Ministro da Previdência destaca ao Aratu On ressarcimento inédito do INSS
Wolney Goés comenta sobre CPI do INSS: 'É inédito', diz ministro da Previdência sobre ressarcir vítimas do INSS
Por João Tramm.
'É inédito', diz ministro da Previdência sobre ressarcir vítimas do INSS. Em entrevista ao Aratu On, o ministro da Previdência, Wolney Queiroz, destacou o avanço das ações voltadas ao ressarcimento das vítimas de fraudes no INSS e classificou o feito como algo “sem precedentes” na história do país.
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As investigações da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, revelaram irregularidades nos descontos de mensalidades associativas aplicados diretamente nos benefícios previdenciários — especialmente aposentadorias e pensões — sem autorização dos segurados.
'É inédito', diz ministro da Previdência sobre ressarcir vítimas do INSS
Segundo as investigações, entidades envolvidas no esquema descontaram indevidamente um total estimado de R$ 6,3 bilhões dos beneficiários do INSS entre os anos de 2019 e 2024.
“Hoje a gente já tem R$ 1 bilhão e 730 milhões devolvidos. São mais de 2,5 milhões de aposentados que receberam de volta tudo o que foi descontado indevidamente. É uma coisa inédita no Brasil, porque nunca tinha acontecido de a pessoa ser ressarcida, receber de volta o dinheiro que foi roubado”, afirmou o ministro.
Segundo Queiroz, o resultado é fruto da determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para garantir que nenhum aposentado ficasse no prejuízo.
“Tudo isso está acontecendo porque temos um presidente sensível. O presidente Lula nos deu a determinação de não deixar nenhum aposentado no prejuízo e de buscar os responsáveis pela fraude até as últimas consequências. Temos perseguido esses dois objetivos”, completou.
CPMI do INSS
Questionado sobre a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga as fraudes no instituto, Wolney Queiroz lembrou ter sido uma das primeiras autoridades do governo a defender a abertura do colegiado.
“A primeira autoridade do governo que se colocou a favor da CPI fui eu, numa visita ao Senado, poucos dias depois de assumir o Ministério. Passei muitos anos como deputado federal e sei que é um instrumento importante do Parlamento para conduzir uma investigação”, disse.
O ministro ressaltou, no entanto, que o trabalho da comissão precisa ser conduzido de forma técnica e equilibrada, sem disputas políticas.
“A nossa preocupação é que a CPMI não seja contaminada por essa guerra entre governo e oposição. Se a disputa for para ver quem esclarece mais, tudo bem. Mas se for apenas para jogar culpa de um lado para o outro, não é bom para o aposentado, não é bom para a sociedade, nem para o INSS”, avaliou.
Ele acrescentou que enviou uma carta à comissão se colocando à disposição para prestar depoimento.
“Desejo muito equilíbrio e responsabilidade aos membros, ao presidente e ao relator. Se for necessário, estou pronto para ser ouvido”, declarou.
100 dias de gestão
Completando 100 dias à frente do Ministério da Previdência, após substituir Carlos Lupi — que deixou o cargo em meio às investigações da Polícia Federal —, Queiroz afirmou que o foco agora é reforçar a integridade e a transparência nos processos internos do INSS.
“A pior fase foi nos primeiros 45 dias. Agora, já com cinco meses de gestão, estamos imprimindo uma agenda própria, que envolve mais integridade, mais governança e revisão de todos os processos para blindar o sistema contra a corrupção”, destacou.
Entre as medidas citadas, estão o concurso público, a alocação de 500 novos peritos, e a simplificação da linguagem usada pelo INSS nas comunicações com os beneficiários.
“Queremos que o cidadão compreenda o que está sendo dito, seja em uma conversa com o atendente ou ao receber uma carta. Estamos modernizando o atendimento sem perder de vista o principal: devolver o dinheiro dos aposentados que foram roubados”, explicou.
Para facilitar o contato das vítimas, o ministério criou um canal de atendimento pelo aplicativo ‘Meu INSS’ e também abriu a possibilidade de registro em agências dos Correios em todo o país.
Encontro na Aratu
Antes da gravação, a CEO do Grupo Aratu, Ana Coelho, recebeu o ministro Wolney Queiroz nas dependências da emissora. Acompanhados do apresentador Pablo Reis, os três conversaram por alguns minutos antes do início da filmagem.
Logo depois, o jornalista conduziu o bate-papo, que será exibido em breve na programação da TV Aratu, durante o Linha de Frente.
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