Andrea Santos Carvalho, mais conhecida como &quot;Rasta&quot;, de 28 anos, teve a pris&atilde;o decretada nesta sexta-feira (5/8). Ela e Gilmara Brito, mais conhecida como &quot;Mara&quot;, est&atilde;o sendo investigadas pelo assassinato da adolescente Cristal Rodrigues Pacheco, de 15 anos, na &uacute;ltima ter&ccedil;a-feira (2/8).

LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/policia/noticia/cidade/acusada-de-matar-cristal-andrea-rasta-e-abracada-pela-familia-na-saida-da-audiencia-de-custodia-ela-continuara-presa" target="_blank">Acusada de matar Cristal, &quot;Andr&eacute;a Rasta&quot; &eacute; abra&ccedil;ada pela fam&iacute;lia na sa&iacute;da da audi&ecirc;ncia de cust&oacute;dia; ela continuar&aacute; presa</a>

<a href="https://aratuon.com.br/policia/noticia/cidade/presa-segunda-suspeita-de-matar-estudante-no-centro-de-salvador-andrea-rasta-se-apresentou-com-advogado" target="_blank">Antes de Andrea ser levada para a audi&ecirc;ncia de cust&oacute;dia</a>, na Central de Flagrantes, ela e Mara estavam na Delegacia Especial de Crime contra a Crian&ccedil;a e o Adolescente (Derca), na mesma cela que Maqueila Bastos, famosa por ter cometido uma s&eacute;rie de crimes de estelionato na Bahia.

As mulheres que t&ecirc;m a pris&atilde;o decretada v&atilde;o para a Derca, que tem a &uacute;nica carceragem feminina dispon&iacute;vel em Salvador. L&aacute;, elas aguardam a audi&ecirc;ncia de cust&oacute;dia ou a ida para a penitenci&aacute;ria.

MAQUEILA BASTOS

Natural do munic&iacute;pio de Pojuca, na Regi&atilde;o Metropolitana de Salvador, Maqueila j&aacute; foi tema de reportagem do Aratu On por conta da grande quantidade de golpes j&aacute; deu. H&aacute; pouco mais de um ano, em 2021, a estelionat&aacute;ria foi presa pela 6&ordf; Delegacia Territorial (DT/Brotas), em Salvador.

LEIA MAIS:&nbsp;<a href="https://aratuon.com.br/noticia/geral/maqueila-171-baiana-que-ja-teve-transito-na-alba-e-suspeita-de-aplicar-golpes-em-empresas-motoristas-e-policiais" target="_blank">&#39;Maqueila 171&#39;: baiana que j&aacute; teve tr&acirc;nsito na ALBA &eacute; suspeita de aplicar golpes em empresas, motoristas e policiais&nbsp;</a>

Um dos golpes famosos de Maqueila &eacute; se apropriar de ve&iacute;culos utilizados por pessoas que fazem corrida por aplicativo. Depois, esses carros s&atilde;o repassados por um valor abaixo do mercado. Desesperada, uma das v&iacute;timas chegou a procurar a reportagem do Aratu On e detalhou como &quot;caiu no papo&quot; da golpista. Foi a partir da&iacute; que v&iacute;timas, incluindo policiais e servidores do Ex&eacute;rcito Brasileiro, apareceram. &nbsp;

O golpe funcionava assim: Maqueila solicitava o aplicativo (geralmente o Uber) e, durante a corrida, se apresentava para o motorista como uma funcion&aacute;ria da Prefeitura de Pojuca - sua terra natal -. Ela dizia que a gest&atilde;o municipal pagaria R$ 5 mil mensais somente pelo aluguel do autom&oacute;vel, sem motorista.

A &quot;conversa&quot; de Maqueila para conseguir dar o golpe era muito bem arquitetada. Ela argumentava para os trabalhadores que precisa ficar com o ve&iacute;culo para a instala&ccedil;&atilde;o de um rastreador. Mas. isso n&atilde;o acontecia sem que houvesse remunera&ccedil;&atilde;o: ela pagava R$ 500 como &quot;adiantamento&quot; pelo neg&oacute;cio j&aacute; no primeiro encontro.

Com o carro em m&atilde;os, sumia e nunca mais era vista. Esse tipo de a&ccedil;&atilde;o &eacute; prevista no C&oacute;digo Penal Brasileiro como apropria&ccedil;&atilde;o ind&eacute;bita. Diferente do furto, o autom&oacute;vel subtra&iacute;do do dono n&atilde;o fica no sistema das Pol&iacute;cias Militar, Civil e Rodovi&aacute;ria Federal, com restri&ccedil;&atilde;o. Ou seja, ele pode circular livremente.

Uma vez, quando foi presa, a mulher estava com um carro de luxo, modelo Compass. Segundo a delegada Francineide Moura, o autom&oacute;vel pertencia a uma locadora de Minas Gerais. O carro estava com a placa adulterada e restri&ccedil;&atilde;o de roubo.

E ela tamb&eacute;m j&aacute; mexeu com pol&iacute;tica: trabalhou no gabinete da ent&atilde;o deputada estadual Maria Luiza Laudano, que tamb&eacute;m exerceu o cargo de prefeita entre os anos de 1977 e 1983. Foi exonerada no Di&aacute;rio Oficial da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba).

ASSASSINATO

Suspeita de participa&ccedil;&atilde;o na morte do empres&aacute;rio Leandro Troesch, em uma pousada de luxo no munic&iacute;pio de Jaguaripe, a 110 km de Salvador, Maqueila Bastos, foi presa em mar&ccedil;o deste ano, em Sergipe, e depois foi transferida para Salvador.&nbsp;

Na &eacute;poca, a Justi&ccedil;a decretou a pris&atilde;o tempor&aacute;ria dela e de Shirley da Silva Figueiredo - esposa de Leandro e investigada, j&aacute; que foi a &uacute;nica pessoa que estava pr&oacute;xima do empres&aacute;rio quando ele morreu -, no dia 14 de mar&ccedil;o. Maqueila e Shirley eram namoradas.

Oficialmente, o delegado n&atilde;o pode confirmar, mas a equipe de reportagem do Aratu On apurou que, entre os anexos do inqu&eacute;rito, est&aacute; uma carta rom&acirc;ntica escrita de pr&oacute;prio punho por Maqueila, jurando amor &agrave; ent&atilde;o esposa de Leandro. Com isso, a Pol&iacute;cia Civil quer provar que ambas mantinham um caso e, como o empres&aacute;rio n&atilde;o aprovava, acabou executado.

Maqueila conheceu a esposa de Leandro anos atr&aacute;s, ap&oacute;s as duas ficarem presas no Complexo Penitenci&aacute;rio da Mata Escura.

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