Lula critica Bolsonaro, ataca Moro e se diz tranquilo após ter condenações anuladas; "não tenho mágoas"
Lula recebeu a imprensa na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Paulo. Ele afirmou que não tem mágoas pela condenação e pelo tempo em que permaneceu preso, após investigações oriundas da operaçao Lava Jato.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um discurso, seguido de entrevista coletiva, no final da manhã desta quarta-feira (10/3), após ter tido as condenações impostas pelo juiz Sergio Moro anuladas pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF). Lula recebeu a imprensa na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Paulo. Ele afirmou que não tem mágoas pela condenação e pelo tempo em que permaneceu preso, após investigações oriundas da operaçao Lava Jato.
"Se tem um brasileiro que tem razão de ter muitas e profundas mágoas, sou eu. Mas não tenho. Sinceramente, eu não tenho, porque o sofrimento que o povo brasileiro está passando é infinitamente maior do que qualquer crime que cometeram contra mim. É maior que cada dor que eu sentia quando estava preso na Polícia Federal", afirmou.
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Durante o pronunciamento, Lula criticou o presidente Jair Bolsonaro, sobretudo no campo da segurança pública e do combate ao coronavírus. O petista fez, inclusive, um aceno às Forças Armadas e as forças de segurança, afirmando que não é a população que deveria ser armada, como defende Bolsonaro, mas os policiais.
"Quem está precisando de armas é a nossa polícia, que sai para a rua para combater a violência com um revólver (calibre) 38 velho, todo enferrujado. Não são os fazendeiros que precisam de armas para matar sem-terra ou pequenos proprietários. Não são milicianos que precisam de armas para fazer terrorismo na periferia desse país, para matar meninos e meninas, sobretudo meninos e meninas negras", afirmou.
Ainda no discurso, o ex-presidente manteve duras críticas aos procuradores da força-tarefa de Curitiba e, principalmente, ao ministro Sergio Moro. Lula destacou que vai continuar lutando pela suspeição do ex-ministro da Justiça.
“Eu sei que fui vítima da maior mentira jurídica contada em 500 anos de história. Nunca teve envolvimento meu com a Petrobras, e todo o sofrimento que eu passei, acabou. Estou muito tranquilo. O processo vai continuar. Já fui absolvido em todos os processos fora de Curitiba. Mas nós vamos continuar brigando para o Moro ser considerado suspeito, porque ele não tem o direito de se transformar no maior mentiroso da história do Brasil e ser considerado herói por aqueles que queriam me culpar".
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