Política

Presidente do PT-BA, Éden Valadares critica fusão do DEM com PSL; “Neto matou o partido do avô”

Valadares foi o convidado do Linha de Frente na última quarta-feira (27/10).

Por Matheus Caldas

Presidente do PT-BA, Éden Valadares critica fusão do DEM com PSL; “Neto matou o partido do avô”Créditos da foto: divulgação

Para o presidente do PT na Bahia, Éden Valadares, a criação do União Brasil não deve ter maiores impactos na sociedade. E, na visão dele, a medida foi um ato de desespero do presidente nacional do DEM, ACM Neto.


O dirigente petista baiano crê que Neto “matou o partido do avô”, se referindo ao ex-governador Antônio Carlos Magalhães. “Eu não acho que ele fez uma fusão de partidos. Eu acho que ele matou o partido do avô dele”, sentenciou, em entrevista ao Linha de Frente, segmento político do Grupo Aratu.


“Não é questão de interesse, é porque vinha definhando. O DEM que ACM Neto queria construir era um partido jovial, moderno, urbano e civilizado. Ele perdeu esse partido. O DEM hoje é a bancada da bala, do agro, do boi, é quem mais dá sustentação a Bolsonaro”, acrescentou. 


Éden classifica a fusão como um “abraço dos afogados”. "Ele vinha definhando e, para não morrer em praça pública, se juntou com outro que também vinha definhando, que era o PSL. O PSL tem 50 deputados eleitos na onda bolsonarista, mas quando ele definir a filiação dele, muita gente vai sair”, projetou. 


Na entrevista, ele também minimizou as últimas pesquisas eleitorais, que põem Neto à frente de Wagner nas intenções de voto dos baianos para o governo do estado. “Pesquisa tanto tempo antes da eleição. Aliás, tem dois grupos políticos na Bahia: o que comemora pesquisa e a gente que comemora resultado na urna. Se fosse por pesquisa, Wagner e Rui não teriam sido governadores. Mas acho que é muito cedo”, relembrou, citando as pesquisas que colocavam os últimos dois governadores petistas como derrotados nos últimos pleitos. 




O presidente do PT baiano também falou sobre o antipetismo, movimento crescente no país, sobretudo a partir de 2018. Para ele, o partido cometeu erros, mas crê que há uma perseguição política contra a sigla e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 


“O PT pecou, errou ao assimilar para si as formas tradicionais de financiamento da política, por exemplo, financiar companha eleitoral com dinheiro eleitoral por grandes empresas e grandes empreiteiras. Virou uma corrida para saber quem arrecadava mais para gerar campanhas faraônicas”, admitiu.


“Para financiar essa indústria, o PT se assemelhou à forma tradicional. Errou. Muita gente no PT está pagando o preço por esse erro. A beleza do PT é que é um partido feito por homens e mulheres comuns da sociedade brasileira. Evidentemente, nós podemos e cometemos nossos erros, mas é muito diferente do processo de perseguição ao Lula feito pela Lava Jato”, emendou.


CONFIRA ABAIXO A ENTREVISTA COMPLETA:



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