Tempo seco nos olhos: qual é o impacto da baixa umidade e o que fazer para evitar problemas?
A transmissão e proliferação de doenças bacterianas e virais são mais comuns durante períodos com baixa umidade
A onda de calor e o tempo seco, que atingem várias regiões do país, podem impactar a saúde dos olhos da população, além de outros problemas como os altos níveis de desidratação, sintomas respiratórios e a mucosa dos lábios seca.
Segundo o oftalmologista Benedito Delsin, o clima seco impacta os olhos no momento em que provoca a evaporação das lágrimas de forma mais acentuada e reduz a lubrificação ocular.
"Isso causa vermelhidão, coceiras e sensação constante de um cisco no olho, sintomas comuns na Síndrome do Olho Seco. Caso esse olho desprotegido tenha contato com vírus ou bactérias, é possível desenvolver algum tipo de Conjuntivite”, explica.
Ele contraindica a automedicação, já que para os casos de Síndrome do Olho Seco, a indicação é a de apenas lubrificantes oculares ou lágrimas artificiais. Nas Conjuntivites, por exemplo, é preciso de tratamento por meio de colírios com antibióticos ou corticoides.
"Por isso, é imprescindível ter um diagnóstico médico para usar o colírio adequado”, disse
Alguns dos sintomas, como vermelhidão e coceira, estão presentes nos dois casos. No entanto, há algumas diferenças, como pálpebras inchadas, sensação de areia nos olhos e secreção nas conjuntivites, segundo o oftalmologista Virgílio Centurion.
Veja outras recomendações do especialista:
- Óculos de sol: para proteger os olhos dos raios ultravioletas e evitar a evaporação das lágrimas, mantendo os olhos úmidos;
- Compressas de água gelada para diminuir a coceira nos olhos;
- Colocar vasilhas com água ou umidificadores no ambiente para melhorar a respiração.
O que mais fazer para cuidar da saúde no tempo seco?
- O pneumologista Eduardo Garcia explica que é importante ficar atento aos sintomas respiratórios e elenca o que pode acontecer com o corpo devido ao tempo seco:
- Mucosa dos lábios seca;
- Conjuntivite ou irritação dos olhos;
- Desidratação sistêmica, quando falta líquido no corpo.
A recomendação do especialista é:
"Tomar bastante água, mais do que a sede. Às vezes, a nossa percepção não está tão acurada, mas o nosso corpo precisa do líquido. Então não se pode esquecer de se hidratar", ressalta.
A quantidade ideal para o consumo diário de água, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), varia de acordo com o peso de cada um.
Por exemplo, 2,5 litros para um homem de 70 kg e 2,2 litros para uma mulher de 58 kg.
Dicas simples para evitar proliferação de doenças
A transmissão e proliferação de doenças bacterianas e virais são mais comuns durante períodos com baixa umidade. Veja as orientações para prevenir:
- Lavar as mãos;
- Evitar tossir em público e sempre proteger a boca ao tossir;
- Boa alimentação;
- Lavagem nasal.
“O ar seco diminui a produção do muco nasal. Com a lavagem, removemos secreção, melhoramos o ressecamento, sem deixar a mucosa despreparada e desprotegida para a entrada do vírus invasor", explica a otorrinolaringologista Juliana Cola Carvalho.
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