Diretora da Precisa Medicamentos se nega a responder perguntas e CPI da Covid-19 vai recorrer ao STF
Emanuela Medrades é citada em depoimentos de servidores do Ministério da Saúde; empresa teria feito intermediação nas negociações para compra da vacina Covaxin
A diretora da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, se negou a responder as perguntas feitas pelos senadores na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid nesta terça-feira (13/7).
Medrades foi convocada após ser apontada na atuação das negociações para compra da vacina indiana Covaxin e foi amparada por um habeas corpus concedido por Luis Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), que permitia que a depoente permanecesse em silêncio na Comissão para não produzir provas contra ela mesma.
Perguntada pelo presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), se assumiria o compromisso de dizer a verdade na comissão, a depoente não respondeu e afirmou que usaria o seu direito de ficar em silêncio. Os senadores lembraram que ela só poderia usar esse benefício em declarações que podem incriminá-la e que, em temas sobre terceiros, ela deveria dizer a verdade.
A postura da diretora incomodou os senadores na CPI e, por conta disso, Omar Aziz decidiu suspender a sessão por volta das 12h10 para verificar junto a Fux quais os limites do silêncio da depoente. O depoimento de Emanuela foi requerido pelos senadores Otto Alencar (PSD-BA) e Alessandro Vieira (Cidadania-SE) em 30 de junho, quando também teve aprovada a transferência de sigilo telefônico e telemático.
O caso Covaxin entrou na mira da CPI após denúncia apresentada pelos irmãos Luis Ricardo Miranda, chefe de Importação do Ministério da Saúde, e o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) sobre possíveis irregularidades na compra dos imunizantes.
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