Lula cogita que presos tiveram ajuda na fuga de penitenciária federal: 'Parece que houve conivência'
Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram os primeiros detentos da história brasileira a escapar de uma penitenciária federal
O presidente da República, Luís Inácio Lula da Silva (PT), levanta a hipótese de que os dois detentos que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, na última quarta-feira (14/2), podem ter tido algum tipo de ajuda. Lula destacou a rápida decisão tomada pelo ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, para instaurar uma sindicância sobre o caso.
"Queremos saber como esses cidadãos cavaram um buraco e ninguém viu. Não quero acusar, mas, teoricamente, parece que houve a conivência de alguém do sistema lá dentro. Como não posso acusar ninguém, sou obrigado a acreditar que a investigação que está sendo realizada pela polícia local e pela Polícia Federal nos indique o que aconteceu", disse ele neste domingo (18), em coletiva de imprensa concedida na Etiópia.
Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram os primeiros detentos da história brasileira a escapar de uma penitenciária federal, consideradas de segurança máxima. Além da unidade de Mossoró, existem outras quatro no país: em Catanduvas, Santa Catarina; Campo Grande, Mato Grosso do Sul; Porto Velho, Roraima; e Brasília.
"É a primeira vez que fogem pessoas nesses presídios. Isso significa que pode ter havido relaxamento e nós vamos saber de quem", acrescentou Lula. Uma operação para recapturar os dois fugitivos mobiliza cerca de 300 agentes federais. A forma como os presos escaparam está sendo investigada. Um buraco foi encontrado em uma parede, e suspeita-se que eles tenham usado ferramentas destinadas a uma obra interna.
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