CPI do 8/1: relatora pede indiciamento de Bolsonaro, Torres, Cid, Braga Netto e militares
Eliziane Gama (PSD-MA) concentrou suas investigações no chamado "núcleo duro" do bolsonarismo, apontando que o ex-presidente estava cercado por movimentos golpistas
Créditos da foto: Isac Nóbrega/PR
A relatora da CPI do 8 de janeiro, senadora Eliziane Gama (PSD-MA), divulgou nesta terça-feira (17/10) um relatório detalhado em que sugere o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de importantes figuras de seu governo, incluindo os ex-ministros generais Augusto Heleno, Walter Braga Netto, além de Anderson Torres. A CPI investiga os eventos que culminaram na destruição do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) em 8 de janeiro.
Gama concentrou suas investigações no chamado "núcleo duro" do bolsonarismo, apontando que o ex-presidente estava cercado por movimentos golpistas. Segundo a senadora, o programador Walter Delgatti Neto, conhecido como o hacker da Vaza Jato, e o tenente-coronel Mauro Cid, principal ajudante de ordens de Bolsonaro, expuseram a participação do ex-presidente na trama golpista.
Delgatti Neto, em seu depoimento à CPI, revelou que a campanha de Bolsonaro planejou forjar a invasão de uma urna eletrônica em 2022 e que o ex-presidente solicitou pessoalmente que ele grampeasse conversas do ministro Alexandre de Moraes. Além disso, diversas minutas golpistas foram encontradas no entorno de Bolsonaro, incluindo uma autorização para instaurar estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), encontrada no armário de Torres, e outra localizada no celular de Cid.
A investigação liderada por Gama também examinou as blitze realizadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no segundo turno das eleições, para dificultar a votação de eleitores petistas. A relatora sugeriu o indiciamento do ex-diretor da PRF Silvinei Vasques, que já está preso desde agosto pelas mesmas suspeitas.
Outro ponto de foco da CPI foi o acampamento montado em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília, após a derrota de Bolsonaro. Gama pediu o indiciamento do ex-comandante do Exército, general Freire Gomes, e do general Gustavo Dutra, ex-chefe do Comando Militar do Planalto.
A linha do tempo elaborada pela relatora também mencionou os ataques ocorridos em Brasília no final do governo Bolsonaro, incluindo a tentativa de invasão da sede da Polícia Federal e um atentado com bomba próximo ao aeroporto. Gama detalhou ainda o envolvimento dos militares formados nas forças especiais do Exército, os "kids pretos", sugerindo o indiciamento do general Ridauto Fernandes, ex-diretor de Logística no Ministério da Saúde durante o governo Bolsonaro.
No depoimento, Delgatti Neto afirmou: 'A campanha de Bolsonaro planejou forjar a invasão de uma urna eletrônica em 2022'", destacou a relatora. "Além disso, diferentes minutas golpistas foram encontradas, evidenciando a extensão do complô”, acrescenta.
"Estas investigações mostram a complexidade do cenário político", disse Gama. O relatório, com mais de 1.300 páginas, será votado na sessão desta quarta-feira (18) e, de acordo com as normas das comissões parlamentares de inquérito, pode apenas sugerir indiciamentos a autoridades responsáveis, como o Ministério Público Federal.
Além disso, um relatório da oposição sugere a responsabilização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além de outras figuras proeminentes como o general Marco Edson Gonçalves Dias, o "GDias", Flávio Dino, Ricardo Capelli (ex-interventor e número dois do Ministério da Justiça) e Saulo Moura (ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência - Abin). O documento também pede o indiciamento do comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal em 8 de janeiro, coronel Klepter Rosa Gonçalves, e do então chefe do Departamento Operacional da corporação, tenente-coronel Paulo José.
Em um segundo relatório da oposição, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) também defendeu o indiciamento de Dino e General Dias.
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Gama concentrou suas investigações no chamado "núcleo duro" do bolsonarismo, apontando que o ex-presidente estava cercado por movimentos golpistas. Segundo a senadora, o programador Walter Delgatti Neto, conhecido como o hacker da Vaza Jato, e o tenente-coronel Mauro Cid, principal ajudante de ordens de Bolsonaro, expuseram a participação do ex-presidente na trama golpista.
Delgatti Neto, em seu depoimento à CPI, revelou que a campanha de Bolsonaro planejou forjar a invasão de uma urna eletrônica em 2022 e que o ex-presidente solicitou pessoalmente que ele grampeasse conversas do ministro Alexandre de Moraes. Além disso, diversas minutas golpistas foram encontradas no entorno de Bolsonaro, incluindo uma autorização para instaurar estado de defesa na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), encontrada no armário de Torres, e outra localizada no celular de Cid.
A investigação liderada por Gama também examinou as blitze realizadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no segundo turno das eleições, para dificultar a votação de eleitores petistas. A relatora sugeriu o indiciamento do ex-diretor da PRF Silvinei Vasques, que já está preso desde agosto pelas mesmas suspeitas.
Outro ponto de foco da CPI foi o acampamento montado em frente ao quartel-general do Exército, em Brasília, após a derrota de Bolsonaro. Gama pediu o indiciamento do ex-comandante do Exército, general Freire Gomes, e do general Gustavo Dutra, ex-chefe do Comando Militar do Planalto.
A linha do tempo elaborada pela relatora também mencionou os ataques ocorridos em Brasília no final do governo Bolsonaro, incluindo a tentativa de invasão da sede da Polícia Federal e um atentado com bomba próximo ao aeroporto. Gama detalhou ainda o envolvimento dos militares formados nas forças especiais do Exército, os "kids pretos", sugerindo o indiciamento do general Ridauto Fernandes, ex-diretor de Logística no Ministério da Saúde durante o governo Bolsonaro.
No depoimento, Delgatti Neto afirmou: 'A campanha de Bolsonaro planejou forjar a invasão de uma urna eletrônica em 2022'", destacou a relatora. "Além disso, diferentes minutas golpistas foram encontradas, evidenciando a extensão do complô”, acrescenta.
"Estas investigações mostram a complexidade do cenário político", disse Gama. O relatório, com mais de 1.300 páginas, será votado na sessão desta quarta-feira (18) e, de acordo com as normas das comissões parlamentares de inquérito, pode apenas sugerir indiciamentos a autoridades responsáveis, como o Ministério Público Federal.
Além disso, um relatório da oposição sugere a responsabilização do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além de outras figuras proeminentes como o general Marco Edson Gonçalves Dias, o "GDias", Flávio Dino, Ricardo Capelli (ex-interventor e número dois do Ministério da Justiça) e Saulo Moura (ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência - Abin). O documento também pede o indiciamento do comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal em 8 de janeiro, coronel Klepter Rosa Gonçalves, e do então chefe do Departamento Operacional da corporação, tenente-coronel Paulo José.
Em um segundo relatório da oposição, o senador Izalci Lucas (PSDB-DF) também defendeu o indiciamento de Dino e General Dias.
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