Sem aprovação da Anvisa, doses da Sputnik V que foram produzidas no Brasil serão exportadas para outros países
O Instituto Gamaleya, responsável pela fabricação da vacina contra a Covid-19, Sputnik V, informou que foi produzido o primeiro lote do imunizante pela União Química, laboratório brasileiro com sede em São Paulo.
O Instituto Gamaleya, responsável pela fabricação da vacina contra a Covid-19, Sputnik V, informou nesta quinta-feira (20/5) que foi produzido o primeiro lote do imunizante pela União Química, laboratório brasileiro com sede em São Paulo. No entanto, sem a aprovação para uso da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), as doses serão exportadas para outros países da américa latina, onde o imunizante foi aprovado.
The first batch of #SputnikV has been produced by leading Brazilian manufacturer União Química @uniaoquimica.
After quality controls at the Gamaleya Center, the vaccine produced by União Química will be exported to other Latin American countries to fight COVID-19. ✌️ pic.twitter.com/DgB6NxRtIj
— Sputnik V (@sputnikvaccine) May 20, 2021
Para justificar a não autorização, a Anvisa informou que houve "falhas" no desenvolvimento e nos testes clínicos da Sputnik V. O órgão também alega que os dados apresentados, sobre a segurança e eficácia do imunizante, estavam incompleto.
Até o momento, segundo o governo federal, 14 estados brasileiros enviaram pedidos de importação da vacina Sputnik V para a Anvisa: Acre, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Sergipe e Tocantins, além dos municípios fluminenses de Maricá e Niterói.
Conforme as equipes técnicas das gerência-gerais de Medicamentos e Produtos Biológicos (GGMED), além das informações incompletas, uma das informações preocupantes com relação à avaliação dos dados disponíveis até o momento é que as células onde os adenovírus são produzidos para o desenvolvimento da vacina permitem sua replicação. Isso pode acarretar infecções em seres humanos, podendo causar danos e óbitos, especialmente em pessoas com baixa imunidade e problemas respiratórios, entre outros problemas de saúde.
A Sputnik V já foi aprovada para uso emergencial em 66 países, entre eles México, Argentina, Guatemala, Panamá, Filipinas, Síria, Marrocos, e outros.
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