Política

Tâmara acompanha sepultamento de adolescente Pataxó e condena violência na região: "Ação de milicianos"

No local do assassinato foram encontradas munições de grosso calibre e granadas de gás lacrimogênio. Segundo Tâmara, o jovem morto precocemente simboliza a escalada de violência contra os povos indígenas no estado e em todo o país

Por Da Redação

Tâmara acompanha sepultamento de adolescente Pataxó e condena violência na região: "Ação de milicianos"Créditos da foto: Divulgação

A candidata do PSOL ao Senado, Tâmara Azevedo, soube do assassinato do jovem Pataxó de 14 anos, Gustavo Conceição, no último domingo, quando já estava na região de Porto Seguro, a 200km de Prado. Ela cumpre agenda de campanha em visita às aldeias indígenas em processo de retomada de territórios demarcados pela Funai, ocupados por fazendas.


No domingo, Tâmara visitou as Aldeias Córrego da Cassiana e Boca da Mata, em Porto Seguro, junto à fiscal da Associação Nacional de Ação Indigienista (Anaí), Gerusa Sobreia. 


Nesta segunda-feira (6), ela acompanhou lideranças indígenas e familiares do jovem assassinado com um tiro na cabeça por pistoleiros que invadiram a ocupação e atiraram contra o grupo. 


"Fomos fazer as visitas para dar atenção ao nosso povo em um momento tão delicado, jamais esperava participar de um enterro de um jovem de 14 anos. Muito duro ver o que essas pessoas estão dispostas a fazer", lamentou Tâmara.


No local do assassinato foram encontradas munições de grosso calibre e granadas de gás lacrimogênio. Segundo Tâmara, o jovem morto precocemente simboliza a escalada de violência contra os povos indígenas no estado e em todo o país


Este aumento expressivo dos conflitos em territórios já definidos como de direito aos indígenas, de acordo com a psolista, é resultado de uma política de flexibilização do armamento e de incentivo a violência promovida pelo governo Bolsonaro.


"Gustavo se tornou um mártir diante de tudo que já aconteceu e acontece ainda hoje, agravado neste governo genocida, que odeia pessoas pobres, pretos, indígenas. Esse governo não tem limite, não se guia por lei, criaram a sua própria lei violenta", aponta.


Tâmara ressalta que a prática de usar homens armados para uma segurança paralela ao estado, visando justamente interesses particulares, é uma ação típica de um modo de poder que tem se espalhado pelo Brasil e que se assimila ao discurso e histórico de Bolsonaro no Rio de Janeiro.


"Isso é uma ação de milicianos, sem dúvidas. Eles estão organizados no Sul da Bahia e estimulados por Bolsonaro, pelo seu candidato ao governo, João Roma, e pela candidata ao Senado, Doutora Cloroquina [Raíssa Soares]", afirma.


Ela pede ainda que na ausência do Governo Federal, que sucateou a Funai e ignora o processo de demarcação, o Governo da Bahia tome as rédeas e pense em uma saída para o problema.


"É preciso que a Polícia Militar venha e dê conta, o estado também é responsável por isso, pela manutenção da vida dos baianos. É necessário que o governador tome uma atitude séria, severa, para garantir a segurança dos indígenas", concluiu.


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