritor e educador piauiense Moacir Saraiva estará em Salvador lançando seu mais novo livro, "Retalhos da Vida". Ele fará uma sessão de autógrafos na cidade, no dia 27 de abril, às 19h30, no stand do Studio Palma, na Bienal do Livro da Bahia. O evento será no Centro de Convenções Salvador, no bairro da Boca do Rio.

"Retalhos da Vida" é a quarta obra solo do escritor e aborda as lembranças do escritor das primeiras traquinagens, como roubar dinheiro do pai para comprar o primeiro livro. O lançamento de Moacir reúne quase 100 crônicas, com linguagem do cotidiano.

<strong>SOBRE O AUTOR</strong>

Nascido no Piauí, Moacir tem 66 anos e é radicado em Valença, município do litoral baiano. É formado em Letras Vernáculas pela Universidade Católica de Salvador (Ucsal) e professor aposentado do Instituto Federal de Educação (Ifba).

Integrante da Academia Valenciana de Letras e Artes (Avela), Moacir é autor de três livros de crônicas e já participou de coletâneas. Depois de uma década do último lançamento, volta à cena literária com "Retalhos da Vida".

<strong>SERVIÇO:</strong>

<strong>O que:</strong> lançamento do livro "Retalhos da Vida" (Editora Mente Aberta)
<strong>Quando:</strong> dia 27 de abril, às 19h30
<strong>Onde:</strong> stand do Studio Palma no Bienal do Livro da Bahia, Centro de Convenções Salvador, Boca do Rio
<strong>Quanto</strong>: R$ 50 (valor de capa do exemplar)

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A Bienal do Livro Bahia 2024 será realizada no Centro de Convenções, no bairro da Boca do Rio, em Salvador, entre os dias 26 de abril e 1° de maio. Nesta terça-feira (26/3), os detalhes da programação do evento foram divulgados em evento no bairro do Rio Vermelho. Os organizadores adiantaram que todas as sessões da Bienal terão pelo menos um representante baiano participando.

De acordo com a produção do evento, a Bienal baiana terá três espaços principais: <strong>Café Literário, Arena Jovem e Espaço Infantil</strong>. O Café terá a curadoria da jornalista e escritora soteropolitana Joselia Aguiar. Segundo ela, o espaço focará em autores baianos de todas as linguagens, como literatura, cinema e teatro. "Conversando sobre assuntos sérios ou divertidos", pontuou Joselia.

<strong>PARTICIPAÇÕES</strong>

Na Arena Jovem, haverá participação de nomes como a criadora de conteúdo digital Nath Finanças, a atriz Bruna Lombardi, a apresentadora Rita Batista, a escritora Thalita Rebouças e as cantoras Daniela Mercury e Zélia Duncan. Esta última participará de uma mesa sobre os 60 anos do Golpe Militar no Brasil, completados no próximo dia 1º de abril. Haverá também um evento sobre a série de sucesso entre o público jovem "Heartstopper", mas a organização não deu detalhes.

Curador da Arena Jovem, o jornalista e doutor em teoria literária Schneider Carpeggiani abordou no evento desta terça o preconceito sofrido pelos eventos literário da região Nordeste. "Via muita desconfiança, sobretudo das editoras, do 'Nordeste leitor'. Então fico muito feliz de ver grandes editoras na Bienal [Bahia]", celebrou Schneider.

<strong>XODÓ DA BIENAL</strong>

Para a curadora do Espaço Infantil,  a jornalista, roteirista e produtora cultural Mira Silva, esse será o "xodó da Bienal". "O desafio de conversar com a infância é muito grande num país como Brasil. Pra falar com a criança é preciso aprender a ouvir", disse Mira. Segundo ela, o tema do Espaço Infantil será "janelas encantadas", em alusão aos livros como caminhos para liberdade, encantamento e afeto.

"Não adianta querer adultos leitores sem dar espaço para crianças sonharem. Neste espaço, as crianças serão crianças. Onde a 'pequenez' delas é muito importante", destacou Mira. "Quero que elas se percebam nesses espaços, nos autores e nas histórias... Ver um tanto de literatura negra é muito importante numa cidade como Salvador", pontuou. Para Mira, dessa forma, as crianças serão "adultos melhores".

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