'Todo mundo quer saber de onde saiu tanta gente boa', diz presidente do Sinapro sobre publicitários baianos
Dentre os assuntos debatidos no programa, estão as mudanças vividas pela publicidade nos cenários de mídia
Às vésperas do Encontro de Agências de Propaganda (Enapro) de 2023, que será realizado entre quinta-feira (23/11) e domingo (25/11), em Praia do Forte, o Linha de Frente conversou com o presidente do Sindicato das Agências de Propaganda do Estado da Bahia (Sinapro Bahia), André Mascarenhas, que falou da força da publicidade baiana no cenário regional e nacional.
“A Bahia já fomentou tanto a criatividade, os publicitários baianos já colocaram tanto holofote sobre a Bahia, com tanta coisa legal que já foi feita, que fica fácil quando a gente fala que vai ter um evento de publicidade nacional na Bahia. Todo mundo quer vir. Todo mundo quer saber de onde que saiu tanta gente boa, tanta gente criativa, tanto publicitário quanto compositor”, afirmou o publicitário em entrevista ao jornalista Pablo Reis, gravado nos estúdios da TV Aratu.
Dentre os assuntos debatidos no programa, André Mascarenhas sinalizou sobre as mudanças vividas pela publicidade por conta das transformações que existem hoje no cenário de mídia.
“A gente tem no Brasil, seguramente, uma TV aberta que está entre as maiores do mundo, com audiências fantásticas em que quatro a cinco canais detém 90% da audiência no mercado. Quando você vai para o SBT, por exemplo, você atinge o Brasil inteiro, atinge um número absurdo de pessoas de uma vez só. Mas, além disso, hoje você tem propagandas nichadas no digital, em que você consegue atingir exatamente quem você quer no momento que você quer, com um número muito pequeno de pessoas. Você vai falar especificamente para quem lhe atrai. E isso faz com que seja muito mais difícil ter uma estratégia de mídia para que ela seja mais assertiva. E nem sempre ela é mais barata, às vezes até se equivalem porque você precisa atingir um número muito grande de pessoas”, completou.
Para o dirigente, o consumidor se tornou um indivíduo “cada vez mais individualizado no consumo e tribalizado nos costumes”, o que afetou totalmente a publicidade e sua força simbólica. “Se ele vai partir para comprar um produto, ele quer um produto que seja exatamente a cara dele: o que ele pensa, defende e com que ele se identifica. E por isso você precisa falar de forma muito mais incisiva o que representa aquele produto e não do que ele simplesmente entrega”, salientou Mascarenhas.
Outro assunto abordado foi sobre a sobrevivência da publicidade em uma era de uma extensa multímidia que transforma consumidores em formadores de conteúdo.
“É muito importante que você acredite no produto que você está vendendo, que você confie e divida com a empresa que você atende a filosofia daquela empresa. Para que você se envolva, acredite e contribua para traduzir aquilo em comunicação e que soe e seja verdadeiro. Se essa sinergia não acontecer, você pode vender muito talvez até por muito tempo, mas você venderia 10 vezes mais”, finalizou.
Confira, abaixo, a entrevista completa:
https://www.youtube.com/watch?v=WxekK2-JFjs
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