Aratu On Explica: saiba o que são comorbidades e por que são prioridades para a vacina
Não são todas as doenças que têm essa associação com o coronavírus e, por isso, apenas alguns pacientes específicos podem se vacinar.
A morte do ator Paulo Gustavo trouxe de volta o debate sobre as comorbidades, doenças que fariam o paciente de Covid-19 ter uma versão mais complicada na doença. O perigo é tanto que as pessoas que sofrem desses males foram incluídas na lista de prioridades para o grupo de vacinação.
A equipe de médicos que atendeu o humorista informou nesta segunda-feira (10/5) que ele não tinha asma, como havia circulado anteriormente, não sendo portador de nenhuma comorbidade. Mas afinal, o que é comorbidade e como saber se você tem ou não? O Aratu On explica pra você.
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O nome comorbidade se refere a duas doenças juntas em um paciente. Algumas delas, como a diabetes e a hipertensão, são chamadas de doenças-base, pois costumam desencadear outros males no corpo - ou seja, são mais comuns de terem comorbidades associadas. O sistema imunológico dessas pessoas costuma ficar mais fraco, já que o corpo está lutando contra o que te faz mal, o que costuma agravar o quadro de Covid-19.
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Não são todas as doenças que têm essa associação com o coronavírus e, por isso, apenas alguns pacientes específicos podem se vacinar. Além disso, é preciso ter um grau de comorbidade para ter acesso ao imunizante.
É importante destacar, ainda, que a inclusão na lista de vacinação depende do próprio médico, e não do paciente. Os soteropolitanos podem conferir se o profissional já incluiu seu nome no site disponibilizado pela Prefeitura.
Veja a lista de doenças:
Diabetes melitus
Inclui "qualquer pessoa com diabetes"
Pneumopatias crônicas graves
Pessoas com pneumopatias graves incluindo doença pulmonar obstrutiva crônica, fibrose cística, fibroses pulmonares, pneumoconioses, displasia broncopulmonar e asma grave (uso recorrente de corticoides sistêmicos, internação prévia por crise asmática).
Hipertensão Arterial Resistente (HAR)
É quando a pressão arterial (PA) permanece acima das metas recomendadas, mesmo com o uso de três ou mais anti-hipertensivos de diferentes classes, em doses máximas preconizadas e toleradas, administradas com frequência, dosagem apropriada e comprovada adesão. Também inclui quem tem a pressão controlada apenas após uso de quatro ou mais fármacos anti-hipertensivos.
Hipertensão Arterial estágio 3
Pressão arterial sistólica 2180mmHg e/ou diastólica 2110mmHg, independente da presença de lesão em órgão-alvo (LOA) ou comorbidade.
Hipertensão arterial estágios 1 e 2 com LOA
PA sistólica entre 140 e 179mmHg e/ou diastólica entre 90 e 109mmHg, na presença de lesão em órgão-alvo (LOA) e/ou comorbidade.
Insuficiência cardíaca (IC)
IC com fração de ejeção reduzida, intermediária ou preservada; em estágios B, C ou D, independente de classe funcional da New York Heart Association.
Cor-pulmonale e hipertensão pulmonar
Pacientes com cor-pulmonale crônico (aumento do ventrículo direito secundário à pneumopatia, o qual provoca hipertensão arterial pulmonar, sucedida por insuficiência ventricular direita) e hipertensão pulmonar primária ou secundária.
Cardiopatia hipertensiva
Inclui hipertrofia ventricular esquerda ou dilatação, sobrecarga atrial e ventricular, disfunção diastólica e/ou sistólica (lesões em outros órgãos Halvo).
Síndromes coronarianas crônicas
Inclui Angina Pectoris estável, cardiopatia isquêmica e pós-infarto agudo do miocárdio.
Valvopatias
Lesões valvares com repercussão hemodinâmica ou sintomática ou com comprometimento miocárdico (como estenose ou insuficiência aórtica; estenose ou insuficiência mitral; estenose ou insuficiência pulmonar; estenose ou insuficiência tricuspide, entre outras).
Miocardiopatias e pericardiopatias
Neste grupo, são consideradas miocardiopatias de quaisquer etiologias ou fenótipos; pericardite crônica e cardiopatia reumática.
Doenças da Aotya, dos Grandes Vasos e Fístulas arteriovenosas
Inclui aneurismas, dissecções, hematomas da aorta e demais grandes vasos.
Arritmias cardíacas
Serão consideradas arritmias cardíacas com importância clínica e/ou cardiopatia associada, como fibrilação e flutter atriais.
Cardiopatia congênita no adulto
Devem ser cardiopatias congênitas com repercussão hemodinâmica, crises hipoxêmicas, insuficiência cardíaca, arritmias e comprometimento miocárdico.
Próteses valvares e dispositivos cardíacos
Estão entre os aparelhos: marca-passos, cardiodesfibriladores, ressincronizadores e assistência circulatória.
Doença cerebrovascular
Acidente vascular cerebral isquêmico ou hemorrágico, ataque isquêmico transitório ou demência vascular.
Doença renal crônica
Doença renal crônica estágio 3 ou mais (taxa de filtração glomerular < 60 ml/min/1,73 m2) e/ou síndrome nefrótica.
Imunossuprimidos
- Pessoas transplantadas de órgão sólido ou de medula óssea;
- Pessoas vivendo com HIV e CD4 <350 células/mm3;
- Doenças reumáticas imunomediadas sistêmicas em atividade e em uso de dose de prednisona ou equivalente > 10 mg/dia ou recebendo pulsoterapia com corticoide e/ou ciclofosfamida;
- Pessoas em uso de imunossupressores ou com imunodeficiências primárias;
- Pacientes oncológicos que realizaram tratamento quimioterápico ou radioterápico nos últimos seis meses;
- Neoplasias hematológicas.
- Portadores de anemia falciforme
Obesidade mórbida
Considerados aqueles com índice de massa corpórea (IMC) a partir de 40.
Síndrome de down
Diagnosticados, com mais de 18 anos de idade.
Cirrose hepática
Do tipo A, B ou C.
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