Lewandowski propõe criação de sistema nacional para medir índices de violência nos estados
Segundo o ministro, a falta de padronização na contagem dos casos em cada estado atrapalha o trabalho das forças de segurança no enfrentamento ao crime organizado
Com informações do repórter Matheus Caldas
O Ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Ricardo Lewandowski, defendeu a criação de um sistema nacional para medir os índices de violência entre os estados. A declaração foi feita na manhã desta sexta-feira (18/10), durante evento no Farol da Barra, em Salvador, que marcou a entrega de 127 novas das Polícias Militar, Civil, Técnica e Rodoviária Federal. Além de Lewandowski, também estavam na cerimônia o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, e o secretário de Segurança Pública, Marcelo Werner.
Lewandowski justificou a proposta de criação do sistema unificado com o fato de que não há uma padronização na contagem dos casos, pois cada estado realiza o procedimento de uma forma diferente, o que atrapalha o trabalho de enfrentamento ao crime organizado no país.
"Sem padronizarmos as informações, sem falarmos a mesma língua, não temos como enfrentar o crime organizado. Essa palavra, 'organizado', não é à toa, e o Estado precisa estar organizado à altura. Então, a primeira coisa é padronizar a linguagem, padronizar as informações e os dados relativos à segurança pública", apontou.
No momento, a proposta do Ministério ao Governo Federal é que "se estabeleça diretrizes gerais em matéria se segurança pública, sistema penitenciário e Defesa Civil". Lewandowski, porém, ressaltou que o objetivo do governo não é reduzir a autonomia dos estados em relação à gestão da segurança pública, e sim unificar as informações de forma mais efetiva.
Como cada estado tem critérios próprios para definir o que é morte violenta e assassinato em apuração, por exemplo, o resultado também varia. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, realizado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Salvador é a segunda capital brasileira com mais mortes violentas intencionais (MVI) a cada 100 mil habitantes do país.
De acordo com o Atlas da Violência 2024, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a capital baiana está em primeiro lugar.
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