Empresário suspeito de matar gari já era réu por homicídio e agressão
Empresário suspeito de matar gari matou mulher de 50 anos enquanto dirigia em alta velocidade no Rio de Janeiro
Por Da Redação.
O empresário Renê da Silva Nogueira Júnior, de 47 anos, preso suspeito de matar o gari Laudemir de Souza Fernandes, 44, na segunda-feira (11), em Belo Horizonte, durante uma discussão de trânsito - já responde a processos por homicídio e violência doméstica.
A ficha criminal de Renê começa em 2003, quando foi encaminhado ao Juizado Especial Criminal por agredir uma mulher. Dois anos depois, em 2005, voltou a ser conduzido à delegacia por violência doméstica contra a ex-noiva.
Já em 2011, ele atropelou uma mulher de 50 anos no Recreio dos Bandeirantes, no Rio de Janeiro. Na época, ele dirigia em alta velocidade. A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu, e o empresário foi acusado de homicídio culposo - quando não há intenção de matar.
Em 2021, o empresário voltou a ser investigado por violência doméstica, desta vez contra a ex-esposa. Segundo a denúncia, ele teria feito ameaças e provocado lesões corporais graves em meio a desentendimentos durante o processo de divórcio.
Morte de gari
De acordo com testemunhas, o gari recolhia lixo quando Renê, dirigindo um carro elétrico da marca BYD, exigiu que o caminhão da coleta saísse da rua para ele passar.
A motorista do caminhão disse que havia espaço suficiente para o veículo transitar, mas, segundo relato, o condutor se irritou e ameaçou a atirar. Os garis tentaram intervir.
"O condutor falou com a mulher: 'Se você esbarrar no meu carro, vou dar um tiro em você. Você duvida?' Ela entrou em choque, e os coletores começaram a falar para ele não fazer isso. Foi quando um deles, o Laudemir, levou um tiro", contou o sargento da Polícia Militar Thiago Ribeiro.
A vítima foi socorrida por policiais militares e levada em uma viatura para o hospital, mas não resistiu aos ferimentos, conforme informou a prefeitura.
O suspeito foi localizado horas depois, em uma academia no bairro Estoril. A polícia informou que um cerco foi montado após as investigações indicarem que ele estava no local.
Quem é o empresário?
Segundo o currículo Lattes, o empresário é vice-presidente de uma empresa de alimentos e já ocupou cargos de liderança em várias multinacionais. Nesta terça-feira (12), a empresa na qual ele faz parte anunciou seu desligamento e afirmou que o episódio foi uma "violência injustificável".
Em um perfil nas redes sociais com quase 30 mil seguidores, Renê se descreve como "Christian, husband, father & patriot" (em português: cristão, marido, pai e patriota). Em meio a repercussão do crime, as redes sociais do empresário foram desativadas.
Ele é casado com a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira, atualmente lotada na Casa da Mulher Mineira, unidade da Polícia Civil, inaugurada em março de 2022.
Na noite do crime, a delegada foi conduzida pela Corregedoria e se tornou alvo de investigação após o marido afirmar, em depoimento, que a arma usada pertencia a ela. Ana Paula não estava no veículo no momento do crime.
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