A Polícia Federal (PF) estabeleceu que o ex-ministro da Justiça, Anderson Torres, devolva aos cofres públicos os salários recebidos enquanto esteve preso preventivamente. O valor é R$ 120 mil.

Atualmente, Torres é delegado da corporação policial e recebe uma quantia bruta de aproximadamente R$ 30 mil. Ele ficou detido durante quatro meses, por suspeita de omissão nos atos antidemocráticos do dia 8 de janeiro.

A determinação da Justiça se baseia em notas técnicas do Ministério do Planejamento, de 2013 e de 2020, que apontvam que servidores federais não podem receber remuneração quando presos de forma preventiva ou temporária, por estarem afastados de suas funções.

Se, ao final do processo, o servidor federal for absolvido, a remuneração deve ser restituída.

À CNN, a defesa do ex-ministro afirmou não ter conhecimento do assunto. Disse, ainda, que se for acionada "tomará as medidas cabíveis para evitar possíveis abusos".
A PF abriu um processo administrativo para avaliar a possibilidade de exoneração de Anderson Torres do seu atual cargo.

O governador da Bahia, Jer&ocirc;nimo Rodrigues, realizou, na manh&atilde; desta segunda-feira (9/1), uma reuni&atilde;o de trabalho com as pastas de Seguran&ccedil;a, Justi&ccedil;a e outras &aacute;reas estrat&eacute;gicas da gest&atilde;o para manter a atua&ccedil;&atilde;o conjunta de monitoramento, acompanhamento e combate aos atos antidemocr&aacute;ticos registrados desde domingo (8/1) em Bras&iacute;lia.

Participaram da agenda, os secret&aacute;rios de Seguran&ccedil;a P&uacute;blica, Marcelo Werner e da Justi&ccedil;a e Direitos Humanos da Bahia, Felipe Freitas, al&eacute;m dos secret&aacute;rios de Gabinete, Adolpho Loyola, e de Rela&ccedil;&otilde;es Institucionais, Luiz Caetano. O comandante da Pol&iacute;cia Militar, Coronel Paulo Coutinho, a delegada-geral da Pol&iacute;cia Civil, Helo&iacute;sa Brito, e a Procuradora Geral do Estado, B&aacute;rbara Camardelli.

Dentre as demandas do grupo de trabalho est&aacute; o cumprimento da ordem do ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, para que as &aacute;reas de acampamento em frente aos quart&eacute;is do Ex&eacute;rcito Brasileiro sejam liberadas. A agenda desta manh&atilde; antecede a reuni&atilde;o com os governadores, nesta segunda-feira (9/1), agendada para &agrave;s 18h, na capital federal, com o objetivo de impedir que novos atos antidemocr&aacute;ticos se espalhem pelo pa&iacute;s. Segundo o governador Jer&ocirc;nimo, devem continuar as &ldquo;posturas firmes para que a gente possa continuar fortalecendo a Democracia. A Democracia n&atilde;o vai ser destru&iacute;da nesse pa&iacute;s&rdquo;.&nbsp;

Desde domingo (8/1), a seguran&ccedil;a foi refor&ccedil;ada pela Pol&iacute;cia Militar em alguns pr&eacute;dios p&uacute;blicos na Bahia. Entre os locais monitorados est&aacute; o Centro Administrativo, em Salvador, onde est&atilde;o localizados secretarias e outros &oacute;rg&atilde;os da administra&ccedil;&atilde;o p&uacute;blica estadual. O objetivo &eacute; evitar a destrui&ccedil;&atilde;o do patrim&ocirc;nio p&uacute;blico. &nbsp;

Na madrugada desta segunda-feira (9/1), o governador Jer&ocirc;nimo enviou para Bras&iacute;lia uma tropa de 70 policiais militares para atua&ccedil;&atilde;o no combate aos atos que atingiram os pr&eacute;dios do Pal&aacute;cio do Planalto, do STF e do Congresso Nacional, na Pra&ccedil;a dos Tr&ecirc;s Poderes. O chefe do executivo, o vice-governador Geraldo J&uacute;nior, o secret&aacute;rio da Seguran&ccedil;a P&uacute;blica, Marcelo Werner, e o comandante-geral da Pol&iacute;cia Militar, coronel Paulo Coutinho, estiveram no Aeroporto Internacional de Salvador para acompanhar o embarque da tropa.

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