Política

Governista recua, mas oposição reúne assinaturas suficientes para formar CPI do MST na AL-BA

Coincidentemente, Cafu Barreto é dono de uma propriedade rural no povoado de Riacho do Meio, em Uibai, a 511 km de Salvador

Por Matheus Caldas

Governista recua, mas oposição reúne assinaturas suficientes para formar CPI do MST na AL-BACréditos da foto: AscomALBA/AgênciaALBA
O deputado Cafu Barreto (PSD) retirou o nome da lista de assinaturas para formação da CPI do MST na Assembleia Legislativa da Bahia. A informação foi publicada na edição desta sexta-feira (14/4) do Diário Oficial do Legislativo. Com isso, nove parlamentares governistas seguem apoiando a formação da comissão.
Com a retirada do nome de Cafu, o requerimento tem 29 assinaturas no total, não mais 30. Contudo, mesmo com a baixa, a oposição dispõe do número necessário para formar a comissão parlamentar de inquérito. Segundo regimento interno da AL-BA, são necessários 21 assinaturas, o que representa 1/3 dos deputados da Casa.
O colegiado é proposto por Leandro de Jesus (PL), que afirma que o MST se utiliza de “métodos terroristas de intimidação para subjugar e aterrorizar” os produtores rurais na Bahia. Coincidentemente, Cafu Barreto é dono de uma propriedade rural no povoado de Riacho do Meio, em Uibai, a 511 km de Salvador. O terreno, segundo dados disponibilizados no portal DivulgaCand, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em 2022, é avaliado em R$ 100 mil.
Jesus conseguiu adesão de 20 parlamentares de oposição. Enquanto isso, com a saída de Cafu, são nove governistas: Hassan (PP), Luciano Araújo (Solidariedade), Marquinho Viana (PV), Raimundinho da JR (PL), Ivana Bastos (PSD), Ivana Bastos (PSD), Angelo Coronel Filho (PSD), Cláudia Oliveira (PSD), Felipe Duarte (PP) e Adolfo Menezes (PSD).
Desde janeiro, o MST tem realizado diversas ocupações de propriedades rurais privadas tanto na Chapada Diamantina quanto na região Extremo Sul do estado. O alvo principal dos trabalhadores tem sido as empresas que produzem celulose, como a Suzano.
De acordo com o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), até o momento, foram registradas 11 invasões de propriedades na Bahia. Entretanto, segundo produtores rurais baianos, a quantidade de ocupações do MST já superou 40 nestes primeiros meses de 2023.
As ocupações do MST têm provocado diversas críticas de setores políticos ligados à direita, que apontam um aumento de invasões de propriedades privadas nas zonas rurais desde a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
CONFIRA TODOS OS NOMES QUE ASSINARAM O REQUERIMENTO:
Adolfo Menezes,
Alan Sanches;
Angelo Coronel Filho;
Cláudia Oliveira;
Dr, Diego Castro;
Eduardo Salles;
Felipe Duarte;
Hassan;
Ivana Bastos;
Jordávio Ramos;
José de Arimatéia;
Júnior Nascimento;
Kátia Oliveira;
Leandro de Jesus;
Luciano Araújo;
Luciano Simões Filho;
Manuel Rocha;
Marcinho Oliveira;
Marquinho Viana;
Pablo Roberto;
Pancadinha;
Pedro Tavares;
Penalva;
Raimundinho da JR;
Robinho;
Samuel Júnior;
Sandro Régis;
Tiago Correia;
Vitor Azevedo.
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