Debate para o Senado: Raissa Soares ataca CPI da Covid, critica Otto e relembra “caso dos respiradores”
Além de Raissa e Otto, estiveram no debate Cacá Leão (PP) e Tâmara Azevedo
Créditos da foto: reprodução / G1Candidata ao Senado, Raissa Soares (PL) voltou a defender que, durante o ápice da pandemia da Covid-19, o tratamento precoce contra a doença, que não tem eficácia comprovada, deveria ter sido difundido no país.
Ela esteve presente na manhã desta terça-feira (30/8) em debate promovido pelo portal G1 entre os postulantes ao Senado pela Bahia.
“Em 2020 não tínhamos nenhuma alternativa e opção. Foi tentado por observação. Porto Seguro foi modelo de gestão na Covid. Fui liderança do enfrentamento medicamentoso, com medicações reposicionadas. Aquilo mostrou resultados, não só em Porto Seguro, como em outras cidades do país”, defendeu.
Ela ainda criticou a CPI da Covid, comissão da qual o candidato Otto Alencar (PSD) era membro. “Não deu em nada. Foi arquivada. Foi um cenário para que as pessoas pudessem ver um desserviço à população brasileira. Tivemos médicas completamente desrespeitadas pelo candidato, o senhor Otto”, atacou.
Ela ainda relembrou o caso dos respiradores nunca entregues à Bahia. Com dados imprecisos, ela criticou o fato de as compras não terem sido investigadas pelo colegiado no Congresso. “Quando se precisava investigar o que era de direito, seja financiamento ou desvio de recursos dos R$ 2.9 bilhões para a Bahia, nada disso foi questionado. Os respiradores que foram com três contratos comprados, com bilhões de reais e nenhum entregue”, concluiu.
Os investimentos do estado não chegaram à casa dos bilhões, mas os ventiladores pulmonares realmente não foram entregues. Dois contratos foram alvos de polêmica.
O primeiro, com a empresa norte-americana Ocean, fez com que o Consórcio Nordeste, presidido à época pelo governador baiano, Rui Costa (PT), fez com que o grupo desembolsasse R$ 48.748.575,82 por 300 respiradores, dos quais R$ 9.749.715,16 foram desembolsados pelo governo da Bahia, que encomendou 60 destes aparelhos.
Outro contrato, com a Hempcare, culminou com a compra de 300 respiradores pelo Consórcio Nordeste ao custo de quase R$ 48 milhões, que ainda não foram devolvidos.
Além de Raissa e Otto, estiveram no debate Cacá Leão (PP) e Tâmara Azevedo.
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