Médico diz que decisão de tirar máscaras em todos os ambientes na Bahia foi acertada, mas alerta sobre "curto período" entre decretos

Após o governador da Bahia, Rui Costa (PT), anunciar o fim da obrigatoriedade do uso de máscaras no estado, muitas pessoas podem se questionar se é realmente seguro deixar de usar o equipamento, que já se tornou parte da vestimenta das pessoas. O Aratu On ouviu o infectologista Adriano Silva sobre a medida.

“Esse é um bom momento, os índices de infecção estão baixos, os índices de vacinação estão altos. O momento é agora!”, começou o médico. Segundo ele, até o momento, não existem outras variantes com alta circulação como a Ômicron. Por conta disso, já há alguma imunidade a esta cepa.

O anúncio de Rui, citando os índices de casos ativos e leitos de UTI ocupados no estado, foi feito pelo Twitter. "Neste fim de semana, alcançamos menos de 100 pessoas em leitos de UTI e menos 1.000 casos ativos de coronavírus na Bahia. No entanto, vamos manter a obrigação das mesmas nas unidades de saúde", publicou o governador.

Apesar de concordar com a flexibilização, o infectologista ressalta o tempo curto entre os decretos que liberaram o uso de máscaras em locais abertos e a nova medida divulgada nesta segunda-feira (11/4). “Demorou-se para flexibilizar o uso de máscaras em locais abertos e em um curto período liberaram o uso geral. Deveria ser feito com um espaço de tempo maior, algo entre duas ou três semanas para que tivéssemos dados mais concretos”, falou.

Para que não precise retroceder para medidas mais duras, Adriano afirmou que é importante que não haja um relaxamento quanto à vacinação para que não haja uma “diminuição da imunidade coletiva”, causando uma nova onda de infecções. Ele relembrou também que, por ser um vírus respiratório, o Sars-CoV-2, que causa a Covid-19, a imunidade não tem um prazo muito grande. Assim, a vacinação será algo recorrente. 

PASSADO

O uso das máscaras em Salvador tornou-se obrigatório no dia 24 de abril de 2020. Na época, a utilização era obrigatória mesmo para motoristas, com o automóvel parado ou em movimento. Não houve, inicialmente, aplicação de multas, o que poderia mudar a depender do comportamento dos cidadãos.

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