Jerônimo condena politização da segurança pública e critica operação no RJ
Jerônimo afirmou que enfrentamento não pode ter caráter eleitoral e defendeu a PEC da Segurança
Por Matheus Caldas.
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) condenou, nesta quinta-feira (30), a politização da segurança pública e voltou a criticar a operação policial realizada no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos. Segundo ele, o enfrentamento ao crime organizado não pode ser conduzido com motivações eleitorais.
“Estou preocupado com o que aconteceu: pessoas inocentes mortas, policiais em trabalho mortos. Não creio que a gente resolva a questão da segurança pública no formato que foi. Nós, enquanto governantes, temos que eliminar, tirar da relação de gestão nessas atitudes, qualquer elemento que possa se confrontar com um critério eleitoral”, afirmou Jerônimo, em entrevista coletiva.
A declaração ocorreu após o deputado estadual Leandro de Jesus (PL) apresentar na Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) um projeto de resolução que propõe conceder a Comenda Dois de Julho ao governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), em reconhecimento à sua atuação no combate ao crime organizado.
A honraria é a mais alta do Legislativo baiano e costuma ser concedida a personalidades que prestam serviços relevantes à Bahia, ao Brasil e à sociedade.

O petista também reforçou a defesa da PEC da Segurança Pública, proposta que tramita no Congresso Nacional e busca fortalecer o sistema e o financiamento da área. “Nós temos uma PEC que tem elementos importantes, inclusive que fortalece o sistema de segurança pública nacional. [...] Eu não creio que seja o momento de a gente poder fazer uma disputa enquanto nós não encontramos saída para enfrentarmos de forma definitiva no Brasil o tema do crime organizado. E eu repito sempre ao máximo que bandido bom é bandido preso”, destacou.
Cooperação entre estados
Durante a posse do novo ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos (Psol), no Palácio do Planalto, na quarta-feira (29), Jerônimo anunciou que o setor de inteligência da Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) será cedido ao Rio de Janeiro.
De acordo com o governador, a cooperação tem como objetivo auxiliar na identificação de presos e mortos após a megaoperação.

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