Jerônimo conversa com presidente da China para ‘destravar’ Ponte Salvador-Itaparica
Enquanto os processos de sondagem do fundo do mar da Baía de Todos-os-Santos são realizados, há impasses financeiros entre a concessionária chinesa e o governo da Bahia
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) participou de um jantar com o presidente da China, Xi Jinping, promovido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em Brasília. Segundo o petista, foi debatido, entre outros temas, o futuro da Ponte Salvador-Itaparica, cuja concessionária responsável pela obra é capitaneada por duas empreiteiras privadas.
“Uma oportunidade para fortalecer as relações entre Brasil e China, na qual conversamos sobre projetos estratégicos para a Bahia, como a construção da ponte Salvador-Itaparica, a operação da fábrica da BYD em Camaçari e ações voltadas à instalação de fábricas de equipamentos para energia eólica”, escreveu, em publicação nas redes sociais.
O tema foi destaque no jornal Aratu Notícias, da TV Aratu, na quarta-feira (20). Para o secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE), Angelo Almeida, “é o melhor momento das relações comerciais entre os povos Brasil e China”. “Agora é impulsionar, trazendo mais geração de emprego e renda, com investimento chinês, com oportunidade de novos negócios para a Bahia”, afirmou.
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No momento, a ponte está na etapa de sondagens. Esta fase envolve a coleta de amostras do fundo do mar em 102 pontos, onde serão construídos os pilares da ponte. Posteriormente, o material é analisado nos laboratórios instalados no canteiro. Essa fase, ainda de acordo com o governo do estado, é fundamental para compreender as características do solo e definir a fundação da estrutura da ponte.
Os laboratórios, especializados em ensaios de amostras de solo e rocha, são equipados com tecnologia trazida da China especificamente para essa atividade. No caso do solo coletado na Baía de Todos-os-Santos, são realizadas análises de granulometria, umidade, limite de liquidez, limite de plasticidade e compressão. Já nas amostras de rocha, são analisados parâmetros como carga pontual, umidade, peso volumétrico, compressão e tração, entre outros.
Enquanto os processos de análise são realizados, há impasses financeiros entre a concessionária chinesa e o governo da Bahia. As empresas que compõem o grupo entendem ser necessário um reequilíbrio contratual. Até setembro, os cursos governamentais do estado ultrapassaram os R$ 720 milhões. Por se tratar de uma parceria público-privada, são exigidos investimentos estatais e privados.
Para auxiliar no destravamento do processo, o Senado aprovou, em outubro, um empréstimo de 150 milhões de dólares – aproximadamente R$ 873 milhões, na cotação atual) – para construção do equipamento. Os recursos serão oriundos da Corporação Andina de Fomento (CAF), através do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
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