CPI: equipe vai analisar 76 perfis nas redes sociais que 'espalhavam desinformação'; 11 parlamentares federais
A partir dessa varredura, serão definidos os possíveis alvos para quebra de sigilo.
Com o retorno dos trabalhos previstos para a próxima terça-feira (3/8), a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19 deve colocar para votação a quebra de sigilo de perfis de redes sociais que tenham disseminado desinformação no âmbito da pandemia da Covid-19. Até o momento, foram listados 76 perfis, sendo 11 de parlamentares federais.
Uma equipe da comissão destacada para compilar informações sobre desinformação deverá analisar todos os 76 perfis listados. A partir dessa varredura, serão definidos os possíveis alvos para quebra de sigilo. Após a elaboração dos requerimentos, o presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM), incluirá os pedidos em pauta para apreciação dos senadores.
A CPI pretende descobrir se algum desses perfis que divulgaram desinformação receberam recursos do Governo Federal, por exemplo, no decorrer da crise sanitária, e por qual motivo. Os senadores querem apurar se houve beneficiamento financeiro de disseminadores de informações falsas durante a pandemia.
O assunto é abordado na comissão desde o início dos trabalhos. As apurações relativas ao ‘gabinete paralelo’ são um exemplo. Esse grupo abastecia o presidente Jair Bolsonaro com informações negacionistas, como uso de medicamentos sem eficácia comprovada. A ideia dos parlamentares é aprofundar as investigações sobre a fonte de desinformação, principalmente na análise das movimentações financeiras.
Antes do recesso de 15 dias, a comissão aprovou um requerimento para colaboração da equipe técnica da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito das Fake News (CPMI) com os trabalhos da CPI, “franqueando o acesso aos autos da investigação e materiais sigilosos desta CPI aos técnicos indicados pela relatoria daquela CPMI”.
A CPI também já havia solicitado, ainda em abril, compartilhamento de documentos da comissão mista. Apesar de estar suspensa desde abril do ano passado, devido à pandemia, a CPMI continuou recebendo documentos e informações.
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